terça-feira, fevereiro 28, 2006

mais dois soldados ingleses mortos no Iraque


Two British soldiers have been killed and another injured by a roadside bomb in Amara, southern Iraq, the Ministry of Defence has said.

a namorada...

Zezinho Sócrates a caminho da escola...

Tão perto e tão longe...


MADRID.- Las Administraciones Públicas registraron en 2005 el primer superávit de la historia de la democracia, que ascendió a casi 10.000 millones de euros, el 1,1% del PIB en términos de contabilidad nacional, anunció el vicepresidente segundo del Gobierno, Pedro Solbes.

sábado, fevereiro 25, 2006

não há paciência...


Em campanha eleitoral, prometeu o nosso primeiro, um complemento de 300 euros aos idosos carenciados com mais de 65 anos.
Agora, que se apercebeu o quanto tal propaganda lhe vai sair cara, recua e inventa mil razões para inviabilizar na practica tal complemento como, por exemplo, fazer depender a sua atribuição do rendimento dos filhos.
Como se os filhos tivessem a obrigação de substituir o Estado na sua política social!!!

a canalha manda (II)


Sócrates, acaba de anunciar que conseguiu fixar em Portugal a nova fábrica da Portucel. Um investimento de 900 milhões de euros.
Para tanto, ofereceu ao empresário incentivos por parte do Estado no valor de 20% do investimento, o que, feitas as contas, serão 180 milhões de euros.
Ora, a fábrica vai ter 300 trabalhadores pelo que, cada trabalhador, custará ao Estado a bela soma de 600 mil euros.
Como Sócrates prometeu 150 mil novos postos de trabalho em campanha eleitoral, e não se cansa de afirmar que até ao fim da legislatura irá cumprir tal promessa, nós poderemos calcular por quanto ficará afinal ao Estado tal desiderato. Qualquer coisa como 90 biliões de euros ou 18 biliões de contos (600.000x150.000).
Eu, francamente, não sei onde é que o homem vai arranjar tanto dinheiro, o que eu sei, isso sim, é que a fábrica vai ter os salários pagos aos seus 300 trabalhadores com o dinheiro dos nossos impostos, por cerca de seis anos(com um salário médio anual por trabalhador de 10.000 euros)!!!!!!

a canalha manda


João Pereira Coutinho, no "Expresso",
..."Há um ano, qualquer espirro de Santana era uma ameaça democrática. Um ano depois, com um País que oscila entre o cansaço e a anestesia, o governo PS prepara-se para aplicar o mais sério golpe na liberdade de imprensa.
Que se propõe fazer o governo? Propõe-se muito cirurgicamente, mexer no código penal e punir todos os jornalistas que coloquem em «perigo»investigações criminais...
...num país onde o segredo de justiça é sucessivamente violado pelos funcionários da dita, serão os jornalistas a enfiar a cabeça no cepo...
...a lei que estabelece a inefável Entidade Reguladora para a Comunicação Social equipara os funcionários deste organismo a «agentes da autoridade», os «reguladores» terão poderes praticamente ilimitados para, sem mandato de captura, enfiarem o nariz nas redacções...
...Mas num país sem oposição e com um jornalismo cúmplice e de gatas, a canalha manda."

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

cuspir na sopa que dá aos filhos...


Pedro Tadeu, director do "24 Horas", entrevistado pelo "Independente", declara que se não estivesse no 24 Horas não seria leitor do jornal e explica:
"Sou um priviligiado. Faço parte de uma élite e tenho uma cultura acima da média. Não tenho os mesmos interesses de grande parte dos leitores do 24 Horas. Mas faço um jornal para as pessoas não para mim".

que a sorte vos proteja...


Lotaria da Santa Casa da Mesericórdia de Lisboa de 26 de Outubro de 1910.A a cautela custava 300 réis e o prémio era de 12.000 réis no bilhete.

colecção de garrafas de Vinho do Porto


(fins do sec.XIX princípios do sec.XX).
Verefica-se a grande azáfama nesta época, do lançamento de marcas do Vinho do Porto. Esta é particularmente interessante.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

falácia de ministro...


A ministra da educação,escudada num estudo do seu própio ministério que chegou à conclusão que os estudantes em escolas de menos de 20 alunos,tinham o mais baixo rendimento escolar, irá proceder em breve ao seu encerramento. Ao que parece o seu número ascende a 1500.
Ora, todos aceitamos que terá que se redimensionar e racionalizar a rede escolar existente. Mas, por favor, não se procurem argumentos falaciosos que deles estamos fartos.
As escolas com menos de 20 alunos, encontram-se no interior do País, em aldeias isoladas, com populações que praticam uma agricultura de subsistência, de muito parcos recursos e de um baixissimo nível de escolariedade. Todos sabemos como as crianças oriundas destes meios, possuem graves dificuldades de aprendizagem.
Seguramente, será por estas razões e não outras , que estas escolas detêm os baixos índeces de aprendizagem assinalados.
De um ministro competente exige-se rigor e não falácias e propaganda.

visita fora de tempo


Sampaio, em fim de mandato, resolveu ir a Timor em visita oficial.
Compreende-se o seu interesse a nível pessoal por esta ida a Timor. Foi durante o seu mandato que Timor ganhou a independência, e Sampaio contribuiu positivamente para que tal fosse possível.
Mas fora do âmbito pessoal, quais de facto as vantagens para o País e para Timor desta visita? Não seria mais vantajoso para ambos os países, ser o novo presidente a cumprir esta missão? Outros resultados e outras perpectivas seguramente se obteriam. Para nós e sobretudo para os timorenses, creio bem, o que conta será o futuro e não o passado.
Terá sido mais uma visita de um chefe do Estado, sem qualquer eficácia ou proveito futuro.
Entretanto gastaram-se mais uns milhões aos depauperados cofres do Estado.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

e lá vão mais dois...


Freitas do Amaral, o tal que advoga a contenção de gastos, nomeou o antigo líder do PS/Açores e amigo de Mário Soares, Martins Goulart, como conselheiro na UNESCO, em Paris, e o ex-deputado do PSD, Gonçalo Capitão, adido social em Caracas.

Tachos onde deverão auferir entre os 12 mil e os 13 mil euros por mês.

corrupção instituida


João Gabriel, promotor de carros desportivos, chamado por Sampaio para seu assessor, já tem um "lugar", vulgo tacho, à sua espera na Embaixada de Portugal, em Roma, como "conselheiro cultural" que, com todas as alcavalas salariais ascende a 2600 contos(13.000 euros) mês.
Mais uma nomeação política, sem qualquer concurso.
Aliás, haverá milhares de tachos de "assessores" semelhantes ao do João Gabriel. Basta olhar para quantos assessores têm os ministros, primeiro- ministro, presidente, e outros altos cargos do Estado e multiplicar pelo número de ministros, etc, que já tivemos depois do 25 de Abril.
Depois lamuriam-se, estes políticos sem escrúpulos e com lágrimas de crocodilo, que o défice não decresce.
E a coisa sobra sempre para os mesmos. Até quando???

incompetentes e iguais


Aquando da crise das "vacas loucas", Gomes da Silva, apareceu na TV a comer mioleira de vaca. Agora é Jaime Silva, outro digníssimo ministro da agricultura do PS, que aparece num aviário a declarar ainda na semana passada comi um belo caril de frango. E não dispenso o frango assado, que adoro.
Pelos vistos, estes políticos, ainda se não deram conta do rídiculo de tais tiradas e de quanto o pessoal se está nas tintas para as suas opções.
Insistem em tratar os portugueses como menores mentais, santo Deus!!!

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

empresa de capitais públicos


A Metro do Porto S.A. pagou cerca de 650 mil euros de prémios de gestão aos três membros da sua Comissão Executiva.
Isto quando:
1º- A empresa sempre apresentou resultados negativos( só em 2004 foram 38 milhões de euros).
2º-A primeira fase da obra sofreu um desvio de 140%(custou mais 1,5 mil milhões de euros).
3º-A IGF constatou um descontrolo dos custos da obra e a prevalência de ajustes directos em detrimento de concursos públicos.
Estes prémios de gestão não se encontram enquadrados num conjunto de objectivos préviamente definidos, excedendo em muito o que seria razoável, afirma a IGF, Inspecção Geral de Finanças.

sábado, fevereiro 18, 2006

SEM VERGONHA


Despacho n.º 3849/2006 (2.ª série). - Nos termos do disposto no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 354/97, de 16 de Dezembro, e nos artigos 1.º, 6.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 188/2000, de 12 de Agosto (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 74/2002, de 26 de Março), nomeio secretário pessoal do vice-presidente conselheiro, Domingos Brandão de Pinho, e por indicação deste, o licenciado Tiago Filipe Pereira Brandão de Pinho, com efeitos a partir de 1 de Fevereiro de 2006.

1 de Fevereiro de 2006. - O Presidente, Manuel Fernando dos Santos Serra.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006


Depois de ter rebentado com as políticas dos governos anteriores (PSD) acabando com os hospitais SA, vem agora o "iluminado" ministro da saude Correia de Campos, com a lata que lhe é habitual, propôr, sem mais nem menos, a liquidação do Sistema Nacional de Saude, na vertente constituicional de "universal, geral e tendencialmente gratuito".
O atrevimento de avançar com tal proposta só é possível, dado o descaramento e a arrogância deste governo que vive com a complacência de uma comunicação social demasiado dócil e serena. Outros tempos outra comunicação social.
O certo é que o dinheiro não estica. E depois do regabofe da governação Guterres, com a criação de Institutos, Empresas Municipais, Empresas Públicas, Comissões Reguladoras, Fundações, etc, etc, que aumentou a despesa pública em pelo menos 3,75% do PIB, o que passou a constituir um défice anual crónico, seguramente que o dinheiro nos cofres do Estado é curto.
Mas, estes iluminados governantes, não se lembram em cortar tais despesas, acabando de vez com todas estas entidades dirigidas por gestores de nomeação política. Não pensam em diminuir os privilégios que possuem nem acabar com os escandalosos vencimentos dos gestores públicos.
O Povo, que nada beneficiou com a criação daquelas entidades, (não parece que qualquer serviço prestado pelo Estado tenha entretanto melhorado), é que tem que aguentar com tal desgovernação, sofrendo o agravamento de impostos e a degradação da qualidade de serviços prestados pelo Estado. E, o mais lamentável, é que tudo isto tem tendência para agravar-se, uma vez que todos os dias assistimos à criação de mais empresas municipais e outras entidades igualmente inúteis, ineficazes e despesistas.

colecção de rótulos de garrafa do Vinho do Porto

( Fins do sec.XIX, pricípios do sec.XX)

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

...a razão das coisas...


Recorde-se que o socialista Paulo Pedroso, braço direito de Ferro Rodrigues quando este era secretário geral do PS, foi sujeito, no âmbito do processo Casa Pia, a: prisão preventiva,escutas telefónicas e violação do segredo de justiça.
Precisamente aquilo que parece preocupar o governo ao propôr alterações ao Código Penal sobre prisão preventiva, escutas telefónicas e violação do segredo de justiça.
Enquanto não foram investigadas as figuras de proa da nossa classe política, não existiam tais preocupações; é a conclusão lógica de tudo isto.
É mais um ataque frontal e duro à justiça, é a politização da justiça é, bem vistas as coisas, mais uma evidência da corrupção em que nos mergulharam.

...os genes da corrupção, mais uma vez...



Agora querem instituicionalizar uma tal comissão de acompanhamento das escutas telefónicas.
É uma descarada intromissão do poder político no poder judicial.
É a instituicionalização da politização da justiça.
A nossa classe política quer livrar-se da justiça e viver acima da Lei.
É uma manifestação de corrupção em toda a sua plenitude.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

...vá lá,descontraia-se

...ainda as medalhas...


Ao que parece, segundo notícias vindas nos jornais, o nosso PR, distrbuiu várias medalhas "às escondidas".
Será que se deu conta do ridiculo, que um mais que exagerado número de condecorações, em si mesmo encerra, e pretendeu esconder tantas cerimónias?
Uma coisa é certa, até ao fim do mandato ainda espera entregar mais 30.
É obra!!!!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

...as medalhas...


Sampaio, já distribuiu 1.826 medalhas e prepara-se para ofertar mais umas tantas.

Os "condecorados" são figuras tão excepcionais como o antigo ministro de agricultura Gomes da Silva, o tal que apareceu na televisão a comer mioleira de vaca para desdizer das más linguas que afirmavam existir no nosso País a "doença das vacas loucas", ou (estamos em maré de ministros e de agricultura) Capoulas Santos que, segundo palavras suas, apesar de se encontrar em Bruxelas como euro-deputado, vem todos os fins de semana a Lisboa e aproveita para num sábado receber a dita.

Não dá para levar a sério esta inflação de medalhas e estes políticos!!!!!!!!!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

...mas vou andar por aí...


credo!!!!!!!!!!!!credo!!!!!!!!!!!!!!!!!credo!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

...autarca português...


Moita Flores, recém eleito presidente da Câmarade Santarém, mostra-se descontente porque a oposição, PS e PC, chumbou a sua proposta de criação de três empresas municipais.
Claro que, tanto o PS como o PC votaram contra, não porque discordassem do princípio em si da criação destas empresas, mas tão só, porque não foram eles própios a promoverem-nas.
Para cada um dos presidentes do conselho de administração foi proposto um vencimento de 5.500 euros.
"É o nível mais baixo de remunerações dos quadros de gestores públicos", argumenta Moita Flores.
Palavras para quê, trata-se de um autarca português concerteza!!!

...cumprimentos...


...

corrupção instituida

Em prmeira página, noticia hoje o DN, que as "autarquias representam 42% da corrupção investigada pela PJ." Não creio que tal noticia possa provocar grande surpresa em todos nós. Desde 1995 que têm nascido como cogumelos as chamadas empresas municipais. Esvaziando serviços municipais e criando serviços paralelos absolutamente desnecessários.
Estas empresas, não estão sujeitas aos regímes jurídicos de fornecimentos de seviços e aquisições (quer de pessoal quer de equipamentos) ou de adjudicações de empreitadas como estão as Câmaras Municipais.
Sendo suportadas financeiramente pelas Câmaras respectivas, agem com se de uma empresa privada se tratasse. Os seus gestores são de nomeação politica, recrutados de entre as clientelas partidárias, sem qualquer exigência curricular. Muitos destes gestores não terão mais do que o 1º ou o 2º ciclo, mas com vencimentos sempre superiores a cinco mil euros. Gente sem formação adequada, sem uma carreira a defender, (como um qualquer director de um serviço municipal por exemplo, cujo ordenado não vai além dos dois mil euros), sem fiscalização, com o caminho totalmente aberto à mais descarada corrupção.
Se alguma Câmara, por uma qualquer razão, entendesse que um serviço a prestar ao cidadão não se encontrava coberto por um dos seus serviços já instituidos, como deveria proceder seria simplesmente reestruturar os serviços camarários como a Lei prevê. Mas não é por este caminho que seguem os nossos autarcas, claro. Onde teriam lugar então, as suas clientelas sem habilitações e formação adequadas? Se eles própios não precisam de qualquer formação para serem autarcas?
Não nos causa portanto qualquer estranheza, que a ineficácia o despesismo e a corrupção alastrem pelas autarquias.
A nomeação politica de gestores e a falta de legislação jurídica destas empresas, traduz afinal a própia corrpção instituida.

liberdade de expressão


...liberdade de expressão...

...liberdade de expressão

terça-feira, fevereiro 07, 2006

O Défice

Muito se tem falado ultimamente sobre a crise e o défice das contas públicas. Uma campanha ao que parece mais com intuitos de adoçar as medidas que o governo está a tomar do que esclarecer com serenidade e clareza as verdadeiras causas do défice orçamental. Os comentadores políticos, os economistas e políticos, repetem-se nos comentários generalistas sobre o défice. As causas atribuem-nas aos elevados e exagerados gastos com a função pública em salários, “progressões automáticas” e outras regalias que consideram injustificadas.
E ficam-se por aqui. Não se preocupam em analisar mais profundamente a questão. Aos olhos do cidadão comum, naturalmente, o funcionário público, o professor, o enfermeiro, o policia, o oficial de justiça , o funcionário administrativo de uma qualquer repartição pública ou qualquer outro funcionário, aparece assim como o responsável directo pela crise das finanças públicas.
A receita para a crise, servida com a mesma ligeireza com que são dadas as suas causas, só pode passar então por uma redução da massa salarial da função publica, congelando salários, congelando “progressões automáticas”, aumentando a idade da reforma, etc,etc.

Pelo respeito que qualquer cidadão deste País merece, pelo respeito que nos merecem os trabalhadores em geral e em particular os da função pública, exige-se um pouco mais de verdade, um pouco mais do conhecimento profundo desta crise e deste défice.
É do conhecimento público, que no período de 1995 a 2001, se registaram cerca de 120.000 ingressos na Função Pública. De 600.000 funcionários em 1995 chegou-se ao ano de 2001 com um efectivo total de 720.000. Um aumento de 20% portanto em número de funcionários, o que acarretaria em princípio, um aumento da massa salarial da Função Pública dos mesmos 20%. Só que, o salário médio destas novas entradas foi superior à média salarial dos restantes 600.000. A maioria destas aquisições destinaram-se sobretudo a preencher os quadros dos novos Institutos do Estado que então proliferaram como cogumelos.
Múltiplos serviços paralelos a serviços até então existentes na Função Publica, foram assim criados. Onde existia um director com um vencimento de 500 contos, passou a figurar um presidente, acompanhado de mais quatro ou cinco administradores, com salários superiores a 1500 contos cada, cartão de crédito, carro , motorista, e demais mordomias.
Instalados em edifícios modernos, com novos equipamentos, numa acumulação de despesas completamente irreflectida e sem sentido. Tudo somado, creio bem, que o custo total subiu a pelo menos 25% da massa salarial da Função Pública ou seja 3,75% do PIB.
O Défice Crónico Anual, herdado desde 2001, é portanto equivalente a 3,75% do Produto Interno Bruto.

Uma questão poderá colocar-se agora.
Será que, chegados a 2001, a Justiça, a Saúde, a Educação, a Segurança e todos os outros serviços prestados pelo Estado, melhoraram na mesma proporção de 25%? A resposta é inequivocamente não. Se não existiu uma maior degradação dos serviços, e muitos afirmarão que sim, seguramente que não se sentiram quaisquer melhorias.
Torna-se assim evidente, que a medida urgente, lógica e necessária a tomar, seria a extinção de todos os Institutos nascidos desde 1994, devolvendo à função pública todos os serviços neles prestados. Haveria seguramente o sacrifício de alguns, mas não será mais penoso fazer recair sobre todos, sobre a economia nacional, o custo destes Institutos absolutamente inúteis?

Mas será apenas má gestão, e os nossos governantes serão apenas incompetentes, ao promoverem a criação de Institutos tão ineficazes ?
Creio bem que não. Existe uma lógica de interesses na motivação da criação destes organismos e ela reside na necessidade de alimentar com cargos bem remunerados uma clientela partidária e familiar de uma classe política que de há longos anos detém o poder. É que já não bastam os lugares das empresas públicas. A lógica não é procurar gestores competentes e melhorar o funcionamento do Estado, mas tão só colocar camaradas, companheiros e amigos(estes cargos são todos de nomeação política) nos lugares bem remunerados. Acresce que estes Institutos, não estão sujeitos à apertada legislação jurídica de aquisição de bens e serviços ou empreitadas da função pública, o que abre assim caminho a uma total falta de transparência e a uma potencial corrupção na sua gestão.

Mas se os nossos sucessivos governantes, souberam tão bem engendrar um processo que lhes permite satisfazer tão principescamente as suas clientelas, porque razão não haveriam os políticos autarcas de usufruir dos mesmos "direitos"? Com a mesma lógica tem-se assistido nestes últimos anos à proliferação de empresas municipais. Esvaziando serviços municipais e criando serviços paralelos. Também aqui, com os administradores recrutados politicamente, com o mesmo despesismo, igual má gestão e a mesma inutilidade.
Urge de igual modo a extinção de todas estas empresas municipais.
Mas vejamos a questão de um outro ângulo. Se a todos estes administradores dos Institutos, das Empresas Municipais e Fundações, juntarmos os administradores e gestores das Empresas Públicas, com privilégios escandalosos antes e depois das suas curtas comissões de serviço, nós compreenderemos a extensão da grave crise que o País atravessa.
Dezenas de milhares de privilegiados, cujo número aumenta de ano para ano, têm vindo assim a esbanjar em benefício próprio, ao longo dos anos, a parca riqueza produzida pelos cidadãos deste País. Paralelamente à proliferação dos Institutos e Empresas Municipais uma outra situação se torna insustentável. Os privilégios particulares, as condições especiais, salariais e de reforma de políticos, gestores e administradores públicos, são inaceitáveis.
Como se compreende que Victor Constâncio,por exemplo,usufrua o dobro do vencimento que o seu homólogo Greenspan presidente da toda poderosa Reserva norte-americana(in Expresso, suplemento de economia de 25/06/05)?
A população portuguesa, que vem sofrendo pacientemente nos últimos anos com a chamada crise do défice, e que não é outra coisa senão o resultado da delapidação do erário público por uma vasta élite de poder, merece que lhe seja dita a verdade e que não continue a ser ludibriada por uma casta política egoísta e sem valores.
Governantes de boa fé, eliminariam em primeiro lugar todas as situações excepcionais e especiais relativas a salários e reformas de gestores de Empresas Publicas e outros órgãos do Estado, não permitindo os escandalosos vencimentos e reformas que hoje se praticam nem tão pouco as mordomias de que beneficiam. Só estes procedimentos, sem o peso deste monstruoso lastro do Défice Crónico Anual, levariam o País a sair da crise e à sua verdadeira emancipação e desenvolvimento.
Mas quem poderá acreditar que a nossa classe política abdique voluntariamente dos privilégios que tão bem soube erguer ao longo dos anos?

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...corrupção...

Apesar de considerar-mos que Maria José Morgado, se deixar envolver por vezes, em algum sectarismo que não lhe permite discernir com maior rigor, o acessório do essencial, sem dúvida que entendemos, que é justo e correcto, o combate que vem fazendo à corrupção.

"Governo não considera prioritário o combate à corrupção" são palavras suas, numa recente entrevista ao magazine notícias.

Esta atitude do Governo e de toda a classe política, é apenas coerente consigo própio. Será que esta história do subsídio de reintegração dos deputados não é um caso de corrupção (ainda que protegido por lei, o que só o agrava)?
Como é possível que um deputado, por exemplo como Tavares Moreira, que como deputado só ganhou poder e influência para novos e mais lucrativos cargos, venha agora receber um subsídio por isso mesmo?

Isto é pior que o mensalão, digam os nossos políticos o que disserem.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

...quem se mete com o PS...


Quem se mete com o PS leva.
Agora coube a vez à unidade de combate à corrupção da PJ.
Vai ser extinta como unidade independente, para ser integrada à mistura com outras.
Da perda de eficácia que daqui decorre ninguém se preocupa. Bem pelo contrário, o que parece preocupar os governantes é o empenho que esta unidade tem manifestado.
Mas o PS não perdoa que a unidade tenha investigado, no âmbito das suas atribuições, o camarada Jorge Coelho. Revistarem-lhe os escritórios é coisa que o PS não perdoa.
Não há dúvida, quem se mete com o PS leva, e leva mesmo.

...irritação do PS...

A irritação do PS para com o Ministério Público, depois do caso Casa Pia, tem sido mais do que evidente.

Os dirigentes do PS, e de um modo geral toda a nossa classe política, comportam-se como se vivessem acima da Lei.

Com tantas medidas legislativas necessárias e urgentes para acelerar a justiça, vêem-nos agora com uma esta que não é mais do que a limitação de poderes do MP. A leitura política não pode ser outra.
Quando a corrupção alastra limitam-se os poderes do MP!!!

domingo, fevereiro 05, 2006

...instrumentalização da Procuradoria...


O Governo e de um modo geral a nossa classe política vêm procurando a todo o custo a instrumentalização do M.P.
Da lei que está em aprovação não se espera outra coisa.
O grande argumento usado a seu favor é de que não sendo um órgão eleito o Procurador e o M.P. têm que estar controlados por alguém.
Ora não existe cargo democraticamente mais controlado do que o Procurador Geral.
É controlado democraticamente pela opinião pública, pelo Presidente da República e pelo própio Governo. É um dos cargos mais vigiados e democraticamente instáveis.

Não tem o guarda-chuva de maiorias eleitorais, ao contrário dos governos que delas se servem para praticarem as politicas que lhes convém, completamente às avessas das promessas eleitorais.

A nova lei, ao estabelecer critérios de prioridades, acaba por estabelecer formalmente que a Justiça deixou de ser igual para todos, imagine-se!!!

Se em conteudo já todos comprovamos que a Justiça não é igual para todos, estávamos longe de pensar que, aquela desigualdade, seja agora formalmente consagrado em lei.

...o nosso Cadilhe...

Primeiro foi aquela atoarda de que o pai do monstro teria sido Cavaco. Oportunamente, antes das eleições presidenciais, esperando com isso, salvar o tacho de presidente da Agência de Investimentos. Enganou-se, e de nada lhe valeu ter-se agachado àquele ponto.
O senhor Cadilhe devia saber, que a haver pai do défice, ele terá sido o senhor Guterres. É no periodo de 1995 a 2001 que nascem como nunca visto, Institutos e Empresas municipais, e que se elevou de 600.000 para 720.000 o número de funcionários públicos.
As despesas daqui resultantes ascenderam a 3,75% do PIB. Desde então, é este o montante do défice crónico anual herdado. É preciso ter em conta também, que se Cavaco aumentou os vencimentos dos funcionários públicos, também os obrigou a pagar IRS, coisa que até aí não faziam.
Agora é a venda do ouro. O que o senhor Cadilhe não diz e devia dizer, é que haverá que extinguir os Institutos Públicos, Empresas Municipais, Empresas Reguladoras, Fundações, Comissões, etc, integrar estes serviços no Estado ou nas Câmaras (de onde nunca deveriam ter saido)e limitar o vencimento dos gestores públicos ao nível do Director de Serviços do Estado e extinguir todos os seus privilégios.
Já toda a gente percebeu, de que a tal reforma administrativa de que tanto se fala, não será para acabar com todo este parasitismo mas, tão só, para "reestruturar", por ventura erradamente, alguns serviços da Função Pública.

...Sócrates tira coelho da cartola...

Esta história do Plano Tecnológico, que nasceu no seio da discórdia entre ministros e de que resultou a demissão do seu primeiro responsável, parece depositar grandes esperanças entre os defensores do Governo. Afirma-se mesmo que, se tal iniciativa teve êxito na Finlândia, porque razão não haveria de a ter por cá?

Não será seguramente por falta de planos, leis, estruturas, ou o do que quer que seja que este País não avança. À excepção da nossa classe política, creio que todos os portugueses já o perceberam bem.

Há mais de trinta anos que esta classe política nos "governa" e, se não teve engenho para desenvolver o País, não será agora, com mais plano ou menos plano, que nos fará sair do buraco em que nos atolaram.

Por mim nem sequer lhes dou o benefício da dúvida.

sábado, fevereiro 04, 2006

...Sócrates...


04.02.06

Sócrates, não deixa de nos surpreender de facto.
Depois das férias de Verão no Quénia, quando o País estava com os mais devastadores fogos florestais, da sua teimosia quanto à OTA, o TGV e as Scuts (que nos vão custar os olhos da cara), das férias de Natal na neve (onde fruto de uma queda o faz andar de muletas) quando muitos portugueses que vivem em situações muito precárias, desempregados e idosos, não tiveram sequer uma passagem de Natal minimamente digna( situação que deveria merecer-lhe um pouco mais de respeito) eis que, pelos vistos, se entretem a brincar ao James Bond, a fazer fé no artigo publicado na Visão, ao criar a sua própria Secreta.
O homem não pára de nos surpreender!!!

...corruptos e incompetentes...

03.02.06

Os lucros da Shell em 2005, foram superiores em 14 mil milhões de euros relativamente aos verificados em 2004 que foram de 5 mil milhões.
A Galp irá ter em 2005 igualmente os maiores lucros de sempre.
O mesmo acontece com os bancos portugueses que, em 2004, arrecadaram os maiores lucros de que há memória.(Não creio que os empregados bancários tivessem em 2004 os maiores aumentos salariais de sempre).
Quando as famílias portuguesas sobrevivem com os mais baixos rendimentos dos últimos anos, a banca e as petrolíferas têm ganhos como nunca esperariam.
Algo está errado com esta sociedade.
Os governos, o Estado Democrático, têm a obrigação de não permitir tamanhas desigualdades.
Durão Barroso libertou as petrolíferas da fixação de preços máximos. O resultado está à vista. Sócrates deu como boa esta medida uma vez que não a alterou nem dá mostras de a querer alterar.
A nossa classe política não parece comover-se com a pobreza que afecta tantas famílias e continua a cobrir-se de privilégios.
É uma classe política corrupta e incompetente.