quinta-feira, abril 27, 2006

humor abrupto

22:41 (rrc)

RETRATOS DO DESCANSO EM CASTELO DO BODE, PORTUGAL

electricistas descansando

então e as reformas do Banco de Portugal

Quando a pensão que o ex-ministro Luís Cunha recebia do Banco de Portugal, Sócrates reagiu com aquela determinação e eficácia que todos lhe conhecemos, anunciou que o esquema ia ser revisto e até escolheu Miguel Beleza para coordenar a revisão do regime de pensões do banco. Entretanto, passou mais de um ano e o mesmo governo que mudou tanta coisa parece ter sido incapaz de mexer nos privilégios da coutada do Vítor Constâncio. Agora que António Marta se reformou talvez seja a ocasião de questionar o governo sobre a evolução dos trabalhos, ou será que só vão rever o regime depois de todos os amigos, incluindo Vítor Constâncio, estarem reformados? É que na função pública não esperaram tanto...
(post no blog jumento)

quarta-feira, abril 26, 2006

humor abrupto

23:40 (rrc)
RETRATOS DO DESCANSO EM LEIRIA, PORTUGAL
oficial de padaria depois de colocar o pão no forno

o cravo


A 25 de Abril de 1974 e nos anos imediatos que se lhe seguiram, o cravo vermelho na lapela neste dia comemorativo traduzia, não somente o conforto da conquista da liberdade mas, sobretudo, a esperança do desenvolvimento económico e social do País.

A liberdade não constitui um fim em si mesmo, mas um meio para a melhoria das condições de vida dos cidadãos. A liberdade é condição necessária ao desenvolvimento estrutural, económico e social de um país, mas não é uma condição suficiente.

Ora, as esperanças acalentadas pelo 25 de Abril em proporcionar um maior bem estar aos portugueses estão longe de se encontrarem satisfeitas.
Muito pelo contrário, Portugal aparece hoje na cauda da Europa, com os mais fracos índices de desenvolvimento. Com 10 milhões de habitantes, Portugal possui 2 milhões de pobres e uma distribuição de riqueza que, ano após ano, acentua as desigualdades sociais.

Os obreiros dos desequilíbrios estruturais, das desigualdades sociais que se agravam e do frágil e distorcido desenvolvimento económico, não podem ser outros senão os políticos que conquistaram o poder no 25 de Abril de 1974 e nele se têm perpetuado. Bem instalados na vida, com o poder em suas mãos, é natural que se apresentem felizes, despreocupados e sorridentes de cravo vermelho na lapela.
De Almeida Santos e Vasco Lourenço passando por João Cravinho e Jorge Coelho até Manuel Alegre e Jaime Gama, a todos, a vida nestes últimos 32 anos lhes poderia ter corrido melhor.

Um 25 de Abril inócuo, um cravo vermelho como símbolo dessa inocuidade, como símbolo de uma liberdade castrada de seus objectivos, eis o que se afigura hoje aos portugueses o ritual comemorativo e repetitivo na Assembleia da República.

eduardo viana

chuck stevens

terça-feira, abril 25, 2006

e viva o 25 de Abril...

O Banco Comercial Português (BCP) cresceu, no primeiro trimestre deste ano, 44 por cento relativamente ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, o Banco Espírito Santo (BES) revelou ter crescido no mesmo período mais 31 por cento.

Cavaco e o discurso...

Somos 10 milhões com 2 milhões de pobres.
Creio nada ser mais humilhante para a esquerda e o “seu” 25 de Abril de 1974, do que esta constatação salientada em dia de festa por Cavaco.

vieira da silva

25 de Abril



lavagem de memória?

Extraordinário o alarido e a angariação de multidão com que ontem o governo lançou a rede de cuidados continuados em saúde "que visam diminuir o número de internamentos hospitalares e aumentar as camas disponíveis para doentes crónicos e em convalescença"!Então não havia já um diploma que criava a rede? Então não foi este ministro que pouco depois de ter chegado o revogou? Não teria bastado alterá-lo, se algumas correcções entendesse introduzir? O que parece importar é lavar memória e deixar a assinatura numa legislação!E não foi este ministro que entrou a matar com as Misericórdias, quando quis argumentar contra a legislação do anterior governo, dizendo que as camas de que estas dispunham eram umas "enxergas deploráveis" onde os doentes agonizavam?(o que provocou a indignação da União das Misericórdias). E agora essa mesma União vem colocar de novo ao dispor sete a oito mil camas para cuidados continuados, na presença do governo e da comunicação social...serão as mesmas camas a que o ministro chamou "enxergas"?
(posted by Clara Carneiro, no Quarta República)

sábado, abril 22, 2006

humor abrupto

11:35 (rrc)
RETRATOS DO DESCANSO NO ALENTEJO, PORTUGAL
momento de pausa na viagem

sexta-feira, abril 21, 2006

irresponsabilidade e incompetência...


A vereação dos Espaços Verdes da Câmara de Lisboa, a cargo de António Prôa, tem em mãos um projecto que visa embelezar a Rua Augusta, instalando 20 ou 40 vasos com plantas; cada vaso está orçado em 900 euros e cada planta (azinheira de forma cónica), vinda directamente de Itália, custará cerca de 450 euros.
Desta forma, o município que deve 956 milhões de euros a fornecedores, prepara-se para gastar em plantas, só para a Rua Augusta, 27 mil euros (se optar por instalar 20 vasos) ou 54 mil euros (se instalar 40 vasos). "In Correio da Manhã de hoje."

quotas...

Medida hipócrita de um governo hipócrita.
Quando um governo faz aprovar no parlamento uma medida destas quando tem, duas ministras em 16 ministros e 4 secretárias de estado em 33 secretários de estado, que outra coisa se poderá chamar ao dito governo e ao respectivo partido que o suporta?

humor abrupto...

10:35 (rrc)

RETRATOS DO DESCANSO EM LISBOA, PORTUGAL

agente da GNR dormindo após a "operação Páscoa 2006"

graça morais

Estado despesista


O Boletim do Banco de Portugal, agora vindo a público, tem provocado grande celeuma nos meios políticos e jornalísticos, não tanto pelas novidades que transmite mas sobretudo pelo novo posicionamento de Victor Constâncio. Temendo um maior e mais completo descrédito, achou por bem o governador descolar-se do governo e fazer realmente o papel que lhe cabe.

Em boa verdade, já em princípios de Março, aquando da apresentação do relatório orçamental relativo a Janeiro e Fevereiro, se constatava que de 2004 para 2005 se verificara um aumento do número de funcionários. E não se pense que tais aumentos de pessoal tiveram apenas origem na profissionalização das Forças Armadas como os comentadores do regime nos pretendem fazer crer. Assim, por exemplo, a rubrica de Encargos Gerais do Estado, onde se inclui a Presidência do Conselho de Ministros (ministros e secretários de estado), Centro de Gestão de Rede Informática do governo, Gabinete Nacional de Segurança, Instituto da Comunicação Social, subiu em gastos de pessoal mais 12,8% que em 2004.

Por outro lado, também já se conhecia que existira aumento da despesa do Estado de 2004 para 2005. Ao contrário do que pretendeu e pretende fazer crer, o governo Sócrates continua a saga despesista tão comum aos governos socialistas.
Em 2005, gastou uma verba superior a 843 milhões de contos em serviços fora da Administração, como "estudos, pareceres e projectos de consultadoria. Mais 108 milhões de euros do que em 2004. A rubrica “aquisição de serviços”, subiu em 2005, mais 14,8% do que no ano anterior.

quinta-feira, abril 20, 2006

humor abrupto...

19.30 (rrc)

RETRATOS DO DESCANSO EM NEW YORK, USA
(agente do FBI dormindo a sesta com copo na mão)

quarta-feira, abril 19, 2006

corrupção e incompetência…


O relatório do Banco de Portugal sobre as contas públicas, agora publicado, veio provocar um tremendo alarido. O caso não é para menos. Afinal as despesas do Estado aumentaram em 2005 face aos anos anteriores, quando deveriam ter diminuído e, os aumentos de impostos e outras medidas que se diziam de combate ao défice, ao que parece, de nada adiantaram.
Os crónicos defensores oficiais do regime e em especial deste governo, vêm-nos agora com o argumento de que” um comboio que está em marcha mesmo que se aplique os travões a fundo não pára instantaneamente”. O argumento tem a sua lógica, mas parte de um falso pressuposto. Na verdade não foram aplicados os travões a fundo quando muito tocou-se ao de leve no travão de mão e não no do pé.

Sem dúvida que, para a qualidade e extensão dos serviços que o Estado presta aos cidadãos, as despesas públicas são mais do que exageradas. Como então anular o crónico défice público sugador das energias do País e causa das dificuldades do seu desenvolvimento económico? (Em posts anteriores temos repetidamente abordado esta questão, ver por ex. O DÉFICE, em 07/02/06).
Ao quadro de funcionários “naturais” necessários e indispensáveis da Função Pública, a classe politica portuguesa, os sucessivos governos pós 25 de Abril, criaram uma nova classe de funcionários públicos, funcionários de topo, nomeados politicamente, sem concursos públicos e sem qualificações ou experiência adequada. Nomeados apenas por favorecimento politico e não por qualquer exigência curricular.
Simultaneamente, para albergar toda esta nova casta de funcionários, criaram-se serviços paralelos aos já existentes na Função Pública, sem qualquer racionalidade ou necessidade objectiva.
Os múltiplos Institutos, Comissões, Entidades, Conselhos, Gabinetes, Centros, Auditorias, Órgãos, Empresas Municipais, etc, nasceram com esta mesma lógica e são disso exemplo.
É este o “esquema”que a nossa classe politica tão bem soube erguer ao longo destes últimos anos. Um mundo de privilégios para várias dezenas ou mesmo centenas de milhares de indivíduos oriundos das clientelas partidárias.

Os custos, (cerca de 3,75% do PIB em termos financeiros), para o País desta irracionalidade funcional dos serviços do Estado, da sua distorcida organização, da incapacidade e falta de preparação destes “gestores” de nomeação politica, agravaram-se de tal modo que se tornaram insustentáveis.
O PRACE ou o SIMPLEX, são apenas simulacros de uma verdadeira vontade e capacidade de alteração, reestruturação, reorganização e racionalidade da Função Pública.

Será uma ilusão acreditar-se que esta mesma classe política venha a alterar o mundo de privilégios que tão sabiamente soube erguer ao longo dos últimos anos.

Quem se mete com o PS leva…(III)


O PS inviabiliza que Santos Cabral, o demitido director da Policia Judiciária, seja ouvido pela comissão parlamentar.
Ouvido o ministro da tutela naquela comissão, seria lógico que os parlamentares e a oposição pretendessem agora conhecer o contraditório.

Mas, quando o ministro afirma na dita audição não existir crise financeira na PJ e no dia imediato, logo após a tomada de posse do novo director, transfere 9 milhões de euros para o orçamento da PJ; ou quando, perante a mesma comissão considera como deficiente o trabalho que a PJ vem desenvolvendo, ao mesmo tempo que o relatório de actividades da PJ, agora dado a conhecer, desmente categoricamente o ministro, compreendem-se as razões que levaram o PS a opor-se à audição de Santos Cabral.

segunda-feira, abril 17, 2006

anna maria pietro

Artur Bual

terça-feira, abril 04, 2006

instrumentalização da PJ...


Que razão leva, Alípio Ribeiro, o recém-nomeado director nacional da Policia Judiciária, a ser tão lesto e violento na crítica ao “excesso” de escutas telefónicas?

Que forças, que arguidos, que arguidos inocentados, que figuras públicas se manifestaram contra as escutas com igual violência?

segunda-feira, abril 03, 2006

quem se mete com o PS leva...


Numa lógica governativa não se compreendem as investidas e os ataques desferidos pela governação Sócrates contra o Ministério Público e a Polícia Judiciária.

No preciso momento em que se assiste pela primeira vez em Portugal, à investigação e à pronuncia de acusação sobre destacadas figuras públicas e políticas, é precisamente o momento escolhido pelo partido socialista e pelo executivo, para diminuírem os poderes do MP e perturbarem e reduzirem objectivamente as capacidades de investigação da PJ.
Esta ofensiva concertada contra as entidades de investigação criminal de modo algum se enquadra numa lógica governativa, assemelhando-se mais, a um ajuste de contas de grupos poderosos.
A irritabilidade e a incomodidade que o PS e o governo vêm manifestando são demasiado perceptíveis.

A extinção da unidade de combate à corrupção como unidade independente da PJ, a tentativa de governamentalização do MP, o pacote legislativo que lhe retira autonomia e eficácia, o asfixiamento financeiro da PJ e a instabilidade criada a qualquer pretexto na PJ, são medidas concertadas altamente gravosas das acções de investigação.

E tudo isto acontece no momento em que tanto o MP como a PJ mostram resultados práticos no combate à criminalidade.

Numa recente entrevista afirmava Maria José Morgado:”o governo não considera prioritário o combate à corrupção”.
O governo parece não aceitar que destacadas figuras do seu partido sejam investigadas, e comporta-se como “casta” privilegiada e poderosa vivendo acima da Lei.

Entretanto a “nossa” comunicação social olha para o lado, não denunciando como lhe competia este gravíssimo atentado à democracia e ao estado de direito.

domingo, abril 02, 2006

o senhor feliz(II)


O ministro das finanças mostrou-se mais uma vez muito satisfeito quando, na passada sexta-feira, apresentou o défice relativo a 2005. O facto de este défice agora conhecido, ter superado o de 2004 em 0,6%, não parece incomodar o ministro. Mesmo com o aumento de impostos que se verificou em 2005, e que afectou e de que maneira a vida dos cidadãos e das pequenas e médias empresas, o certo é que o défice não diminuiu.
Mas Teixeira dos Santos insiste em sorrir mesmo quando as agências de rating prevêem piores resultados ainda para o próximo défice público português.


menez

pascal renoux

outros tempos outros vinhos...