quarta-feira, janeiro 31, 2007

Portugal como grossista europeu das bugigangas chinesas


Afinal, a viagem de Sócrates à China, não terá como fim primeiro auxiliar as exportações portuguesas, como foi anunciado pelo governo mas, ao contrário, proteger a entrada das exportações chinesas para Portugal.
Portugal transformar-se-á assim, no grande País grossista europeu das bugigangas chinesas,como pode ler-se hoje no jornal público:
Os primeiros-ministros português e chinês presidirão hoje à assinatura de um acordo entre a Mota-Engil e o Nan Kwong Group, em Pequim, que prevê a utilização de Portugal como uma gigantesca placa giratória de produtos oriundos da China, por via marítima.
A plataforma do Poceirão, concelho de Palmela, um projecto da Mota-Engil, será a infra-estrutura base para receber as exportações chinesas.

de novo a dança das medalhas


O Presidente da República, Cavaco Silva, vai condecorar segunda-feira o ex-Procurador Souto de Moura e os três chefes militares que cessaram funções em 2006, anunciou hoje a Presidência.

a "timidez" do PS no combate à fraude e evasão fiscais

Uma proposta para derrogação do sigilo bancário nos casos de dívidas à Segurança Social foi rejeitada pelo PS, com abstenção do CDS e do PSD, na votação na reunião da respectiva comissão parlamentar desta quarta-feira.
O Tribunal de Contas deu ontem a conhecer que o Estado tem gasto cada vez menos dinheiro com o plano de investimento público (PIDDAC), com a taxa de execução também a baixar, passando de 74 por cento em 2004 para 63 por cento em 2005.

classe polìtica


O ex-presidente da hidroeléctrica de Cabora Bassa Carlos Veiga Anjos, vai ter uma remuneração de 95 mil euros pelo trabalho de quatro meses na realização de um estudo sobre a empresarialização do Arsenal do Alfeite, em Almada. Mais ou menos uns 23 750 euros por mês.

OPAS


As Finanças já têm uma estimativa de quanto perdem os cofres do Estado se a Operação Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom sobre a PT tiver êxito. Em dois anos (2007 e 2008) são mais de 1,3 mil milhões de euros que não entram nos cofres públicos. (cm)
picasso

Foto do dia

hans joachim

terça-feira, janeiro 30, 2007

NÃO

Afirmam alguns defensores do Sim que as pessoas têm problemas em destruir uma "vida uterina". Este conceito tanto poderá significar uma "vida uterina" de dez dias como uma "vida uterina” de 35 meses. Só por si, a aplicação do termo “vida uterina”, choca pela sua frieza e racionalidade.
Sou contra qualquer morte da vida, tenha ela um dia, 35 meses ou oitenta anos. Acho uma barbárie que com a actual evolução dos conhecimentos humanos, no actual estágio da evolução do Homem, se pensa em provocar um aborto como meio de poupar sacrifícios económicos à mãe. Porque é disso que se trata na grande maioria dos casos. A mãe, pressionada muitas vezes por terceiros, quer ter o direito de praticar o aborto por questões puramente economicistas. Considero isto, uma aberração nos tempos que correm.
Útil seguramente à Europa dos monopólios, que assim sacode do modo mais fácil a água do capote, mas completamente aberrante para quem tenha da vida, do Homem e da sua evolução, uma visão mais sensível, solidária e humana.
Esta filosofia racionalista e economicista, isenta de valores, que moldura a Europa Imperialista de hoje, manifesta-se naturalmente na legislação da prática do aborto. Não é por isso estranho que pessoas “liberais” como o senhor Vasco Rato, Morais Sarmento, ou o nosso “liberalíssimo” Sócrates, se empenhem na campanha do Sim. Não existe nenhuma incoerência na sua assumpção da liberalização do aborto. Incoerência existe, sim, nos meios da esquerda, que pretendendo defender um ideário progressista, sem atenderem às mudanças do Mundo, caem na armadilha da História e permanecem mecanicamente fiéis às racionalidades do século passado.

Foto do dia

oleg sleznev

segunda-feira, janeiro 29, 2007

mamar

As deslocações ao estrangeiro dos dez deputados mais viajados, ao serviço da Assembleia da República, implicaram em 2006 uma despesa total de quase 291 mil euros em transporte e alojamento, um acréscimo de 35 por cento face aos cerca de 215 mil euros despendidos em 2005. No pódio dos parlamentares mais viajados surgem três rostos bem conhecidos: José Luís Arnault e Mendes Bota, ambos do PSD, e José Lello, do PS, que em conjunto realizaram 43 viagens. (cm)

NÃO


A man holds a poster of a baby during a march against abortion in Lisbon January 28, 2007. The T-shirt reads \"Abortion on request, No thanks.\" (Reuters)
stanislaw blagenkov

domingo, janeiro 28, 2007

o senhor feliz, o senhor contente e o mágico

Teixeira dos Santos e Sócrates, o senhor Feliz e o senhor Contente, mostraram-se muito satisfeitos com o trabalho realizado até hoje pela administração fiscal, acreditando mesmo “que dificilmente alguém poderá continuar a fugir ao fisco”. Assim se manifestaram num encontro organizado por Paulo Macedo, promotor de missas e Director Geral das Contribuições e Impostos.
Mas será assim tão eficaz o combate à evasão fiscal alcançado nos três últimos anos pelo fisco?
Um excelente post do jumento, acaba de demonstrar, quão infundadas são as palavras destes governantes.
Na verdade, consultando os dados da Direcção geral do Orçamento, verifica-se para a evolução da Receita desde 1996:
1996-1995: + 7,6%
1997-1996: + 10,4%
1998-1997: + 10,1%
1999-1998: + 8,1%
2000-1999: + 7,7%
2001-2000: + 4,4%
2002-2001: + 9,4%
2003-2002: + 1,6%
2004-2003: - 0,2% (Dr. Paulo Macedo)
2005-2004: + 5,1% (Dr. Paulo Macedo)
2006-2005: + 7,2% (Dr. Paulo Macedo)
Afinal o único milagre que podemos atribuir aos actuais responsáveis do fisco foi terem conseguido o impossível, em 2004 as receitas baixaram 0,2% e no IVA a descida foi de 2%! Apesar dos crescimentos percentuais dos últimos dois anos serem empolados pela desgraça de 2004 o último triénio é o pior na história das receitas fiscais.
O problema é que no IRS nos cortaram benefícios fiscais como nunca e no IVA todos nos lembramos que o governo aumentou a taxa de 19% para 21% contra todas as promessas eleitorais. E 2% numa taxa que era de 19% significa um aumento percentual dessa taxa na ordem dos 10,53%, e se considerarmos que durante o mandato (do ponto de vista dos resultados da cobrança) de Paulo Macedo ocorrerem dois aumentos de 2% (a que corresponde um aumento de 25,53% da taxa) o resultados são ainda mais desastrosos, em 2004 o IVA desceu 2%, em 2005 cresceu 12,8% e em 2006 cresce apenas 6,2%.
Isto é, os portugueses são sujeitos a uma carga fiscal crescente para compensar o aumento da evasão fiscal, já que o imposto que melhor reflecte os níveis dessa evasão é precisamente o IVA, se as suas taxas aumentam e a receita fica aquém do esperado é porque a evasão aumentou.

Situações de facto


Mais de 90 mil pessoas que querem trabalho mas que, por qualquer motivo, já não o procuram, formam o que as estatísticas chamam de inactivos disponíveis, mas não de desempregados.
Isto é, não entram nas “estatísticas oficiais”, cujos “sinais” de melhorias o governo não se cansa de propagandear.
O que conta para este governo, nesta como em muitas outras situações, é o artificialismo dos números e não as situações de facto.
A vida, em seu começo.
Refugiados. Una mujer palestina lava los trastos en una de las cuevas de Quina Foq las colinas de Hebrón, en Cisjordania. Unos 120 palestinos viven en estas cuevas. (20 minutos)

gustave klimt
jurek art

quinta-feira, janeiro 25, 2007

O mar e os homens

Não sou especialista das coisas do mar, mas interesso-me e sempre vou lendo sobre o assunto.
Entendo que o mar é um “ser” extremamente sensível encontrando-se num permanente e delicado estado de equilíbrio. Qualquer alteração geográfica das suas “ margens”, qualquer alteração física da costa marítima, por mínima que seja, qualquer quebra de equilíbrio, provoca de imediato uma reacção na busca inexorável de um novo equilíbrio.
Interesses económicos “superiores”, aliados a um completo alheamento sobre os efeitos espectáveis das alterações físicas pontuais da costa, têm levado os governantes deste País, a executarem e a permitirem intervenções costeiras sem prestarem a mínima atenção às suas consequências, aos seus efeitos posteriores.
Torna-se caricato, assistirmos hoje, à inglória tentativa da criação artificial de um cordão dunar na Costa da Caparica. Milhares de toneladas de areia estão a ser canalizadas para este efeito. Na realidade, o mar, na sua incessante acção de procura do equilíbrio desfeito, avança terra dentro, retirando a areia que encontra no seu caminho. Claro que estes efeitos só serão sentidos nas condições de marés vivas e mar alteroso, mas será constante e perdurará até reposto um novo equilíbrio, pelo que se torna num total desperdício os trabalhos que o INAG está a executar.
Mas afinal, o que terá provocado o desequilíbrio para tão nefasto acontecimento? Quando, há alguns anos atrás, obras costeiras na Trafaria, tiveram como consequência a extinção do areal do Bugio, (uma ilha natural de areia com cerca de mil metros de diâmetro na maré vazia e cerca de trezentos na maré cheia), ninguém se preocupou com os efeitos daí resultantes. Uma única voz, o engenheiro Macário Correia, justiça lhe seja feita, se levantou então contra este atentado ambiental. Nenhum governante, autarca, ou qualquer outro poder instituído se insurgiu ou levantou sequer quaisquer dúvidas sobre a justeza de tais obras, responsáveis pelo que está a acontecer agora na Costa da Caparica.
Todos nós iremos suportar os custos dos trabalhos que decorrem e venham a decorrer, uma vez mais sacrificados pelos interesses privados de alguns e pelo desleixo e incompetência dos governantes.



Presidente sonriente. El presidente estadounidense, Georges W. Bush, se despide de las tropas tras una visita a una base aérea de la Guardia Nacional en Wilmington, Delaware, EEUU. (20 minutos)
Cartel de la película que lanzó a la fama en 1992 a Penélope Cruz, "Jamón, jamón", del director Bigas Luna. La actriz ha sido la primera española en ser nominada al Oscar a la mejor actriz.

Konstantin alexandoff

quarta-feira, janeiro 24, 2007

poder "corajoso"


Aquando dos incêndios florestais do Verão passado, não havia dia algum sem que um senhor qualquer governador civil não aparecesse em frente das câmaras televisivas, junto dos bombeiros, a enumerar o número de carros, helicópteros, número de equipas de bombeiros, etc, e a discorrer sobre os acontecimentos do dia.
E agora, senhor governador civil de Beja? Será que nada tem a dizer sobre as mortes e a inoperância da assistência aos acidentados de Odemira?

PLANO TECNOLÓGICO DE sÓCRATES EM ACÇÃO

Governo “corajoso”


Segundo uma notícia do Sol, o governo prepara-se para mais umas mexidas na Administração Pública (AD). Agora pretende introduzir limites às pensões dos funcionários públicos.
Custa a acreditar mas tais limites não serão para todos.
Os mais altos cargos da AP como Juízes, Directores da Policia Judiciária, Auditores Consultores do Tribunal de Contas, Professores Catedráticos e Investigadores vão ser “honrosas” excepções.
A ser assim, uma tal medida constituirá um atentado ao princípio da equidade, do direito, um atentado ao estado democrático e um claro abuso de poder. Sacrificam-se os mais fracos e favorecem-se os mais poderosos.
E ainda há quem fale na “coragem” deste governo.
cometa mcnaught

Las Vegas china. El Casino Lisboa en Macao, ciudad que podría haber superado en 2006 a Las Vegas como primer centro mundial de apuestas, según las cifras de la Dirección de Inspección y Coordinación de Juego de la antigua colonia portuguesa. (20 minutos)
nipovo

terça-feira, janeiro 23, 2007

estratégias de desenvolvimento


Ao poder político cabe a tarefa de definir estratégias de desenvolvimento macroeconómico com o estabelecimento de politicas favoráveis e motivadoras, capazes de suscitar o interesse económico dos empresários. E neste capítulo, os nossos governantes têm-se mostrado incapazes de traçar rumos coerentes e consistentes, vagueando ao sabor dos acontecimentos e às “ordens” de Bruxelas.
Portugal deveria demonstrar aos seus parceiros europeus mais fortes, que não possuindo as indústrias dos Mercedes, Fiats, Renaults, Motorolas, ou qualquer uma outra semelhante, a abertura dos mercados europeus aos produtos agrícolas, de vestuário e outros aos países asiáticos, sul africanos e sul americanos redundaria inexoravelmente num colapso da indústria e da agricultura nacionais. Se a troca dos Mercedes,etc, por bugigangas asiáticas é muito favorável à Alemanha, França, Itália. Inglaterra, etc. uma tal “globalização” torna-se num desastre económico brutal para Portugal.
Um dos vectores económicos estratégicos para Portugal seria o desenvolvimento das Pescas e todas a industria a elas associada. Portugal tinha todo o direito de exigir não apenas uma zona exclusiva de pescas do Minho a Tavira, dos Açores e da Madeira por troca dos prejuízos causados por aquelas aberturas aos mercados mundiais mas também os apoios para a prossecução de uma tal política. Em vez disso, entregámos a nossa zona exclusiva à CEE, e procedemos ao abate da nossa frota pesqueira. Em vez de um sector de pescas forte e dinâmico assistimos hoje ao seu definhamento ao seu completo aniquilamento.
A Agricultura, quer queiramos quer não, sempre será um dos nossos sectores económicos estratégicos, infelizmente desde que entrámos na CEE temos andado no mais completo desvario, ora arrancando vinha e olival, ora plantando olival e vinha, ao sabor da vontade dos burocratas de Bruxelas, sem vínculo a qualquer traçado estratégico nacional. Nem o emparcelamento da propriedade no minifúndio, nem o levantamento geológico do território, nem qualquer apoio científico e estrutural à agricultura. A política dos governos tem-se limitado à gestão e distribuição de subsídios aos agricultores. Nem tão pouco lhes discorre a ideia, da imposição de margens de comercialização máximos a certos produtos agrícolas importados mercê da “globalização”, única forma de atenuar os prejuízos de iguais produtos da agricultura nacional.
Outro dos vectores económicos estratégicos seria o desenvolvimento económico com os países sul-americanos. Por afinidades históricas e de língua, pela importante percentagem de emigrantes portugueses nesses países. Aqui bastaria “copiar” a política espanhola.
Relativamente ao Turismo, outro sector estratégico, basta ter em atenção o desordenamento do litoral do território e o estado de abandono e ruína dos mais preciosos monumentos nacionais para nos darmos conta da inoperância dos sucessivos governos. Aqui, parece, tudo começa e tudo acaba no TGV e na OTA.
Simplesmente, temos andado na mais completa irracionalidade, sem saber que terreno pisamos ou para onde vamos, ao desvario, à deriva, impulsionados apenas pelos confusos e difusos ventos de Bruxelas.

Fotografía humanitaria de Médicos del Mundo 2007

Un grupo de niñas estudiantes en un edificio abandonado de Kabul, fotografiadas por la canadiense de origen croata Lana Slezic. (20 minutos)

cruel dilema


João Cravinho prometeu publicamente que não abandonaria o Parlamento sem antes ver agendado e aprovado na Assembleia da Republica, o seu “pacote” anti-corrupção.
Ora, o grupo parlamentar do PS, acaba de garantir, que o não irá agendar, simplesmente por considerar “não adequado nem consistente” o dito pacote.
Agora, de duas uma, ou João Cravinho continua a lutar pelo que lhe parece justo e permanece por cá ou, traindo promessas, segue para Londres como administrador do Banco de Reconstrução e Desenvolvimento Europeu.
jurek art
alexandr zadiraka

segunda-feira, janeiro 22, 2007

que resultados?


Apresentam-nos as viagens que os presidentes da república e os primeiros-ministros deste pequeno País vêm realizando às mais longínquas paragens, de há anos para cá, acompanhados de um séquito de empresários, sempre os mesmos aliás, como de importantes e indispensáveis contactos para a internacionalização da nossa economia.
E quando, ouvidos a propósito os comentadores “oficiais” nos meios de comunicação social, nós assistimos à enfadonha repetição dos elogios a tão profícuas viagens.
Não sei, salutarmente desconfiado como sou, onde começa o êxito de tais iniciativas e onde acaba a bajulice de tais comentadores.
Mas coloco grandes reservas a tanto entusiasmo. Mal andariam os empresários e a Economia deste País se a expansão dos negócios estivesse sujeita aos calendários e aos “favores” presidenciais.
A economia, a oportunidade de negócios dos nossos industriais tem um tempo próprio, que eles conhecem bem, que estudam e que os levam a tomar as decisões mais ajustadas a cada momento.
Ao poder político cabe a tarefa de definir estratégias de desenvolvimento macroeconómico com o estabelecimento de politicas favoráveis e motivadoras, capazes de suscitar o interesse económico dos empresários.
E neste capítulo, os nossos governantes têm-se mostrado incapazes de traçar rumos coerentes e consistentes, vagueando ao sabor dos acontecimentos e às “ordens” de Bruxelas.

classe politica


As empresas públicas pagaram indemnizações no valor de 5,137 milhões de euros a gestores que foram substituídos antes do final do seu mandato, segundo uma auditoria do Tribunal de Contas.
A Caixa Geral de Depósitos é a principal contribuinte para este total com o pagamento de indemnizações no valor de 4,2 milhões de euros em um ano.
Outro resultado do desajustamento do quadro legal é que ao invés de recorreram às regras de 1989, com base em legislação de 1982, os vencimentos são definidos em assembleia-geral e sancionadas por despachos ministeriais, "daí resultando divergências substanciais" e, em regra, valores base mais elevados.

Fotografía humanitaria de Médicos do Mundo 2007

Refugiados Congoleños en Ruanda, del español Sergi Cámara Ioscos. Salida de clase en Gihembe, campo de refugiados congoleses en Ruanda. Esta fotografía fue tomada como parte de un trabajo realizado en mayo de 2006 para la Fundación La Caixa, la cual colabora en proyectos de educación en los campos de refugiados de Ghihembe y Kiziba.(20 minutos)

os sinais


O indicador de clima económico, que reflecte as perspectivas dos empresários da indústria, construção, comércio e serviços, baixou para 0,4%, em Dezembro, interrompendo o movimento ascendente iniciado em Junho.
O indicador quantitativo do consumo desacelerou para 1,2% em Novembro registando um abrandamento do indicador de consumo corrente e uma inversão do indicador de consumo de bens duradouros, que caiu para 0,6%.
O indicador de investimento piorou em Novembro, para 3% negativos, invertendo o desagravamento que se verificava desde Agosto. (INE)
mircea bezergheanu
Chelsea's manager Jose Mourinho instructs his team during their English Premier League soccer match against Liverpool in Liverpool, northern England, January 20, 2007. (reuters)

sexta-feira, janeiro 19, 2007

socrates berlusconi


Sob o pretexto do combate ao défice público temos vindo a assistir ao maior, ao mais silencioso, cruel e profundo ataque ao chamado espírito às condições sociais dos cidadãos.
Quando se retiram às populações, as urgências e maternidades que usufruíam até aqui e as obrigam a percorrer quilómetros para ter acesso a estes “bens sociais”, estamos de facto na presença de um retrocesso social, de direitos socialmente conquistados e que agora são varridos e tratados com o maior desprezo.
Quando se aumentam os custos das taxas moderadoras, dos medicamentos, das análises clínicas, do IRS dos idosos, situação que afecta sobretudo os idosos e os mais desprotegidos da sociedade, estamos na realidade na presença de um governo que demonstra uma insensibilidade social total e o mais frio desprezo pelos mais fracos.
É um governo ideologicamente vazio, cego e surdo, arrogante, cínico e prepotente no seu relacionamento com a sociedade. É um governo sem valores e sem quaisquer princípios, com uma prática totalmente divergente do que são as praticas comuns dos governos sociais- democratas ou socialistas. É um governo ideologicamente sem rosto, eunuco, ainda que apoiado por um partido de nome socialista e constituído pelos principais dirigentes deste partido.

Manipulando como ninguém a opinião pública, com a cumplicidade de uma comunicação social subserviente, com uma oposição desacreditada e sem força de mobilização, o governo, com a sua maioria absoluta, permite-se desfazer, de um só golpe, muitas das melhorias das condições sociais da população que o 25 de Abril proporcionou.

É um governo que só tem paralelo com o governo de Sílvio Berlusconi. A mesma pobreza de princípios, a mesma insolência, a mesma demagogia e o mesmo populismo.

A vida, no seu começo.

mercosul


Samba bolivariana. El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, aplaude a una bailarina de la escuela de samba Vila Isabel, en el marco de la cumbre de jefes de Estado del Mercosur, en Río de Janeiro, Brasil. (20 minutos)

que não lhes falte nada...

As obras no plenário da Assembleia, que incidirão também na renovação do sistema de ar condicionado e no melhoramento do sistema de som, deverão iniciar-se em Julho e concluir-se em Dezembro. Todas as bancadas individuais dos deputados passarão a ter um computador fixo integrado, bem como um telefone, disse a porta-voz da conferência de líderes, a socialista Celeste Correia. cm
nasya demich
joris vandaele

quinta-feira, janeiro 18, 2007

reforma da administração pública

Multiplicam-se os governantes, os economistas oficiosos, os jornalistas oficiosos e os comentadores oficiosos, enfim, a casta do poder, em análises sobre a economia do País, o peso da Administração Pública e os valores elevados das Despesas Públicas, apontando como causadores dos sucessivos défices orçamentais acima dos 3% do PIB, que se verificaram a partir dos conturbados tempos da governação e do pântano de Guterres, as elevadas verbas das Despesas Correntes da Administração Pública.
Em uníssono, ouvimos também a tão conceituada gente, o seu manifesto solidário para com a “coragem” do governo nas medidas que vem tomando para atenuar o défice público.
Trata-se, quanto a nós, da mais extensa e eficaz campanha de intoxicação e mistificação de massas a que alguma vez assistimos no Portugal democrático.
Primeiro que tudo será preciso dizer, que apesar do aumento efectivo das Receitas Públicas que advém do aumento dos impostos, IVA, combustíveis, IRS, IRC, e outros, como ainda as receitas provenientes da redução das condições sociais da população em geral, aumento do custo dos remédios, análises, taxas moderadoras, ADSE, fecho de maternidades, urgências, etc, não se mostram suficientes para reduzir as Despesas Públicas. Na verdade, o certo é que o governo prevê no Orçamento para 2007 um agravamento de 2,65% das Despesas Públicas (quando a inflação prevista é de 2,1%).
Em segundo lugar, toda a classe politica e de todos aqueles que rodeiam o poder e lhe prestam vassalagem, parecem incapazes de apontar as verdadeiras causas e razões do défice público, pelo simples facto de que tal conhecimento por parte da população, poria em causa o seu próprio bem-estar.

A criação dos Institutos Públicos e de toda uma extensa variedade de organismos do Estado, bem como a criação das Empresas Municipais, tornou-se o maior sorvedouro dos dinheiros públicos. Novos funcionários e novos equipamentos, com despesas de funcionamento acrescidas e de que resultou também um aumento brutal dos quadros de pessoal, é a razão fundamental para a “crise” do défice que hoje atravessamos. Criaram-se serviços paralelos aos já existentes nas Câmaras e no Estado, sem qualquer objectivo de melhorar a eficiência ou racionalidade dos serviços, mas com a única lógica de proporcionar lugares, muito bem remunerados, sem concurso e apenas por escolha, por nomeação politica, às clientelas partidárias. Acresce que na generalidade, tais lugares são ocupados por indivíduos sem as qualificações e conhecimentos indispensáveis à função, o que se traduz numa péssima gestão, numa autêntica gestão danosa destes organismos.
O País está assim a ser arruinado por uma casta politica, sem escrúpulos e ávida de privilégios. O PRACE e muitas outras medidas no âmbito da Administração Pública adoptadas por este governo, mais não fazem do que seguir a mesma lógica de parasitismo, e não irão alterar o que quer que seja.
Será preciso extinguir todas as empresas municipais e integrar as suas funções e serviços prestados nos Serviços Municipais, onde estavam e de onde nunca deveriam ter saído; extinguir a grande maioria dos Institutos e outros Órgãos e, do mesmo modo, integrar as suas funções e serviços nas Direcções Gerais; e por último privatizar as empresas públicas deficitárias.
Seria esta, sim, a grande Reforma da Administração Publica. Só assim seria possível efectivamente diminuir e racionalizar a Administração Pública, diminuir o Défice, diminuir os impostos, dinamizar a economia e dar esperança e um melhor nível de vida a todos os cidadãos.


amadeo sousa cardoso