quarta-feira, setembro 30, 2009

Os submarinos


Ao fim de TRÊS ANOS, três anos em que decorrem as investigações do “caso dos submarinos”, descobriram os procuradores, num momento de inspiração seguramente, da imprescindível busca a quatro escritórios de advogados. Não parece sensato a ninguém, admitir que ao fim de três anos, ainda se encontrem quaisquer documentos comprometedores nos ditos escritórios. Opinião diferente tem a nossa Procuradoria que depositará grandes esperanças em encontrar as evidências de "crime" (cujas averiguações decorrem há mais de três anos) provavelmente, digo eu, na penúltima gaveta do armário da casa de banho dos fundos.
Uma investigação que demora mais de três anos é uma investigação morta, vazia, sem sentido. Não sendo sensato admitir que estas buscas resultem em alguma coisa, qual então a sua verdadeira motivação? E o seu timing será inocente?
Os submarinos, afinal onde estão?

Desgraçados dos povos

Os homens sem escrúpulos conseguem sempre vantagens sobre os outros. Em condições iguais triunfam sempre sobre os seus pares.
Não foi seguramente pela sua dimensão humana, pela sua vasta cultura ou pelos seus elevados valores éticos, que Hitler alcançou o poder e dominou a Europa. Ao contrário, foi pela astúcia, pelas mentiras ditas sem desconforto, pelos actos de traição a amigos e inimigos, pela hipocrisia, pela teatralização das suas intervenções públicas, que subjugou aos seus interesses e conveniências os seus camaradas e adversários políticos.
E, na medida em que tais criaturas mais confiança vão ganhando, mais impõem e alargam o leque das suas vontades, subjugando ao seu grosseiro e miserável carácter, homens inteligentes e de grande dimensão ética, cultural e humana. Foi com eleições democráticas que Hitler e o seu Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores alcançou o poder na Alemanha.
Sempre existiram e existirão indivíduos calculistas, frios, manipuladores, sem consciência e desprovidos de sentimentos de compaixão ou culpa.
Desgraçados dos povos que se deixam enganar pelos seus modos agradáveis e convincentes e os elevam aos mais altos cargos de governação de seus países.

terça-feira, setembro 29, 2009

PR acusa PS

Em síntese, o essencial que se retira da declaração do Presidente Cavaco Silva, foi a acusação, sem rodeios, ao PS, de cometer graves manipulações. Manipulações que visavam dois objectivos. Tentar por um lado, colar o presidente ao PSD e, procurar por outro lado, evitar que na campanha eleitoral se discutissem os sérios problemas do País “desviar as atenções do debate eleitoral” destes quatro anos da governação de Sócrates.
Mensagem que foi desde logo “torpedeada” pelos boys comentadores das televisões, João Marcelino do DN (desde logo pessoa directamente envolvida dada a publicação de “encomenda”no DN) na RTP, António José Teixeira na SIC Notícias (55 minutos a falar sozinho sem contraditório) e Ricardo Costa na SIC que, enredando-se em múltiplas cogitações, acusaram o presidente de falta de esclarecimentos e de manter ambiguidades, procurando ocultar o essencial que se retira da declaração de Cavaco Silva - a fortíssima acusação ao PS de manipulação e de ter “ultrapassado os limites do tolerável e da decência”.

Cavaco Silva e a Declaração de hoje.

(retirado do Blog nikadas)
O que aí se perfila são desculpas e justificações requentadas às quais provavelmente não prestaremos atenção.

???Sistema Nacional de Saude???

Portugal tem um dos piores sistemas de saúde da Europa, concluiu a Health Consumer Powerhouse (HCP), uma organização sueca que desde 2005 constrói um índice a partir da avaliação da informação fornecida aos doentes, das taxas de mortalidade e de uma série de outros indicadores. A organização diz que o seu objectivo é "tentar medir e avaliar o desempenho dos sistemas de saúde do ponto de vista do consumidor".

No relatório de 2009 - que inclui a avaliação de 33 países e ontem foi divulgado em Bruxelas -, Portugal surge no fim da tabela, no 25.º lugar, à frente apenas de países como a Polónia, Malta, Eslováquia, Lituânia, Albânia, Roménia e Bulgária. Mas a má classificação nacional neste ranking - que tem desencadeado controvérsia desde que foi criado - não é propriamente novidade. Depois de em 2006 ter surgido em 16.º lugar, no ano seguinte Portugal baixou para a 19.ª posição e em 2008 caiu para a 26.ª. (Publico)

???Justiça???

"Sim. Foi a primeira vez que aconteceu.” O vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura, Ferreira Girão, admitiu ontem que o congelamento da nota de um juiz em função de um processo judicial que se encontra pendente, como aconteceu com Rui Teixeira, é “uma situação inédita”. Uma semana depois de ter sido tornada pública a decisão de suspender a atribuição da nota ‘Muito Bom’ ao juiz que presidiu ao processo Casa Pia, tomada a 14 de Julho, o Conselho voltou a discutir a questão, suscitada ontem por alguns dos membros durante o plenário.
No final da reunião, que durou várias horas, o órgão de gestão e disciplina dos juízes divulgou um comunicado que pouco ou nada adiantou, e que se revelou omisso em relação às suspeitas de partidarização do Conselho: recorde-se que a discussão sobre a nota de Rui Teixeira foi levantada por três vogais, Rui Patrício, Carlos Ferreira de Almeida e Alexandra Leitão, indicados pelo Partido Socialista.

???democracia???

Cinco representantes do Sindicato dos Mineiros de Aljustrel foram ontem identificados por dois elementos da PSP após uma reunião no Ministério da Economia, em Lisboa. Os dois agentes argumentaram que se tratava de uma manifestação e, apesar de a informação ter sido desmentida por trabalhadores e jornalistas, insistiram em identificar os mineiros. (CM)

segunda-feira, setembro 28, 2009

Bravo, Jardim


Bravo, Jardim
Jardim, nestas eleições, infligiu uma tremenda derrota ao PS de Sócrates. Em 2005 o PS tinha obtido 34,98% dos votos (45,24% do PSD), recuando agora, em 2009, para uns míseros 19,51%, (48,16% do PSD), caindo assim, quase 50% nos quatro anos da vigência de Sócrates.
É preciso recuar a 1987 para o partido rosa igualar um tão mau resultado.

vitórias e derrotas


Se a publicidade, o marketing não produzisse resultados, as grandes empresas não investiriam tanto dinheiro na promoção dos seus produtos. Por outro lado, a generalidade dos meios de comunicação social, alguns de modo vergonhoso, apoiaram inequivocamente a campanha do PS. O marketing político profissionalizado da campanha do PS associado ao domínio que possui nos principais órgãos de comunicação social, constituem dois factores importantes, ou mesmo decisivos, da vitória do PS ou, o que vem dar no mesmo, da derrota do PSD.
Somando a isto, a falta de empatia com o eleitorado, a falta de carisma de Ferreira Leite, com os erros objectivamente e teimosamente por si cometidos em vésperas da campanha, (a inclusão nas listas de António Preto, Helena Lopes da Costa, e por outras razões de Maria José Nogueira Pinto) não deixam de se apresentar como naturais os resultados eleitorais.
Ferreira Leite não foi capaz de mobilizar todo o seu eleitorado, (repare-se que os distritos em que o PSD foi maioritário coincidiram com os distritos com maior percentagem de abstenção) e esta falta de mobilização torna-se igualmente responsável pelo fracasso eleitoral do PSD.
Por fim, e como último actor responsável, Cavaco Silva.

domingo, setembro 27, 2009

leitura recomendada (antes da votação)


O psicopata tem uma auto-estima muito elevada, um grande narcisismo, um egocentrismo fora do comum e uma sensação omnipresente de que tudo lhe é permitido. Ou seja, sente-se o ‘centro do universo’ e se crê um ser superior regido por suas próprias normas. É compreensível que, com tal percepção de si mesmo, pareça diante do observador como altamente arrogante, dominante e muito seguro de tudo o que diz. Fica evidente que ele procura controlar os outros e parece incapaz de compreender que haja pessoas com opinião.
Mentir, enganar e manipular são talentos naturais para o psicopata. Quando é demonstrado o seu embuste, não se embaraça; simplesmente muda a sua história ou distorce os factos para que se encaixem de novo.
A característica do psicopata é não demonstrar remorso algum, nem vergonha, quando elabora uma situação que ao resto dos mortais causaria espanto.

Trechos de “O psicopata — Um camaleão na sociedade actual” de Vicente Garrido

quinta-feira, setembro 24, 2009

Outros buracos


Portugal desperdiçou em Fundos Comunitários 71 milhões de euros em 2008

Destes valores , cerca de 64 milhões referem-se a ajudas à agricultura, cinco milhões a ajudas regionais e dois milhões para a área das pescas. (CM)

BURACOS


Buraco do Estado de 36 milhões/dia

O défice do Estado regista uma média diária próxima de 36 milhões de euros, o que significa que em cada hora que passa o buraco entre as receitas e as despesas é de 1,5 milhões de euros. O ritmo do défice aumentou este ano 153% face aos primeiros oito meses de 2008. No ano passado o saldo negativo do Estado registava 3,436 mil milhões, este ano já ascende a 8,712 mil milhões. (CM)

quarta-feira, setembro 23, 2009

os primos


O que está verdadeiramente em disputa nestas eleições, é o avançar dos negócios do TGV, Aeroporto, Auto-estradas, PINs, etc, ou a perturbação e o recuo que Ferreira Leite neles está a causar.

terça-feira, setembro 22, 2009

QUEM SE METE COM O PS LEVA!!!


QUEM SE METE COM O PS LEVA!!!
Haverrá palavra de ordem que melhor materialize a asfixia democrática que, com palavras doces, Ferreira Leite denuncia?

Não se compreende a razão porque, no preciso momento em que o partido rosa dá mais uma prova inequívoca de retaliação política, o PSD não denuncia o caso dos três magistrados nomeados pelo PS para o Conselho Superior da Magistratura que inviabilizaram na passada semana a promoção da carreira do juiz Rui Teixeira, ex-juiz do processo de pedofilia da Casa Pia que incriminou o destacado deputado do PS Paulo Pedroso colocando-o em prisão preventiva.

Foi no mínimo um acto desastrado(numa lógica eleitoral do PSD), o modo como o Presidenta da Republica demitiu o seu assessor Fernando Lima.
Depois de prometer que só falaria do caso depois das eleições eis que, inopinadamente, resolve demiti-lo. Assim, a seco, sem uma palavra de esclarecimento. A querer efectuar esta demissão extemporânea, estaria obrigado a convocar uma conferência de imprensa que esclarecesse este sombrio caso.
Não considero que Cavaco Silva procurasse com este caso atingir o governo. A ser verdade uma tal presunção, seria o modo mais infeliz, desajeitado e inapto, que o Presidente poderia escolher para atingir o governo. Se Cavaco Silva quisesse efectivamente romper com essa pantanosa e viscosa “cooperação estratégica” teria lançado mão desde alguns meses para cá das “presidências abertas” junto das populações mais afectadas pelo desemprego, pela pobreza, pelos despedimentos. Do Minho ao Algarve. Em vez das visitas dispendiosas e inúteis ao estrangeiro com seu imenso séquito de acompanhantes, deveria ter “visitado” o País com membros do governo ao lado. Talvez assim eles se envergonhassem e emendassem a mão nas suas miseráveis políticas.
Será contudo ingénuo pensar, que Cavaco Silva e os seus assessores, não terão exaustivamente analisado e cruzado todas as condicionantes e hipótese que o caso configura. E, sendo certo que esta posição do presidente (sobretudo o tempo e a forma como foi assumida) desfavorece e enfraquece a campanha eleitoral do PSD, não será desajustado pensar que, em seu frio calculismo tecnocrático, Cavaco Silva considere mais favorável à sua próxima campanha de reeleição presidencial a existência simultânea de um governo socialista.

segunda-feira, setembro 21, 2009

o espelho da governação socretina


Os cinco administradores executivos da REN – Redes Energéticas Nacionais – receberam, em 2008, quase 1,34 milhões de euros em prémios de gestão. Ao todo, no ano passado, a REN pagou à administração executiva, incluindo gestores de outras firmas participadas pela REN, 1,41 milhões de euros. 123% mais que no ano anterior. (CM)

Mas é precisamente com a manutenção dessa dispendiosa máquina estatal em suas numerosas ramificações que os interesses materiais da classe dominante estão entrelaçados da maneira mais íntima. Aqui encontra postos, lugares na administração para a sua população excedentária e compensa sob forma de vencimentos o que não pode embolsar sob a forma de lucros, juros, rendas e honorários.
K M, escrito há 148 anos

sexta-feira, setembro 18, 2009

Diário da Manhã (de novo)


Com a notícia do DN percebeu-se que o Presidente da República está mesmo convencido da possibilidade de ser vigiado. Isto é grave e necessita de ser averiguado. Não deixa de ser transparente que o DN afirme que um assessor do PR 'encomendou' a história (fazendo um juízo de valor) sem atribuir importância sua à veracidade (ou falta dela).
A notícia do "DN" é a materialização que faltava de um facto que porventura queria ridicularizar, no que à Presidência da República possa dizer respeito: há escutas e violação de comunicações privadas em Portugal, feitas à margem da lei e politicamente orientadas.
Quando é que ficamos a saber quem encomendou estas notícias ao DN? Quem terá "plantado" o email de Luciano Alvarez a João Marcelino? Terá sido alguém próximo do fã número um do director do DN?
...Nos Estados Unidos os jornalistas preferem ir presos a revelar as fontes. Em Portugal, os jornalistas preferem revelar as fontes... dos outros.
O Presidente da República como alvo do socratismo
O caso da «
vigilância irregular» do Governo sobre a Presidência da República teve hoje uma evolução dramática. Dramática porque as verdadeiras sondagens são tão preocupantes para o Governo que tem de agravar o estatuto de vítima para congregar votos dos seus apoiantes abstencionistas pela desgraça da política governativa.
... Mas o mais grave deste caso é o atrevimento da intrusão electrónica nas comunicações e correio de um jornal e o desassombro de acusar o Presidente da República de encomendar a intoxicação usada contra... si próprio. Na verdade, o escândalo não é a pretensa encomenda; o escândalo é a alegada intrusão electrónica num jornal livre com o objectivo de comprometer o Presidente da República.
...
A "Operação Encomenda"
A Operação Encomenda não foi montada por amadores, nem foi montada por jornalistas. Os jornalistas do DN que, como o Carlos Enes diz, denunciam as fontes dos outros e não indicam as suas, são apenas verbos de encher de uma operação que os transcende e a cujo autor-mor cedem o aparo que lhes mantém o salário (Balsemão, à última hora, roeu a corda do Expresso, que tinha contactado o Público sobre a história, e não alinhou na Operação Encomenda). Foi uma operação montada por profissionais das informações, com mandado e supervisão de topo.
Foi uma operação organizada e executada por quem dispunha de preparação, meios, dinheiro, protecção e salvo-condutos judiciais. Foi uma operação meticulosa, arranjada com muita antecedência, discutida com vários decisores, avaliada ex-ante nos seus efeitos, com estratégia de saída para a eventualidade de fornecer um culpado para o meio de intrusão em conversas particulares.Foi uma operação realizada para criar um escândalo artificial com o objectivo perceptível de suscitar, pelo coro dos indignados, a impugnação ou condicionamento do Presidente da República, ao mesmo tempo que permite maior vitimização e congregação de forças dispersas.
Finalmente, foi uma operação ordenada e dirigida pela única entidade que tem, no Portugal actual, o poder de atacar frontalmente o Presidente da República e o atrevimento de o enxovalhar.
Imaginemos que, no dia 27, o admirável líder tem mais um voto que Ferreira Leite. Cavaco passa a importar mais do que importa na contabilidade do regime. Imagine-se que o pregador Louçã arrebata a medalha de bronze das eleições porque a "igreja maná" não está só no velho cinema Império. Ouça-se o que o referido pregador diz sobre o Presidente da República e o que o admirável líder não diz mas manda dizer. A miserável capa do DN serve, entre outras coisas, para este "avançar Portugal". Não se esqueçam de votar nestas duas "encomendas".
FAXISMO:
s. m., sistema político em que é possível obter licenciaturas por fax.

a força socrática

Governo perdoa multas a PS
Foram precisas apenas dez horas para ‘apagar’ as infracções que, anteontem, conduziram à apreensão de três carrinhas do PS, no Barreiro, e à passagem de uma multa de 1110 euros ao partido. Por ordem da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) – entidade que depende do Governo –, que alegou "a defesa do exercício de liberdades", a GNR devolveu as viaturas retidas, e perdoou a coima. (cm)


En 1921 el ilustrador vallisoletano Eduardo García Benito (1891-1981) fue reclutado por el editor Conde Nast para que, junto a otros artistas europeos, dibujase las portadas y páginas interiores de Vogue y Vanity Fair (Archivo Conde Nast).

( El pais)

Bob Dylan

quinta-feira, setembro 17, 2009

Portugal sócretino


Sócrates preocupado com espanhóis na refinaria de Sines

O Governo está preocupado que o fornecimento e montagem de estruturas metálicas para a nova refinaria de Sines seja entregue a uma empresa espanhola. (JN 16.09.09)
Nacionalismos? Isolacionismos dos velhos tempos?
Afinal, em que ficamos?

terça-feira, setembro 15, 2009

a "Justiça"


Jantar de luxo à conta da Ordem

A reunião de "alto nível" realizada na Ordem dos Advogados há uma semana, que juntou Marinho Pinto, Alberto Costa, Pinto Monteiro e Noronha Nascimento, acabou também com um jantar de "alto nível" num dos mais caros restaurantes de Lisboa. Já sem o presidente do Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, o bastonário da Ordem dos Advogados, o ministro da Justiça e o procurador-geral da República jantaram no Gambrinus, e a refeição, regada com uma garrafa de tinto ‘Evel Grande Escolha’ de 2004 – que naquele restaurante custa 96 euros –, ascendeu a perto de 300 €, segundo apurou o CM.
O jantar para três , à base de peixe e com fruta e sobremesa, custaria, assim, cerca de cem euros a cada um, mas a despesa, sabe o CM, foi integralmente para a conta da Ordem dos Advogados. O bastonário Marinho Pinto, anfitrião da reunião, fez questão de ‘pagar’ também o jantar ao ministro e ao procurador-geral, mas, como se tratava de um encontro de trabalho – para tentar encontrar pontos de encontro para resolver os problemas da Justiça em Portugal –, a despesa foi para as contas da Ordem.
(CM)

quarta-feira, setembro 09, 2009

Sócrates – o esquerdista


Temos um novo “pacote” Sócrates. O velho “pacote” neoliberal, porque pautou a sua acção política ao longo de todo o seu mandato, não passa agora aos olhos do admirável líder, de acusações de maledicentes.
Naturalmente, que este Sócrates de “esquerda”, que agora é vendido nas TVs, é apenas uma nova artimanha para conquistar uns tantos incrédulos em tempos de campanha eleitoral.
A ousadia, o descaramento, vai ao ponto de tentar levar a reboque a esquerda, Bloco e PC, na implementação do seu inquestionável projecto de direita. Nos debates que manteve com Louçã e Jerónimo, questionava Sócrates, com gozo indisfarçável, a razão pela qual eles tanto insistiam em atacar o partido rosa e não a direita. Parecendo desarmados, nem Louçã nem Jerónimo lhe souberam dar a resposta adequada.
Nenhum outro primeiro-ministro depois do 25 de Abril de 1974, executou uma política de direita tão acentuada quanto José Sócrates Pinto de Sousa. Nenhuma direita em Portugal teria ousado ir tão longe quanto esta governação socretina. Não tinha sequer a força para tanto necessária que a roupagem de esquerda do PS proporcionou a Sócrates. De certo modo, ele usou a imagem de esquerda do próprio PS (mantida com algum esforço por Manuel Alegre e alguns outros lideres históricos) para Avançar com o seu Projecto de Direita.
(ver Post de 25 de Agosto)

SEM COMENTÀRIOS (II)


Sócrates disse que não gosta da Madeira. Nós sabemos que ele gosta é mesmo da Venezuela.

SEM COMENTÁRIOS


José Sócrates: Eu não tive nenhuma recaída [ideológica]. (...) Eu sou, e sempre me filiei, no socialismo democrático. Nunca tive nenhuma outra família política. Sempre. Sempre.
Francisco Louçã: Teve outra família política. Isso teve.

José Sócrates: Não. Não tive. Não tive outra família política.»

segunda-feira, setembro 07, 2009

INFLUENCIAS


Multiplica-se Sócrates, em múltiplas tentativas, procurando convencer o vulgar cidadão, de que “de modo algum influenciou a administração da TVI”, na sua decisão de acabar com o Jornal Nacional das sextas-feiras apresentado por Manuela Moura Guedes. O homem, parece mesmo apresentar a maior indignação, quando os seus opositores denunciam uma tal possibilidade. Como se Sócrates fosse um poço de virtudes democráticas e, de modo algum e em tempo algum, alguma vez pudesse ter “influenciado” quaisquer órgãos de comunicação social que lhe não eram favoráveis.
De uma tal atitude transparece, mais do que coragem, um certo despudor e desrespeito pela inteligência dos cidadãos. É uma atitude ensaiada ao espelho, teatralizada e manipuladora. Sócrates queixou-se vezes sem fim junto dos tribunais (e sem razão, como as decisões o vêm comprovando) como antes nenhum outro primeiro-ministro o fizera, de múltiplos jornalistas - João Miguel Tavares, José António Cerejo, José Manuel Fernandes, Paulo Ferreira, Cristina Ferreira - entre alguns outros, e até um blogger António Balbino Caldeira. Foram públicas as denúncias de Francisco Sarsfield Cabral e José Manuel Fernandes, sobre «pressões ilegítimas» sobre jornalistas dos dois meios de comunicação por parte do “gabinete” de Sócrates.
Sócrates age, como se não tivesse este passado de influência DIRECTA nos órgãos da comunicação social.
Sócrates não pode negar, (mas nega, arrastando consigo boa parte dos lideres do partido rosa que assim se descredibilizam quanto ele), que influenciou a decisão da administração da TVI. Com as suas afirmações em pleno Congresso do PS ou em entrevistas televisivas, Sócrates manifestou-se veementemente contra o Jornal Nacional das sextas da TVI. Ora isto traduz OBJECTIVAMENTE, uma influência INDIRECTA, para com a administração da TVI.
Fica naturalmente por saber se Sócrates influenciou DIRECTAMENTE, por si, ou através dos seus camaradas de governo, a administração da TVI. É uma questão que só ele e a administração da TVI poderão esclarecer. Contudo, o que o primeiro-ministro não pode afirmar é - “Eu não tenho nada a ver com o assunto. Tenho a certeza que nunca influenciei”.
Uma tal afirmação traduz, objectivamente, uma falsidade ou, se quisermos, uma descarada mentira.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Afinal, quem é o Pinochio?


José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, primo direito do actual primeiro-ministro, será, segundo esses dois arguidos, o homem mencionado em e-mails apreendidos pela polícia judiciária como «o gordo» ou «Bernardo».
Estes serão nomes de código utilizados por diversas vezes por Charles Smith e outros intervenientes no negócio.

E-mail - 18 de Maio de 2002, de Charles Smith para Manuel Pedro
Temos que pedir ao Freeport para enviar 80.000 libras ainda esta semana para podermos pagar ao Pinochio algo no dia 31 de Maio, conforme eu combinei com o Bernardo, para não arriscar nada.

Pressões? Hum! Será?


«Espero não ser prejudicado nas urnas e espero que toda a gente acredite no que estou a dizer. Eu não tenho nada a ver com o assunto. Tenho a certeza que nunca influenciei»

24.06.2009 - 14h19 PÚBLICO
O Ministério Público mandou arquivar a queixa do primeiro-ministro e líder do PS, José Sócrates, contra João Miguel Tavares, colaborador do "Diário de Notícias", por considerar que o jornalista não ultrapassou os limites na crítica que fez a Sócrates, enquanto figura pública, revelou a TSF.

21.05.2008 - 18h12 Lusa
José Sócrates vai recorrer do acórdão da Relação de Lisboa que o condenou a pagar uma indemnização de 10 mil euros ao jornalista do PÚBLICO José António Cerejo, disse hoje à Lusa fonte próxima do dirigente socialista.
09 Abril 2007
E é uma pressão tonta, porque um primeiro--ministro não deve estar a telefonar quatro, cinco, seis vezes, para falar com um jornalista sobre uma informação que é pública, sobretudo quando ainda não falou publicamente dela. É tonto, porque não deve ter esses contactos. Mas objectivamente são pressão. Mesmo que na cabecinha dele não seja. Pressionou. E pressionou em privado antes de haver os esclarecimentos do gabinete em público.
21 Junho 2007
O primeiro-ministro apresentou uma queixa-crime contra o blogger António Balbino Caldeira por causa de vários escritos sobre a sua licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente (UnI). Segundo o Expresso Online, que cita fonte próxima do processo, esta informação explica o porquê do autor do blogue doportugalprofundo.blogspot.com ser ouvido no mesmo dia no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) em duas condições distintas.

12-04-2007 - 22:50h
O director do jornal Público, José Manuel Fernandes, e o responsável pela informação da Rádio Renascença (RR), Francisco Sarsfield Cabral, apontaram o dedo ao gabinete de José Sócrates, que acusam de ter exercido «pressões ilegítimas» sobre jornalistas dos dois meios de comunicação, relativamente à polémica das habilitações académicas do primeiro-ministro.

15 de Maio de 2009
Um primeiro-ministro é, antes de tudo, um cidadão. Logo, como qualquer outro, tem o direito de recorrer à justiça”. É este o comentário de Rui Hortelão ao facto do primeiro-ministro José Sócrates ter instaurado processos judiciais contra alguns jornalistas, uma opinião que vai ao encontro de 69 por cento dos inquiridos na Sonda Meios & Publicidade/Central de Informação. “Os tribunais decidirão se José Sócrates tem, ou não, razões juridicamente defensáveis para sustentar estes processos. Caso não as tenha, os órgãos de informação e os jornalistas visados, se assim o entenderem, têm igualmente o direito de acusar o primeiro-ministro de difamação ou má fé.
8 Out 08
Há duas semanas que corre uma polémica na imprensa e na blogosfera a propósito de uma conversa privada entre o primeiro-ministro e o director do Público, onde este último acusa José Sócrates de o ter pressionado com a nada velada ameaça: “fiquei com uma boa relação com o seu accionista e vamos ver se isso não se altera”.
05 Abril 2009 - 21h00
A reconstituição feita pelo CM junto de várias fontes aponta para quatro ‘recados’ sensíveis. O mais polémico estará na alusão explícita, feita por Lopes da Mota, a um pedido de Sócrates a Alberto Costa no sentido de levar o presidente do Eurojust a falar com os investigadores. 'Sócrates pediu a Alberto Costa para que eu vos transmitisse a sua enorme preocupação e que, se perdesse a maioria absoluta por causa deste processo, irá haver retaliações'. Esta será a frase mais complicada, a par de outras, em que Lopes da Mota terá falado do 'peso da responsabilidade que [os dois magistrados] tinham sobre os ombros'.
Abril 4, 2009
Para além de João Miguel Tavares, também José Manuel Fernandes, Paulo Ferreira, Cristina Ferreira e o jornal Público foram processados (notícia também aqui) por José Sócrates.
Não podendo, naturalmente, estar em causa o direito do cidadão José Sócrates processar civilmente quem considere estar a violar os seus direitos, a verdade é que ter o Primeiro-Ministro de um país a processar jornalistas e orgãos de comunicação social num contexto como este não é um cenário propriamente animador do ponto de vista do funcionamento do regime.

quinta-feira, setembro 03, 2009

MEDO! MEDO! MEDO! FREEPORT! FREEPORT! FREEPORT!


A Administração da TVI deu ordens para cancelar o Jornal Nacional de Sexta, que marcava amanhã o regresso de Manuela Moura Guedes aos écrans da televisão da Mediacapital. A notícia levou à demissão em bloco da Direcção de informação e das chefias na redacção da TVI. De acordo com o comunicado da Mediacapital enviado para a CMVM, João Maia Abreu, Director de informação, mantém-se interinamente em funções até à nomeação de nova direcção, o que pode acontecer já amanhã. Mário Moura, Manuela Moura Guedes, director-adjunto e sub-directora, e Maria João Figueiredo e António Prata, chefes de redacção, cessam funções de imediato.A edição de amanhã do Jornal Nacional de Sexta seria a primeira da era pós-Moniz. O Jornal de Sexta de amanhã iria contar com cinco peças sobre o caso Freeport, no qual José Sócrates foi envolvido.
Manuela Moura Guedes, estava de qualquer forma convicta de que amanhã iria apresentar o jornal, tanto que disse, ainda hoje ao DN que "só se fossem muito estúpidos é que me tiravam do ar".
A 20 de Junho, antes de partir para férias, Manuela Moura Guedes dizia: "Seria muito estranho, e um erro de gestão, tirar do ar um programa
líder de audiências, numa televisão cujo negócio são as audiências".

Manuela Moura Guedes comentou já que "nada fazia adivinhar este desfecho". Esta manhã foi conhecida a decisão da administração da TVI de cancelar o Jornal de Sexta. A direcção e chefes de redacção demitiram-se em bloco.
A explicação de Manuela Moura Guedes, em declarações ao Público e ao Sol, surge acompanhada da informação de que a
TVI tem pronto um conjunto de novos trabalhos sobre o caso Freeport.
?Temos pronta uma peça sobre o Freeport, com dados novos e, como sempre, documentados?, disse a jornalista ao Público.

A equipa redactorial que trabalhava para o Jornal Nacional de sexta-feira da TVI tem a intenção de manter as peças jornalísticas que estavam preparadas. Entre as investigações realizadas nas duas últimas semanas contam-se pelo menos duas peças sobre o Caso Freeport. "São peças comprometedoras para o primeiro-ministro", assegurou à VISÃO um jornalista que trabalha na equipa do Jornal Nacional de sexta.
A decisão de suspender a emissão do Jornal habitualmente apresentado por Manuela Moura Guedes partiu do proprietário da TVI, o grupo espanhol Prisa. No seguimento dessa decisão, toda a direcção da TVI se demitiu. A mesma fonte, que não pode ser identificada, assegurou que os alinhamentos do telejornal eram mantidos secretos pela equipa redactorial e que, se foi essa a razão para a sua suspensão, os conteúdos foram "espiados".

“E agora quem nos conta as coisas ?"
"O senhor não tinha o direito de deixar a TVI!" Estas foram duas das muitas interpelações de que fui alvo na rua, por gente anónima, depois de abandonar o cargo de Director-Geral da TVI. Mais do que sensibilizado, fiquei surpreso pelas abordagens e por aquilo que lhes estava subjacente. Adquiri a noção de que, ao longo de quase onze anos, se estabeleceu uma relação de confiança entre a TVI e os espectadores muito mais forte do que aquilo que eu, alguma vez, poderia supor. Esse elo de confiança, a partir de ontem, quebrou-se, com consequências, para a estação que não consigo descortinar.
O que está a acontecer é mau, muito mau, para a democracia portuguesa e deve fazer-nos pensar. Neste momento, reflicto sobre uma nota que me cai em cima da secretária dizendo que um ministro deste Governo está escandalizado e que vai pedir explicações à Administração da TVI. Se o cinismo pagasse imposto certamente teríamos um alívio substancial no défice das contas públicas...

quarta-feira, setembro 02, 2009

as "grandes bandeiras"


O modelo económico neoliberal, depois da crise porque atravessamos, está esgotado. Não compreender isto, pensar que todas as medidas económicas, endeusadas nestes últimos anos, como as únicas e infalíveis medidas para atingir a “modernidade e o desenvolvimento”, é de uma imensa ignorância histórica, é tentar voltar ao passado como se nada tivesse acontecido, é tentar recomeçar o que já provou encontrar-se errado. Os líderes actuais, educados e habituados à cartilha neoliberal durante anos, muito dificilmente compreenderão a insensatez e o despropósito histórico das suas velhas convicções.

“A defesa pela redução do papel do Estado e o aumento da liberdade económica é uma das grandes bandeiras eleitorais do PSD”, como se lê no Blog de apoio ao PSD, reflecte bem esta cegueira. O analista pretende apresentar tais anúncios como um grande feito, capaz de ganhar apoios e votos. E neste seu afim, comete um tremendo erro de análise ao afirmar depois, porque o PSD apresenta nesta campanha uma inversão do modelo de desenvolvimento económico seguido nos últimos anos”, como se estes “últimos anos” de governação Sócrates não fossem marcados pela adopção de medidas económicas e sociais neoliberais, como nunca antes um governo se atrevera a implantar. Sabemos, que de há muito o PSD deixou de ser um partido Social Democrata. Hoje, rivaliza com o PS pela adopção do modelo neoliberal. Critica Sócrates, não pelas medidas que ele tomou, mas pela sua menor eficácia.

Esta campanha eleitoral está a tornar-se ridícula. Temos um Sócrates, a querer fazer-se passar por um político de esquerda e um PSD a acusá-lo de socialista.

H1N1

como se esperava

um país de cócoras



Em Inglaterra, um Príncipe quer fazer passar-se por arquitecto/urbanista, a associação profissional protesta. Em Portugal um deputado/secretário de estado/ministro/primeiro ministro fingiu durante anos pertencer a uma ordem profissional usando e abusando de um título profissional para o qual não estava habilitado, e a ordem profissional visada assobia para o lado. (5dias)

terça-feira, setembro 01, 2009

IMAGEM DO DIA



Manuel Pinho e Tony Carreira, juntos, na inauguração da rua Manuel Pinho, em Paços de Ferreira.

iguais, na defesa dos privilégios


O Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra decretou a perda de mandato do líder da bancada socialista na assembleia municipal, Paulo Marques. A decisão teve por base a contratação, pela Câmara de Sintra, de uma empresa de que é sócio o autarca do PS para trabalhos de comunicação e informação, que se destinou a regularizar serviços prestados no gabinete dos vereadores socialistas.

Fernando Seara, presidente da autarquia, disse ontem desconhecer qualquer decisão. O autarca do PSD defendeu, em anterior reunião de câmara, a legalidade da contratação da empresa de Paulo Marques para pagar a assessoria do gabinete de apoio à vereação socialista. (publico)
Varias personas bailan durante el inicio del festival del carnaval de Notting Hill, Londres. (20 minutos)