sábado, janeiro 30, 2010

O pior primeiro-ministro de sempre


A maior Dívida externa de sempre - 108,6%

A maior Dívida Pública de sempre – 122%

O pior governador do Banco de Portugal de sempre

O pior ministro das finanças de sempre

os amigos e os outros

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Porquen não te calas?

sexta-feira, janeiro 22, 2010

O PSD E O NOVO ORÇAMENTO


Creio que o PSD não terá entendido bem, as palavras do Presidente da República.
Por inércia do seu anterior mandato de maioria absoluta, manteve Sócrates nos primeiros tempos desta nova legislatura, a mesma arrogância, sobranceria e desprezo pela Oposição que houvera manifestado nos últimos quatro anos de governação. Sócrates mantinha-se igual a si mesmo, indiferente às novas condições política nascidas com as eleições e assim prosseguiria se não se tornasse evidente a incompreensão generalizada da opinião pública por esta desajustada opção táctica do primeiro-ministro. Cavaco Silva, ressabiado pela cilada do caso das escutas que Sócrates lhe montou, compreendendo a inesperada oportunidade que se lhe oferecia não deixou de aproveitar a ocasião e criticar a atitude de Sócrates quanto à sua postura autoritária neste início de novo mandato -“O novo quadro parlamentar, aliado à grave situação económica e social que o País vive, exige especial capacidade para promover entendimentos da parte de quem governa”.
Quem não terá entendido as palavras do Presidente da Republica terá sido o PSD. No novo Orçamento e da sua discussão parlamentar, o que se espera do PSD é a abstenção pura e simples no acto da votação (e assim viabilizando o Orçamento) uma vez que não tem condições políticas para qualquer outra opção. Não se espera do PSD, negociações fora do quadro parlamentar, fora da Assembleia da Republica, que são sempre e naturalmente interpretadas pela opinião pública como estranhas e pouco transparentes, muito menos ainda que com elas deixe cair promessas eleitorais ou, pior ainda, que reclame um “confessionário” com Sócrates. O PSD tem que discutir o Orçamento na Assembleia da Republica com o Partido Socialista e não com Sócrates ou com os seus ministros, abster-se de qualquer pré negociação, manter-se fiel às suas promessas eleitorais e abster-se na votação final do Orçamento, deixando para os pequenos partidos as opacas e pouco transparentes “negociações” fora da Assembleia.

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(20 minutos)

sábado, janeiro 16, 2010



Manuel Alegre, o candidato presidencial do Bloco de Esquerda

quarta-feira, janeiro 13, 2010

corrupção


O Instituto que gere os dinheiros do ministério da Justiça, passou nove cheques para pagamentos de serviços que não chegaram aos destinatários. Alguém os interceptou, falsificou, aumentando-lhes o valor, e levantou na Caixa Geral de Depósitos (CGD), sendo a entidade pública burlada no montante de 744 424, 84 euros.
Mas há mais. Quase 90% dos saldos bancários do IGFIJ, na ordem dos 850 milhões de euros, estão depositados em 12 contas ilegais abertas naquele banco público. Nalgumas delas, o instituto nem sequer sabe o montante que lá se encontra, tendo realizado, inclusive, pagamentos sem que agora exista documentação de suporte e muitos outros movimentos bancários para os quais não há explicação. São milhões de euros ao deus-dará que não se sabe donde vêm nem para onde vão. (DN 11.01.10)

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os primos


«Caso Freeport»
"Está tudo esclarecido", diz primo de Sócrates


O primo de José Sócrates, Hugo Monteiro, garantiu hoje aos investigadores do processo Freeport que foi autorizado pelo primeiro-ministro a usar a relação de parentesco para conseguir um contrato com o outlet.
Hugo Monteiro foi hoje ouvido durante duas horas no DCIAP, na qualidade de testemunha,tendo afirmado ao Expresso que "ficou tudo esclarecido".
O primo de José Sócrates garantiu que recebeu a autorização do primeiro-ministro para usar a relação de parentesco que os une, numa reunião com o director de marketing do Freeport, Simon Jobling.
Regressado a Portugal no dia 16 de Dezembro, Hugo Monteiro foi notificado na semana passada pelos investigadores do processo Freeport para ser ouvido.»
(Sol)

domingo, janeiro 03, 2010

QUE FUTURO?


Para cumprir calendário, falaram aos portugueses através das TVs, primeiro o presidente do conselho de ministros, antes do embarque para as suas curtas férias na neve na Suíça, depois o presidente desta III República. Sócrates, seguindo a estratégia de há tempos desenhada omitiu os problemas com que se confrontam os cidadãos - o desemprego, o trabalho precário, o encerramento de empresas, a degradação da Justiça e das outras Instituições do Estado, a desorganização, irracionalidade e disfuncionalidade da administração pública (que o PRACE acentuou mais ainda) e também a dívida externa, o défice e o endividamento publico, procurando lançar à oposição o ónus da sua “não governação” deste início de legislatura. Cavaco Silva, parecendo já refeito das desastradas trapalhadas em que se deixou envolver, aproveitou a oportunidade para se afirmar como candidato indiscutível a novo mandato presidencial, enunciando alguns dos problemas nacionais e apelando a consensos partidários de regime, forjando e iniciando deste modo a sua nova estratégia como candidato.
Não se compreende o alarido que os média e os seus politólogos geram sobre o próximo Orçamento de Estado. O PSD, com um líder a prazo e não podendo suportar o ónus da rejeição do Orçamento, não tem condições políticas para se opor à sua aprovação pelo que, com mais ou menos teatralização, o PSD acabará sempre por abster-se na votação e assim permitir a continuidade da governação. E, desta situação, tem consciência o PS, o PSD e o Presidente da Republica pelo que, conhecendo de antemão o seu resultado final, interessante será seguir a encenação dos jogos de poder que até lá se irão desenvolver.
Não será com este orçamento ou com outro orçamento, com este governo ou com outro governo, com este presidente ou com outro presidente, que o País e os portugueses sairão do atoleiro, da desgraça, em que as elites partidárias deste “sistema político”, sobretudo desde há duas décadas, os colocaram. O que está em causa, não é já este ou aquele governo saído do actual espectro partidário, mas o vigente sistema político em si mesmo. Ele foi, ano após ano, meticulosamente arquitectado pela classe política, constituindo hoje um sistema político onde a corrupção se institucionalizou, a comunicação social se instrumentalizou, a Justiça se subjugou ao poder político, a administração pública se partidarizou com o fim último de obter mais e cada vez mais benefícios económicos às oligarquias partidárias que nos têm desgovernado. Desmembraram e tornaram irracional e disfuncional a administração pública, aumentando brutalmente a despesa pública sem ganhos de produtividade para o cidadão, com o único objectivo de canalizarem para seu benefício as verbas assim geradas (como presidentes e vogais de órgãos do estado que foram nascendo como cogumelos ao longo dos últimos anos, Institutos, Comissões, Autoridades, Agências, … Empresas Municipais, …) verbas que não andarão longe dos 10% do PIB actual. Dinheiro que é usurpado aos portugueses.
Ninguém poderá acreditar que uma classe política que engendrou um tal sistema político prescinda da situação privilegiada em que se encontra e que tão bem soube erguer. Pelo contrário, a tendência será sempre para ampliar os seus benefícios, com este orçamento ou com outro orçamento, com este governo ou com outro governo, com este presidente ou com outro presidente. É este o cancro que vai alastrando ano após ano e corrói o corpo da economia nacional. É esta a verdadeira e crónica “crise” da economia portuguesa.

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rené magitte

A man yells at the site of suicide bomb attack on a procession of Shit'ite Muslims commemorating Ashura in Karachi December 28, 2009.
Credit: REUTERS/Athar Hussain

sexta-feira, janeiro 01, 2010

A PRENDA

(no Sol)

O político


O inquérito policial que investigou Ricardo Rodrigues por crimes de «viciação de cartas de crédito e branqueamento de capitais» remonta a 1997 (nº 433/97.8JAPDL), sendo que relatórios da PJ enfatizam a sua estreita ligação à principal arguida, Débora Maria Cabral Raposo, entretanto detida e em cumprimento de pena, depois de vários anos com mandados de captura internacionais, e classificada pela polícia como «burlona e traficante de estupefacientes». Ricardo Rodrigues foi sócio e advogado de Débora.
O estratagema encontrado para lesar a Caixa Geral de Depósitos foi gizado por Débora, ex-bancária e apontada como «cérebro da operação». Este expediente, permitiu à «associação criminosa» prejudicar o banco do Estado num valor aproximado de 1 milhão e meio de contos, utilizados em operações de «engenharia financeira» muito duvidosas e, segundo a PJ, com ligações a redes internacionais de tráfico de droga, com quem Débora Raposo teria estreitas relações. Um dos tentáculos destas operações era o Colégio Internacional, no Funchal, cujos sócios eram Débora, Ricardo Rodrigues e a sociedade offshore Hartland Holdings Limited, uma obscura empresa com sede num apartado da Ilha de Man, no Reino Unido.
As declarações nos autos do ex-gerente da CGD são esclarecedores: «Foi referido pelo arguido detido, Duarte Borges, na acareação (…), que tem consciência que enviou vários milhares de contos (da CGD, provenientes de empréstimos agrícolas) à Débora Raposo / colaboradores, tendo indicado, entre outros, o arguido Ricardo Rodrigues. Mais, referiu que a Débora e os colaboradores, onde se encontra o arguido Ricardo Rodrigues, negociavam Cartas de Crédito, com dinheiros dos empréstimos fraudulentos em vários países».

Como, em 2003, referia uma fonte policial, «os indícios e elementos probatórios fortes, nunca foram assim entendidos pelo Ministério Público, vá-se lá saber porquê». Seis anos depois, a Relação de Lisboa deu razão retroactiva ao agente policial estranhando não ter ele sido sujeito a julgamento.
Ricardo Rodrigues, de 51 anos, foi um dos homens-fortes do Governo dos Açores até 2004 e figura central na estratégia do líder socialista regional, Carlos César. Ocupou a pasta da secretaria regional da Agricultura e Pescas. Demitiu-se alegando uma "onda de boatos" que o envolvia num caso de pedofilia. Regressou à vida política como deputado em 2005. Hoje é vice-presidente da bancada parlamentar do PS.

jornalprivado.blogspot.com

Corrupção institucionalizada

«Governo e organismos dependentes injectam dinheiro através da publicidade nos media que fazem favores e proporcionam formas de financiamento às empresas que alinham nos seus interesses, como se viu pelo dinheiro disponibilizado à OnGoing, para comprar parte da MediaCapital, pelo fundo de pensões da PT e por um banco mutualista, o Montepio, que não deveria, por norma, meter-se em negócios arriscados. O caso dos órgãos de informação da Controlinveste, como o DN, tornou-se compreensível aos menos atentos quando se conheceram conversas sobre ajudas ao "amigo Joaquim", isto é, Joaquim Oliveira. O caso da "notícia" do suposto e-mail, "notícia" que pode ter sido suficiente para garantir a vitória eleitoral ao PS, é o caso mais paradigmático da relação pornográfica entre alguns media e o centro nevrálgico do poder político. O grupo Controlinveste tem conhecidas dificuldades financeiras e quem, segundo a imprensa, renegociou a sua dívida no BCP foi Armando Vara, uma das pessoas mais próximas de Sócrates. Quanto à rádio do grupo, a TSF, escrevia sobre ela há dias, no blogue Corta-Fitas, António Figueira: "Uma estação de rádio que tem programas a meias/inspirados/pagos pelo IEFP, Igespar, Instituto do Desporto de Portugal (e se calhar outros; cito estes de memória) ganharia em chamar-se Antena 4; clarificava as coisas."» (Publico)
Eduardo Cintra Torres