sexta-feira, agosto 30, 2013

Mais cortes salariais soam como música aos ouvidos de Passos Coelho

As palavras do FMI de mais cortes salariais soam como música aos ouvidos de Passos Coelho e do seu governo. Passos Coelho não se tem cansado de propalar de que “os portugueses vivem acima das suas possibilidades”, gaba-se de “ir além da Troika” e nesse propósito de empobrecimento do país e das suas famílias, a que eufemisticamente chama “ajustamento", coloca todo o seu empenho, “custe o que custar”. O corte de 4.000 milhões de euros foi uma proposta do governo à Troika, confrontado que estava com uma quebra abrupta das receitas do Estado, aliás previsíveis a todos, após os cortes dos salários, das pensões e do aumento generalizado dos impostos, menos ao ortodoxo, neoliberal e obcecado ministro Victor Gaspar e companhia.
A espiral recessiva é isso mesmo. Retira-se dinheiro às famílias, através da redução dos salários, dos cortes sociais ou do aumento de impostos, o que trás como consequência uma menor Procura de bens gerando naturalmente menos produção de bens e serviços, encerramento de empresas e aumento de desemprego, o que por sua vez acarreta menos receita do Estado (menos impostos arrecadados) por um lado e aumento da despesa do Estado por outro (aumento da despesa com subsídio de desemprego). Com menos receita, nesta lógica, o governo vai novamente reduzir salários, aumentar impostos e impor novos cortes sociais (ouvimos sempre nas televisões aos comentadores seguidores do governo a mesma ladainha de sempre – não há dinheiro, o Estado não tem dinheiro - para justificar as medidas recessivas que se avizinham), no que resultará menos receitas do Estado, recomeçando tudo de novo, numa espiral recessiva sem fim.
Cavaco Silva, que em tempos falou em espiral recessiva, anda agora mais calado que nunca, e quando abre a boca é para dizer banalidades ou desculpar-se do seu comportamento, como aconteceu no recente caso dos bombeiros mortos no combate aos incêndios.
Esta gente do governo, está apostado em impor aos portugueses um regime neoliberal. Trata-se de um autêntico “golpe de estado” em marcha contra a democracia, contra o estado social, contra o bem-estar das famílias, contra a Constituição Portuguesa.
Milton Friedman, um dos teóricos do neoliberalismo, escreveu que “se há desemprego então deverão reduzir-se os salários. Se esta diminuição dos salários não é capaz de gerar emprego, então é preciso continuar a baixar os salários”. E é, obedecendo a estas políticas económicas falhadas, que governo e o FMI pretendem o crescimento económico. O pequenote secretário de estado Carlos Moedas, afirmou na chamada Universidade de Verão do PSD, que "vinha aí o crescimento económico". Não disse uma palavra que justificasse tal afirmação. Para ele, pelos vistos, trata-se de uma questão de fé. Há que acreditar que vem aí o crescimento económico mesmo quando todas as condições criadas pelo governo vão em sentido contrário.
É a fé que hoje rege os destinos da economia nacional. Não se ouve uma palavra do governo ou dos economistas que o apoiam, que fundamentem o desejado crescimento económico.  

quarta-feira, agosto 28, 2013

Por qué Washington y Londres quieren atacar a Siria?

Los mercados han iniciado un nuevo período de liquidaciones con las malas noticias que provienen de Siria y la amenaza de una intervención conjunta de Washington, Londres y París contra el régimen de Bashar Hafez al-Assad. Aunque no existe ninguna prueba de que fue el régimen sirio el que provocó la muerte por armas químicas de 355 personas, ya Estados Unidos ha dictado sentencia y culpa a al-Assad de atentar contra su propio pueblo. Con esto, Obama sigue los pasos de su predecesor en las contiendas bélicas del Medio Oriente, y así como Bush aseguró que en Irak habían armas de destrucción masiva, ahora Obama (premio Nobel de la Paz) señala que Siria tiene armas químicas, sin que exista ningún informe que lo demuestre.
En estos conflictos solo ganan las empresas de armamentos. Pero como gran parte de su comercio lo hacen vía tráfico de armas y en paraísos fiscales, no hacen más que alentar el lavado de dinero, una técnica que dominan los principales bancos del mundo.
El riesgo de una acción militar en Siria a cargo de Washington no es sinónimo de nada bueno dado que Estados Unidos sigue la tónica de esas malas películas del oeste donde se dispara primero y se pregunta después. Estados Unidos primero acusa y luego fabrica el libreto de acuerdo a sus conveniencias envolviendo a muchos países que aún creen en su bola de cristal. Baste recordar a los países que envolvió en la guerra de Irak con el pretexto de las armas de destrucción masiva que nunca existieron.
Siria posee un importante volumen de reservas de petróleo que asciende a 2.500 millones de barriles, cuya explotación está reservada a las empresas estatales. Gran parte del interés de los países occidentales es apropiarse de estas reservas de crudo junto a los enormes yacimientos de gas que posee el país y que podrían abastecer a toda Europa por décadas. Estos yacimientos aún no están en explotación y es parte del valioso botín que ansían Washington y Londres. Como siempre, son los intereses económicos y el enorme valor de esas reservas estratégicas, y no los derechos humanos ni los 355 muertos por las armas químicas (en el último año han muerto más de 90 mil personas que no han inquietado al gobierno de Obama) los que mueven toda la maquinaria bélica de Washington, que ya tiene en la zona cuatro buques de guerra portadores de misiles como el USS Ramage, el USS Gravely, el USS Barry y el USS Mahan.
(Ler texto completo em El Blog Salmón)

segunda-feira, agosto 05, 2013

O crime não pode ficar impune

A decisão de compra de dívida pública pelo Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, ordenada pelos ministros Mota Soares e Victor Gaspar, interferindo na gestão do Fundo que deveria ser autónoma, pois trata-se dos descontos que trabalhadores e empresários fazem para a Segurança Social, vai lesar profundamente aquele Fundo. O tão propalado regresso aos “mercados” pelos vistos não oferece qualquer garantia aos governantes, apesar das bondosas palavras com que nos presenteiam todos os dias, uma vez que tratam de financiar o Estado em 2014 socorrendo-se dos dinheiros do Fundo da Segurança Social.
Como muitos portugueses já compreenderam, as políticas implementadas por este governo ao cabo de dois anos, só tem agravado as contas nacionais e o endividamento, lançando o país numa crise social de que não há memória e numa brutal espiral recessiva. O governo agora remodelado, em vez de mudar de rumo apresta-se para continuar com as mesmas políticas, agravando a crise social e a espiral recessiva em que o país se encontra mergulhado.
O fim disto só pode ser um. A reestruturação da dívida pública portuguesa com parâmetros semelhantes aos da Grécia. Com um “perdão de dívida” da ordem dos 50%, lesando assim o Fundo de Estabilização da Segurança Social em pelo menos 50% dos seus activos.
Mota Soares e Victor Gaspar têm consciência disto uma vez que não acreditam que Portugal possa regressar aos “mercados” como se depreende da imposição de compra de dívida pública em àquele Fundo.
  Creio assim, estarmos perante um acto consciente e deliberado de delapidação de interesses patrimoniais alheios e como tal susceptível de punição criminal como bem lembra o nosso prezado comentador do Post anterior. Diz o Código Penal Português:
Artigo 224.º Infidelidade 1 - Quem, tendo-lhe sido confiado, por lei ou por acto jurídico, o encargo de dispor de interesses patrimoniais alheios ou de os administrar ou fiscalizar, causar a esses interesses, intencionalmente e com grave violação dos deveres que lhe incumbem, prejuízo patrimonial importante é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.
A acontecer o cenário que descrevemos os aposentados e reformados, a sociedade, deverá levar aqueles dois governantes à barra do Tribunal. O crime, não pode ficar impune.

quinta-feira, agosto 01, 2013

Swaps e Swapeiros

Muitos dos Swaps das empresas públicas foram contratados com o banco JP Morgan. Aliás, os Swaps que a ministra contratou enquanto directora financeira da Refer terão sido com este banco.
Acontece que foi dado a conhecer, através das palavras de Victor Gaspar e da nova ministra, que os dois não se conheciam. Maria Luiz Albuquerque tomou posse como secretária de estado do ministério de Gaspar sem que este a conhecesse.
E eu que pensava que os secretários de estado eram escolhidos pelos respectivos ministros? Afinal, quem é que colocou M L A no Governo? Hum, cheira-me aqui a poderosos dedinhos da alta finança? Do próprio banco JPM, será?
Bem, soube-se agora que o novo secretário de estado do tesouro, Joaquim Pais Jorge, este sim, convidado para secretário de estado pela actual ministra das finanças, quando trabalhava no banco Citibank, tentou vender Swaps tóxicos ao governo liderado por José Sócrates.
É este o homem que a ministra escolheu para defender os interesses financeiros do Estado?
O ramalhete fica composto com Paulo Gray, o responsável pela consultora que a ministra escolheu (por ajuste directo seguramente através do IGCP) para analisar os Swaps das empresas públicas e que, como Joaquim Pais Jorge, promoveu a venda de Swaps como director executivo do Citibank.
Tem razão Victor Gaspar quando afirmou há dias no Parlamento ser a ministra das finanças uma "especialista" em Swaps.
Mas afinal qual critério a que obedeceram estas escolhas sinistras? Será que ainda existem dúvidas quanto aos interesses que este governo swapeiro defende?