sexta-feira, junho 20, 2014

os objectivos do governo Passos/Portas

Uma coisa que o governo tem mistificado até mais não, é a questão que vem constantemente colocando à oposição (com ar arrogante e sabichão) e que é esta – “se não diminuírem os salários e pensões e se não aumentarmos os impostos, aonde é que se arranja dinheiro para cumprir com as metas do défice?”
Pois, só que o governo parece desconhecer uma coisa da economia que se chama curva de Laffer. E o que acontece é que desde há muito que já ultrapassamos o “ponto de equilíbrio". Tal significa que se diminuirmos a austeridade e os impostos, especialmente aqueles que têm mais impacto na Procura, teremos uma maior receita fiscal. Claro que para aqueles que tiraram os seus diplomas em certas “universidades” muito difícil se torna compreenderem tal coisa, aparentemente paradoxal. Basta portanto ao governo “deixar de escavar” no buraco da austeridade para haver crescimento económico.
O que nos leva a uma outra questão. Não é o crescimento económico o primeiro objectivo do governo porque se o fosse desde há muito que ele teria parado com a austeridade dado os maus resultados económicos sucessivamente obtidos, ano após ano. Passos e Portas e os seus ministros não são assim tão estúpidos ao ponto de não terem compreendido uma evidência destas.
Não, o governo e os seus apoiantes estão mais interessados, isso sim, em liquidar o estado social independentemente das consequências económicas daí decorrentes. Buscam uma alteração do modelo social e económico do país, buscam um novo modelo económico e social decorrente das doutrinas de Friedman e Hayek. É isto que o governo verdadeiramente busca em primeiro lugar com as suas políticas. Tão só. O resto é conversa fiada.

segunda-feira, junho 16, 2014

O Cruzado

 

1450 a 1530 - tempos idos em que dominamos financeiramente o mundo.
A nossa moeda, a moeda portuguesa, o cruzado, mandado cunhar por D. Afonso V, tornou-se então na principal moeda nas transacções comerciais internacionais.

sexta-feira, junho 06, 2014

O malogrado “milagre económico”

No primeiro trimestre de 2014, a percentagem de variação do PIB em relação ao trimestre precedente em Portugal foi (-0,7%). (Eurostat).
Quer dizer, não tivemos crescimento, tivemos regressão. Lá se vai por água abaixo a propaganda governamental do “milagre económico”. O que não é de admirar face aos dados estatísticos que vão saindo e que pelos vistos os nossos governantes não lêem. (INE Boletim Mensal de Estatística Abril 2014)
Índice de Produção na Construção diminuiu 13,1% em termos homólogos.
O índice de emprego no setor da construção diminuiu, em termos homólogos, 8,7%.
O índice de produção industrial apresentou uma variação homóloga de -1,3%, em março, o que compara com a variação de 3,1% observada em fevereiro. A secção das Indústrias Transformadoras apresentou uma variação homóloga de -3,6%
O índice de volume de negócios nos serviços apresentou uma variação homóloga nominal de -4,2% em março (-1,1% em fevereiro).
No 1º trimestre de 2014 o índice de volume de negócios nos serviços apresentou uma diminuição homóloga de 2,2%
O indicador de confiança da Indústria Transformadora diminuiu de forma ténue no mês de referência, suspendendo o perfil ascendente observado desde o final de 2012.
O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas diminuiu em abril, interrompendo o movimento ascendente apresentado desde agosto de 2012.

quinta-feira, junho 05, 2014

A destruição da procura aviva os medos da deflação e coloca Mario Draghi sob pressão