quinta-feira, maio 26, 2016

A AUSTERIDADE MATA

Depois destes quatro últimos anos de governação PPD/CDS podemos chegar desde já a uma conclusão – a austeridade imposta pela troika e acarinhada pela governação Coelho/Portas não funcionou.
O PIB vem diminuindo desde 2011 e recuou para níveis de 2004. E se um dos problemas do país era o endividamento, bem aqui a receita da austeridade também não funcionou, pelo contrário, agravou a dívida pública em mais de 30 pp, passou de 93% para 130% em 2015.
Bem, mas desta “experiência da austeridade” imposta ao país nestes últimos quatro anos, uma conclusão mais poderemos retirar – na mesma medida em que se retiraram rendimentos às famílias, à economia, assistiu-se a um recuo do crescimento económico, do PIB. Recorde-se que em 2012 foram retirados aos rendimentos das famílias cerca de 12.300 milhões de euros, agravando-se tais cortes de rendimentos nos anos seguintes, obtendo-se em média para cada um dos últimos quatro anos um corte de cerca de 18.000 milhões de euros nos rendimentos das famílias.
Quer dizer, o dinheiro retirado às famílias nestes últimos anos provocou um recuo do crescimento económico, um recuo da riqueza produzida no país. É a prova de que o “ajustamento”, o empobrecimento ou o raio que lhe queiram chamar provocou um brutal recuo económico e um brutal aumento da dívida pública. Precisamente o contrário do que afirma a propaganda da direita neoliberal reaccionária que constantemente, e agora ainda, nos quer convencer das “virtudes da austeridade”.
As políticas da austeridade, está provado, são uma grande trampa. Não provocam nenhum dos efeitos económicos benéficos que apregoa. Ao contrário, provoca o empobrecimento das famílias e do país, e cria um crédito mal parado nas instituições financeiras que atinge hoje os 30.000 milhões de euros e coloca em causa a sustentabilidade do sistema financeiro nacional. É o reverso da medalha. Até o capital financeiro é atingido pelas políticas da austeridade.
Bem andava certo Keynes quando demonstrou aos ricos que a miséria é também ruim para os ricos, e não apenas para os pobres.

quarta-feira, maio 18, 2016

A coligação de direita radical PPD/CDS levou à bancarrota as famílias portuguesas.

Em 2012, o governo de Coelho e Portas retirou dos “bolsos dos portugueses” 9.042,3 milhões de euros (resultado das chamadas medidas de consolidação orçamental, OE-2012) mais 3.226,3 milhões de euros como resultado da redução salarial dos trabalhadores do sector privado. Tudo somado temos para o ano de 2012 uma diminuição do rendimento das famílias portuguesas de cerca de 12.268,6 milhões de euros.
Em 2013, não só manteve todos estes cortes como os agravou em mais 5.300 milhões de euros (na chamada consolidação orçamental para 2013) o que se traduz numa diminuição de dinheiro nos “bolsos dos portugueses” de cerca de 17.568,6 milhões de euros.
Em 2014 manteve a austeridade que impôs em 2012 e 2013 agravando-a em mais 3.900 milhões de euros isto é, retirou em 2014 dos “bolsos das famílias portuguesas” mais 21.468,7 milhões de euros.
Em 2015, manteve as medidas de austeridade impostas nos anos anteriores, apenas com a devolução de algumas como a CES (660 milhões de euros e 20% dos cortes nos salários (199 milhões de euros) da FP, prontamente compensada por novas medidas (introdução de tecto máximo sobre prestações sociais, contribuição sobre pensões mais elevadas, receitas adicionais na Saúde, contribuições sociais, etc) que compensaram tais devoluções. Como resultado temos que a austeridade em 2015 manteve-se semelhante à do ano anterior, cerca de 21.000 milhões de euros.
Tudo somado, nestes últimos quatro anos de governação PPD/CDS, 2012, 2013, 2014 e 2015, verifica-se que os “bolsos das famílias portuguesas dos portugueses” estão mais “vazios” em cerca de 72.000 milhões de euros do que estavam em 2011.
Se, como dizem os partidos da direita radical PPD/CDS, o PS de Sócrates levou o país à bancarrota (e, nessa mesma lógica mistificadora, seguramente também terá levado à bancarrota a Irlanda, a Islândia, a Grécia, a Espanha, a Itália, etc com iguais problemas e dificuldades) o certo é que a coligação de direita radical PPD/CDS levou à bancarrota as famílias portuguesas.