terça-feira, setembro 20, 2016

SÓ 3,1% DOS DEPOSITANTES NOS BANCOS TÊM DEPÓSITOS SUPERIORES A 50.000 EUROS


“O número de depositantes em Portugal com menos de 100 mil euros ascende a 16,4 milhões, representando 98,8% dos aforradores, segundo o último relatório e contas do Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), relativo a 2011.
Com montantes até aos dez mil euros havia 83,2% de depositantes; 9,6% tinham entre dez mil e 25 mil euros; 4,1% tinham depositado entre 25 mil e 50 mil euros, enquanto no patamar seguinte (entre os 50 mil e os 100 mil) estavam 1,9% dos depositantes”.
 Admitindo não haver grandes diferenças de distribuição de 2011 para hoje, do que é que estamos a falar então?
 Estamos a falar de 1,9% de depositantes, com depósitos entre os 50 mil e os 100 mil euros, mais 1,2% depositantes com depósitos acima de 100.000 euros. Significando então, que estamos a falar de 3,1% de depositantes com depósitos acima dos 50.000 euros que ficarão sujeitos à inspecção das suas contas pelas Finanças.
Pelo alarido destes dias transmitido pela comunicação social até parece que todos somos abonados.
 

quinta-feira, setembro 15, 2016

EMPOBRECIMENTO CONTÍNUO E AUSTERIDADE PERPÉTUA

Coelho e o PPD, deram agora em falar do “modelo” por que se rege o governo.
 
Para eles trata-se de um modelo que é mau, detestável e com resultados muito negativos. Dando naturalmente a entender que o modelo correcto e bom seria o que praticou durante os últimos quatro anos de governação PPD/PP. Isto é, o modelo neoliberal, com as suas reformas neoliberais de empobrecimento contínuo e de austeridade perpétua a que Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, se referiu como aquele que “piora a vida das pessoas mas melhora a vida do país”.
É isto que a PàF tem a oferecer aos portugueses como alternativa ao governo de António Costa.
Desde logo a reversão das políticas de reposição de rendimentos executadas nos últimos meses pelo governo do PS, porque, dizem eles, “vivemos acima das nossas possibilidades”.
E quando nós afirmamos que as políticas neoliberais causam um empobrecimento contínuo não estamos a ser irrealistas ou a exagerar os resultados da sua aplicação. As políticas neoliberais têm como objectivo precisamente o empobrecimento ou “ajustamento” ou o que quer que lhe queiram chamar e são, pela sua própria natureza, medidas de cariz recessivo, isto é, medidas que conduzem à redução de salários e ao agravamento de impostos sobre o trabalho. Medidas que, nestas condições, geram e levam inevitavelmente ao encerramento de empresas e à destruição de emprego o que, por sua vez, acarreta mais impostos e redução de salários gerando novo ciclo recessivo que se repete perpetuamente.
Ainda que a espaços possa eventualmente assistir-se à inversão destes ciclos recessivos só que de muito curta duração e mercê de condições favoráveis conjunturais excepcionais.
Não tendo nada para oferecer aos portugueses, a não ser a continuação das políticas de austeridade interrompidas pelo governo do PS, esforça-se o PPD e o seu líder e desde que perdeu o poder, por anunciar um mundo de desgraças que recairiam sobre os portugueses fruto do “mau modelo” da governação de António Costa.
O certo é que tais previsões catastrofistas, cada vez mais diabólicas, vão caindo uma a uma à medida que os meses vão passando e os portugueses, olhando às últimas sondagens, cada vez mais confiam no actual governo.
 
Com um PPD que com Coelho enveredou por um radicalismo neoliberal declarado, praticando uma oposição que vive da criação sucessiva de factos políticos fantasmagóricos e fora da realidade e colocando-se fora do diálogo democrático e enveredando apenas pela prática de uma “oposição de ruptura”, pode António Costa governar descansado enquanto o PPD assim continuar e se dedicar à caça de “Pokémons”.