domingo, março 12, 2017

TEODORA CARDOSO E AS SUAS PREVISÕES

O CINTO TEM DE CONTINUAR APERTADO, ALERTA O CONSELHO DE FINANÇAS PÚBLICAS
“Pode ter efeitos "insustentáveis" medidas como a eliminação em 2016 da sobretaxa de IRS e a devolução integral dos salários da Função Pública.” “O cinto tem de continuar apertado, alerta a equipa de Teodora Cardoso. “A acumulação de défices orçamentais ao longo de décadas e o peso da dívida pública daí resultante exigem manter a consolidação orçamental e a revisão em profundidade do processo orçamental como suas prioridades principais”, pode ler-se no relatório divulgado esta quarta-feira.” 14/10/2015,
ORÇAMENTO “NÃO PODE” TER IMPACTO PORQUE SÓ VAI VIGORAR SEIS MESES, DIZ TEODORA CARDOSO
“A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, disse hoje em Lisboa que o Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) “não pode” ter um impacto na economia porque vai vigorar apenas seis meses, alertando que tem efeitos a longo prazo.” 02/03/2016
CRESCIMENTO ECONÓMICO “Penso que infelizmente é bastante claro que a estratégia de crescimento do governo não funcionou.” 15/09/2016
DÉFICES DE 3%
“Com a manutenção das políticas em vigor vamos, na melhor das hipóteses, conseguir manter défices próximos dos 3% e sem margem de segurança.” 15/09/2016
TEODORA CARDOSO DIZ QUE ATINGIR META DO DÉFICE “É QUESTÃO DE FÉ”
“A presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodoro Cardoso, considerou que cumprir a meta do défice é “uma questão de fé”. 06/12/2016

sexta-feira, março 10, 2017

CARLOS COSTA O BES E A SAÍDA LIMPA

SOLVABILIDADE «SÓLIDA»
O supervisor bancário assegurou esta quinta-feira que o Banco Espírito Santo (BES) se encontra numa situação de solvabilidade «sólida», que foi reforçada com o recente aumento de capital, acrescentando que está a acompanhar de perto a situação no banco. (TVI24, 03-07-2014)
SEGURANÇA DOS FUNDOS CONFIADOS AO BES “
O Banco de Portugal esclareceu esta sexta-feira que o Banco Espírito Santo (BES) detém um montante de capital "suficiente" para acomodar eventuais impactos negativos decorrentes da exposição ao Grupo Espírito Santo, tranquilizando os clientes em relação aos seus depósitos. Não existem motivos que comprometam a segurança dos fundos confiados ao BES, pelo que os seus depositantes podem estar tranquilos", escreve a instituição liderada por Carlos Costa, em comunicado.”(CM, 11/07/2014)
BES ESTÁ SÓLIDO
“O governador do Banco de Portugal assegura que o BES está sólido. Mas "se tudo corresse mal", Carlos Costa garante que mesmo assim os clientes do banco estariam salvaguardados. No Parlamento o governador defendeu que também os investidores devem ser reembolsados apesar das perdas.” (RTP notícias, 18/07/ 2014)
DEPOSITANTES PODEM ESTAR TRANQUILOS
“O Banco de Portugal voltou esta sexta-feira a assegurar que o dinheiro confiado aos Banco Espírito Santo (BES) está seguro e que os depositantes do banco podem estar tranquilos quanto às suas poupanças. «Não existem motivos que comprometam a segurança dos fundos confiados ao BES, pelo que os seus depositantes podem estar tranquilos», realçou o supervisor num documento em que faz a compilação de esclarecimentos prestados relacionados com a situação do BES.” (TVI24, 25/07/2014)

MEDIDA DE RESOLUÇÃO DO BES
Comunicado do Banco de Portugal sobre a aplicação de medida de resolução ao Banco Espírito Santo, S.A. (BP, 03/08/2014)

TUTELA DA DECISÃO
“Ora, toda evolução da situação no BES, como a própria ministra disse em entrevista à SIC, foi sempre acompanhada e decidida pela ministra das Finanças e pelo Governo. Aliás, o próprio governador do Banco de Portugal disse nessa mesma sessão parlamentar que, em qualquer circunstância, a tutela é a última instância de decisão.” (jra, 08/08/2014)

RELATÓRIO BPI
“Uma equipa de técnicos do BPI estudou a fundo as contas do Grupo Espírito Santo, referentes a 2010 e 2011. O resultado dessa análise está condensado num relatório, datado de Janeiro de 2013. O documento foi (por essa data) entregue em mãos a Carlos Costa.” (SIC 02/03/2017)

sábado, março 04, 2017

AJUSTAR AS PREVISÕES ÀS SUAS CONVICÇÕES

A senhora andou o último ano a fazer previsões mentirosas, ou se preferirem, previsões erradas. E não o fez de modo ingénuo. Ela procurou ajustar as previsões às suas convicções dogmáticas da doutrina que professa.
Procurou ajustar as previsões aos seus dogmas neoliberais. Saiu-lhe tudo ao contrário mas, como todo o neoliberal que se preza, é incapaz de raciocinar de outro modo. Para ela, só há uma alternativa e um único modelo económico para sair da crise, o modelo neoliberal.
Tudo o resto, a acontecer, é “milagre” seguramente.

quinta-feira, março 02, 2017

MARCELO REBELO DE SOUSA É TÃO SÓ UM SOCIAL-DEMOCRATA

Parece-me que muita gente da direita neoliberal ainda não compreendeu bem o que une, ou melhor, as circunstâncias que fazem unir o PCP, O BE e o PS. O que os une é terem a oportunidade de constituírem uma frente comum contrária às políticas neoliberais, às políticas de empobrecimento das classes populares (trabalhadores e classe média) numa transferência de rendimentos destas classes para os mais ricos, às políticas de redução de salários e pensões, de cortes nas funções sociais do estado (Educação, Saúde e Protecção Social), às políticas que visam uma alteração do modelo social e económico vigente substituindo-o por outro, às políticas de venda ao desbarato do património do estado, às políticas que nas palavras do Papa Francisco criam uma nova ordem, uma nova “economia que mata”.
O que une o PS, BE e PCP é a sua oposição às políticas neoliberais de destruição do estado social, do aumento das desigualdades sociais e das reduções salariais e precariedade no trabalho.
  Acontece que antes do governo de Coelho e Portas nenhum outro governo depois do 25 de Abril, de direita ou de esquerda, nenhum deles colocou em causa o estado social. Só este último governo PPD/PP, aproveitando-se da vinda da Troika, tomou como seu primeiro propósito tal objectivo. Sem máscara, Passos Coelho assumiu-o desde o início quando afirmou: "independente daquilo que foi acordado com a UE e o FMI, Portugal tem uma agenda de transformação económica e social. Nesse sentido, o Governo incluiu no seu programa não apenas as orientações que estavam incorporadas no memorando de entendimento como várias outras que, não estando lá, são essenciais para o sucesso desta transformação do país”.
Hoje, tanto os defensores da social-democracia como os defensores do socialismo (isto nos seus conceitos clássicos) deverão estar irmanados na mesma luta da defesa do estado social e no combate das desigualdades sociais, deixando de lado as suas diferentes estratégias de longo prazo quanto aos modelos de sociedade. E parece-me que procedendo assim compreendem bem o momento presente. O essencial, urgente e prioritário no momento é derrotar o capitalismo selvagem, o modelo neoliberal, sem regulação, que aumenta as desigualdades e empobrece os países.
Creio que é um feito extraordinário a união da esquerda portuguesa neste objectivo de defesa do estado social e creio também que terá seguramente continuidade por essa Europa fora. Por uma razão simples – o neoliberalismo é uma doutrina falhada, sem qualquer perspectiva de futuro, que conduz ao empobrecimento contínuo e à austeridade perpétua.
Marcelo Rebelo de Sousa é tão só um verdadeiro social-democrata e é por essa razão que hoje é atacado pelo radicalismo neoliberal encabeçado por Coelho e Cristas.