PORTUGAL UM PAÍS DE FUTURO
Entende o presidente da Republica que, tanto a oposição como o governo, não estarão a proceder em prol da “melhor qualidade da democracia”.
Entende ainda o senhor presidente que todos somos responsáveis pela “defesa da cultura”.
Eu, que tenho os meus impostos em dia e que os pago a doer, sem fugas, creio não merecer ser responsabilizado pelo património em ruínas que grassa por esse Portugal fora.
Quanto à pratica democrática dos partidos, num país em que desde o contínuo ao presidente do conselho de administração das empresas públicas, dos Institutos, empresas municipais e todos os outros órgãos da Administração Pública, são escolhidos não pelo seu curriculum mas pelo compadrio partidário, numa aberrante corrupção instituída desde há longos anos, falar da não melhor qualidade da democracia é simplesmente patético.
Continuar com intervenções publicas, falando sem nada dizer, numa pratica ultra- conservadora do magistério da presidência da republica, enquanto assistimos ao resvalar económico deste país e à degradação institucional dos partidos e da vida politica, não nos parece serem estes os compromissos de um presidente.
A Republica não é uma Monarquia, nem o presidente é um monarca. A Republica exige, ao contrário da Monarquia, um presidente interventor, politicamente activo, fiscalizador da acção governativa e próximo das preocupações dos cidadãos. Trocar esta conduta pelo "oportunismo" de um hipotético segundo mandato, não será seguramente, a melhor forma de servir e respeitar o País.
Entende ainda o senhor presidente que todos somos responsáveis pela “defesa da cultura”.
Eu, que tenho os meus impostos em dia e que os pago a doer, sem fugas, creio não merecer ser responsabilizado pelo património em ruínas que grassa por esse Portugal fora.
Quanto à pratica democrática dos partidos, num país em que desde o contínuo ao presidente do conselho de administração das empresas públicas, dos Institutos, empresas municipais e todos os outros órgãos da Administração Pública, são escolhidos não pelo seu curriculum mas pelo compadrio partidário, numa aberrante corrupção instituída desde há longos anos, falar da não melhor qualidade da democracia é simplesmente patético.
Continuar com intervenções publicas, falando sem nada dizer, numa pratica ultra- conservadora do magistério da presidência da republica, enquanto assistimos ao resvalar económico deste país e à degradação institucional dos partidos e da vida politica, não nos parece serem estes os compromissos de um presidente.
A Republica não é uma Monarquia, nem o presidente é um monarca. A Republica exige, ao contrário da Monarquia, um presidente interventor, politicamente activo, fiscalizador da acção governativa e próximo das preocupações dos cidadãos. Trocar esta conduta pelo "oportunismo" de um hipotético segundo mandato, não será seguramente, a melhor forma de servir e respeitar o País.
18 Comments:
Até lhe fica mal tais comentários ( ao presidente, é claro).
abr...prof...
Caro Profano,em Democracia não há politicos intocáveis.
Apreciei Cavaco como primeiro-ministro, achei a sua governação exemplar, mesmo nos últimos anos,( não sou portanto daqueles que dizem que Cavaco foi bom no primeiro mandato e mau no segundo) com pequenos erros perdoáveis face ao autentico desastre das governações posteriores.
Mas o Cavaco de então não é o mesmo Cavaco de hoje.
O País caminha a passos largos para o desastre económico, com pseudo reformas que apenas vêm acentuar e acelerar o desastre.
O presidente da Républica tem o dever de denunciar esta situação acima de qualquer ambição pessoal ainda que legitimamente possa ter.
O País precisa de um presidente que assuma com frontalidade as divergencias.
Refugiar-se no mutismo em prol de uma "colaboração institucional" é fechar a corrente do rio e torná-lo num pântano lodoso.
abraço,ruy
Amigo ruy...
Quando fiz a minha afirmação foi no sentido que para um presidente que muito tem apoiado este governo, foi estranho as as suas(dele) afirmações...
Apesar de concordar com elas, penso é que ele já deveria ter "saido" á rua mais cedo e não ter sido "pressionado" pela opinião pública para o fazer.
abr...prof...
Será que a governação de Cavaco foi assim tão exemplar? Era a altura que o dinheiro entrava a jorros e o dinheiro embeleza muita coisa. Uma beleza que encobria que esse dinheiro era a paga para abater-mos o nosso sistema produtivo, (todo o primário e grande parte do secundário). Ou melhor, nem paga foi, porque ele veio para se construir as infra-estruturas necessárias para que os outros pudessem invadir o País com os bens que nós tínhamos perdido a capacidade de produzir.
Não podemos esquecer que o abate do nosso sistema produtivo e o esbanjamento do dinheiro europeu e a era especulativa começou em força com Cavaco. Em tudo isto ele foi, de facto, muito eficiente. Foi também o liquidador do PDS enquanto partido social-democrata, ou mesmo até enquanto partido. Na verdade ele foi o introdutor do neoliberalismo em Portugal, facto, de resto, muito apreciado pelo presidente dos EUA na altura, Bush pai, que teve a amabilidade de estar presente na tomada de posse de Cavaco
Maior intervenção ??...isso é que era bom.....então e a PDI ?PDIdade......
Sabe ....isto está é a precisar de uma revisão constitucional.....e quem a faz ????
Está tudo instalado....só velhice....que se encarregou de impedir o aparecimento de gerações seguintes...Já viu na AR....qual será a média de idade ????? e quanto a discurso.......puxa é sempre a mesma coisa...e depois chamam-se de mentirosos uns aos outros....e as crianças a ver em casa......para não dizer eu outras coisas....olhe vá ver nas actas....está lá tudo ....
......talvez para memória futura.....
Maior intervenção ??...isso é que era bom.....então e a PDI ?PDIdade......
Sabe ....isto está é a precisar de uma revisão constitucional.....e quem a faz ????
Está tudo instalado....só velhice....que se encarregou de impedir o aparecimento de gerações seguintes...Já viu na AR....qual será a média de idade ????? e quanto a discurso.......puxa é sempre a mesma coisa...e depois chamam-se de mentirosos uns aos outros....e as crianças a ver em casa......para não dizer eu outras coisas....olhe vá ver nas actas....está lá tudo ....
......talvez para memória futura.....
Já a sociedade vai na fase póst globalização ( que ainda não sei como se chamará )....e ainda andamos nós a invocar os valores republicanos....e outras coisas assim do género.....puxa vida que atraso de vida....
Mas gosto das campanhas...e então esta de Lisboa....dá mesmo para .....
diga-me caro Blogger e ajude-me neste enigma....o que pensarão de nós as sociedades mais avançadas....como chineses....vietnamitas....colombianos....darfurianos....para além dos europeus claro está ???.....
Acho piada como alguns círculos bem informados por cá pelo Burgo....acha o Sarcozi um atrevidote com uma proposta visando o relançamento da economia francesa condenada ao insucesso porque os euros...não vão deixar o homem trabalhar...será assim
Cá por nós..... cá continuamos com a nossa política de rigor...muito sérios e bem comportados.......faz-me lembrar o pai severo que não dá um tusto nem ao filho nem lá em casa em nome do rigor e do exemplo de família arrumadinha, honesta e séria e ele .....entretanto não deixa noite sem passar pelo Bar com o folguedo habitual com jogo até de madrugada.....e regresso a casa no seu sport vermelho descapotável....
Tem razão "profano", o equívoco foi meu.
João, eu creio que o dinheiro que tem entrado depois da era Cavaco continua a ser da mesma ordem de grandeza se não terá mesmo aumentado.
Recordo-me que foi Cavaco que inaugurou a ligação por autoestrada Lisboa-Porto.Em termos de infra-estruturas foi sem duvida uma época de ouro.
Depois temos as aberturas à iniciativa privada da comunicação social, surgiram então a SIC e a TVI. Neste campo foi também uma "revolução".
Recordo-me ainda das reformas do IVA, IRS e IRC, da Segurança Social, do estender das reformas de aposentação a milhares de portugueses.
Cavaco terá praticado uma politica social democrata envergonhada ainda que como diz e bem ele não seja um "politico socia ldemocrata". Creio que depois de Cavaco, o PSD tem sido um partido muito mais neoliberal.
abraço,ruy
É verdade Ruy... estou de acordo...
Mas isto está cada vez mais safe-se quem puder e não sei bem qual será o futuro....
Cavaco deu agora no 10 de Junho...ao pôr as forças armadas a desfilar um sinal de que Portugal ainda tem bandeiras.....
e isso é necessário....não podemos andar a descompor os polícias que nos protegem....como certos arautos ....e até responsáveis...ou ex-responsáveis.....
Nem a dar sinais de bagunça ....com nomeações e convites a despropósito......
BICO CALADO....
......e...vou mas é sair do Partido....a ver se me convidam para qualquer coisita....
Sem dúvida que em termos de infra-estruturas foi uma época de ouro, digamos, a época em que se iniciou a troca em larga escala do nosso sistema produtivo por auto-estradas. Auto-estradas que não serviram o nosso sistema produtivo pois ele foi tornado inexistente. Mas servio sem dúvida os outros para invadirem o País e os nossos para a especulações imobiliárias e outras negociatas, isto para além da comunidade das deslocações de fins-de-semana e férias.
Quanto à comunicação social, digamos que foi nessa altura que se lançou as bases dos latifúndios mediáticos e se preparou a base da liquidação do serviço público. Sabia-se, nós sabíamos(pensou-se e falou-se disso), eles sabiam, todos do meio sabiam que o “bolo” da publicidade, (e era isto e o poder que interessava aos privados) não dava para todos. Mas não se podia dizer que não a Balsemão nem à Igreja e não contentes com isto privou-se o serviço público da sua rede de distribuição de sinal – e aqui esta, tudo isto, a origem de hoje os contribuintes estarem a financiar os lucros da SIC e da TVI. E como, julgo, todos se apercebem, a diversidade não gerou qualidade naquilo que era fundamental, isto é, contribuir para a elevação da consciência social. O que não foi surpresa para aqueles que pensam que a quantidade não gera só por si qualidade. O que é que eu quero dizer com isto, é que a comunicação social é um assunto demasiado sério para se deixar nas mãos do lucro, dos partidos ou dos governos, já vimos e estamos a ver o que isso está a dar, aqui e em todo o lado. Penso que temos imaginação para mais, por exemplo, num quadro de democracia participativa (não estou a dizer directa).
Mas de qualquer modo, Cavaco foi o que foi, e pelo caminho abateu, por exemplo, Fernando Nogueira, mais próximo, apesar de tudo de Sá Carneiro e principalmente de Mota Pinto, mas isso já tem pouco importância. Hoje ele é o que é, e estamos a ver o que ele é. Para mim, ele coerentemente, um neoliberal assanhado e por isso colado às políticas de Sócrates – que são bem determinadas e naturalmente catastróficas para Portugal.
Ambos são parte integrante dos problemas insolúveis que o sistema criou. Só falta ( e o só falta não quer dizer que venha forçosamente e só por si a acontecer) que o País tenha a consciência disso, consciência que os problemas que estão a bloquier a sociedade portuguesa não terão solução neste sistema político de oligarquia representativa e estarão criadas as condições para grandes transformações.
Essa insistência no BICO CALADO surpreende-me. Mas porquê, se eles, os das Otas, da repressão autoritária, da mentira, dos perigos das bombas nas pontes, enfim, os do «come e cala» se passeiam por aí de peito feito e bico escancarado e descarado, como nunca se viu? BICO CALADO? para quê? Para não incomodar ...? Esperam que Sócrates agradeça? Será que esta «moda» do BICO CALADO deriva de traumas velhos, de velhos dogmas que o próprio mundo «socialista» espatifou em mil pedaços? ... Luta de classes, o capital contra o trabalho, elevação da consciência social, o serviço público, latifúndios, as oligarquias - a permanente ideia dos malefícios dos partidos ... onde e quando é que eu já ouvia isto? Afinal, o problema do País será mesmo o «sistema»? Ou, concretamente, é os Júdices, as Marias José Nogueira Pinto, os Van Zeller, os Linos, os Jorge Coelhos, os Marcelos, os Isaltinos, os Pachecos Pereiras, etc. etc., ou os Sócrates que não prestam mas ganham porque sabem dominar este mundo de BICO CALADO que não presta?
Caro último anonymous
Precisamente isso, os júdices, os marias josés, os van, os linos, os coelhoes, todos esses que referiu e mais todos os outros, um punhado de muitos, são a oligarquia,e por isso é que mandam (são como era a aristocracia, eram porque eram) isto é o sistema. Já viu que são sempre os mesmos?
Quanto aos partidos não são bons nem maus só por si, como de resto quase tudo na vida, se assim não fosse seria autorizado a existência de qualquer partido, o que não acontece, como se sabe. Mas estes são maus, esgotaram-se, como se vê pelos resultados.
Quanto à consciência social, aceito um sinónimo que queira dizer: educação, capacidade de análise e de crítica do que se passa à sua volta, no País e no mundo, e talvez depois se compreenda melhor o que é isso de oligarquia (Marcelo Caetano explica isso muito bem, e claro que a sua explicação não tem nada a ver com propriedade colectiva). Depois disso talvez se compreenda melhor o que é isso de capital, trabalho e já agora distribuição da riqueza (que o anonymus último se esqueceu de referir) que o capital e o trabalho produzem.
Errata à Última observação de João
Onde dizia que Marcelo Caetano explicava bem o que era isso de oligarquia, o que quis dizer é que ele explica bem o conceito de Serviço Publico. O conceito de oligarquia vem explicado em qualquer vulgar dicionário.
Meu Caro João:
Não me convenceu, apesar da sua eloquência e saber.
Insisto: o problema é o "Bico Calado". Viu ontem o resultado do "Bico Calado"?
Recordo ainda, e bem, as lições de Ciência Política de Marcelo Caetano. E acompanhei a sua prática de Bico Calado. Também ele, por arrogância intelectual, ficou à espera da rendição da Oligarquia. Foi posto borda-fora, sem amparo de Oligarquias e sem protestos dos protegidos... porque ensinou e treinou os seus para a conveniência do Bico Calado!
Depois vi os bicos a palrar ... e como foi lesta aquela velha Oligarquia a fugir! E criou-se a nova Oligarquia que fez o que quis porque voltámos ao Bico Calado ... por medo, por cobardia! Até 1979 com o grito do Ipiranga de Mota Pinto: é possível governar sem os comunistas e contra os comunistas! Os bicos escancaram-se e a Oligarquia fugiu, dispersou-se, perdeu a segurança de grupo. E andámos por aí de bico aberto até agora. De novo Bico Calado e lá está a nova Oligarquia, organizada, dominadora. E porquê? Porque à prepotência, autoritarismo, à arrogância respondemos com Bico Calado! Seria bom, talvez, analisarmos o sucesso político de Alberto João Jardim. Ele não cala o bico, não é anti-partidos - ele usa o sistema e continua onde está por isso mesmo. Afinal, o «sistema» contém todas as virtualidades ... desde que não andemos por aí de Bico Calado!
Complemento indispensável ao anterior comentário:
Desde que não andemos por aí de Bico Calado! ... à espera de alguma migalha que alimente a nossa ambição de entrar no mundo dos privilégios.
Caro Anonymous disse a Joao
Penso que o actual sistema político, estruturado nestes partidos (com as suas aristocracias e não outras) particularmente nos da alternância (sem qualquer capacidade de se regenerarem, tal é o novelo de interesses e compadrios) se esgotou.
O sistema, através dos seus partidos, criaram problemas que não conseguem resolver e estão, por isso, a pôr em causa não só a vida das pessoas, como a sobrevivência nacional.
A questão que se coloca, para mim, não é se é este ou aquele que ganha as eleições, mas sim como mudar este quadro político.
Olhe-se para estas eleições e veja-se a sua mediocridade e olhe-se para Portugal e para os problemas que enfrenta (que o sistema lhes arranjou) e veja-se a disparidade entre o disponível e o necessário.
De qualquer modo, caro anonymous, julgo que o tema deste, seus e meus comentários, são da máxima oportunidade e utilidade : ficar no jogo ou denunciar o jogo, para não dizer acabar com ele.
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