domingo, fevereiro 05, 2006

...o nosso Cadilhe...

Primeiro foi aquela atoarda de que o pai do monstro teria sido Cavaco. Oportunamente, antes das eleições presidenciais, esperando com isso, salvar o tacho de presidente da Agência de Investimentos. Enganou-se, e de nada lhe valeu ter-se agachado àquele ponto.
O senhor Cadilhe devia saber, que a haver pai do défice, ele terá sido o senhor Guterres. É no periodo de 1995 a 2001 que nascem como nunca visto, Institutos e Empresas municipais, e que se elevou de 600.000 para 720.000 o número de funcionários públicos.
As despesas daqui resultantes ascenderam a 3,75% do PIB. Desde então, é este o montante do défice crónico anual herdado. É preciso ter em conta também, que se Cavaco aumentou os vencimentos dos funcionários públicos, também os obrigou a pagar IRS, coisa que até aí não faziam.
Agora é a venda do ouro. O que o senhor Cadilhe não diz e devia dizer, é que haverá que extinguir os Institutos Públicos, Empresas Municipais, Empresas Reguladoras, Fundações, Comissões, etc, integrar estes serviços no Estado ou nas Câmaras (de onde nunca deveriam ter saido)e limitar o vencimento dos gestores públicos ao nível do Director de Serviços do Estado e extinguir todos os seus privilégios.
Já toda a gente percebeu, de que a tal reforma administrativa de que tanto se fala, não será para acabar com todo este parasitismo mas, tão só, para "reestruturar", por ventura erradamente, alguns serviços da Função Pública.