o cravo
A 25 de Abril de 1974 e nos anos imediatos que se lhe seguiram, o cravo vermelho na lapela neste dia comemorativo traduzia, não somente o conforto da conquista da liberdade mas, sobretudo, a esperança do desenvolvimento económico e social do País.
A liberdade não constitui um fim em si mesmo, mas um meio para a melhoria das condições de vida dos cidadãos. A liberdade é condição necessária ao desenvolvimento estrutural, económico e social de um país, mas não é uma condição suficiente.
Ora, as esperanças acalentadas pelo 25 de Abril em proporcionar um maior bem estar aos portugueses estão longe de se encontrarem satisfeitas.
Muito pelo contrário, Portugal aparece hoje na cauda da Europa, com os mais fracos índices de desenvolvimento. Com 10 milhões de habitantes, Portugal possui 2 milhões de pobres e uma distribuição de riqueza que, ano após ano, acentua as desigualdades sociais.
Os obreiros dos desequilíbrios estruturais, das desigualdades sociais que se agravam e do frágil e distorcido desenvolvimento económico, não podem ser outros senão os políticos que conquistaram o poder no 25 de Abril de 1974 e nele se têm perpetuado. Bem instalados na vida, com o poder em suas mãos, é natural que se apresentem felizes, despreocupados e sorridentes de cravo vermelho na lapela.
De Almeida Santos e Vasco Lourenço passando por João Cravinho e Jorge Coelho até Manuel Alegre e Jaime Gama, a todos, a vida nestes últimos 32 anos lhes poderia ter corrido melhor.
Um 25 de Abril inócuo, um cravo vermelho como símbolo dessa inocuidade, como símbolo de uma liberdade castrada de seus objectivos, eis o que se afigura hoje aos portugueses o ritual comemorativo e repetitivo na Assembleia da República.
A liberdade não constitui um fim em si mesmo, mas um meio para a melhoria das condições de vida dos cidadãos. A liberdade é condição necessária ao desenvolvimento estrutural, económico e social de um país, mas não é uma condição suficiente.
Ora, as esperanças acalentadas pelo 25 de Abril em proporcionar um maior bem estar aos portugueses estão longe de se encontrarem satisfeitas.
Muito pelo contrário, Portugal aparece hoje na cauda da Europa, com os mais fracos índices de desenvolvimento. Com 10 milhões de habitantes, Portugal possui 2 milhões de pobres e uma distribuição de riqueza que, ano após ano, acentua as desigualdades sociais.
Os obreiros dos desequilíbrios estruturais, das desigualdades sociais que se agravam e do frágil e distorcido desenvolvimento económico, não podem ser outros senão os políticos que conquistaram o poder no 25 de Abril de 1974 e nele se têm perpetuado. Bem instalados na vida, com o poder em suas mãos, é natural que se apresentem felizes, despreocupados e sorridentes de cravo vermelho na lapela.
De Almeida Santos e Vasco Lourenço passando por João Cravinho e Jorge Coelho até Manuel Alegre e Jaime Gama, a todos, a vida nestes últimos 32 anos lhes poderia ter corrido melhor.
Um 25 de Abril inócuo, um cravo vermelho como símbolo dessa inocuidade, como símbolo de uma liberdade castrada de seus objectivos, eis o que se afigura hoje aos portugueses o ritual comemorativo e repetitivo na Assembleia da República.
5 Comments:
Bom artigo, este. Concordo grandemente com ele, mas, apesar de tudo, acho ainda simpatia com muita gente que se mantém afectivamente ligada ao simbolismo dos Cravos, embora não entre nessa ridícula disputa da interpretação da falta do cravo na lapela do casaco do actual PR. Compreendo a nostalgia de muita gente sinceramente afeiçoada ao 25 de Abril; duvido imenso do folclore cravista dos Deputados da Assembleia da República.
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