sábado, outubro 28, 2006

os truques do ministro


Afinal as Scuts não vão ter portagens em alguns troços. Bastou um dia, após o anúncio da aplicação de portagens nas Scuts, para que o ministro desse o dito por não dito. Parece ter descoberto num dia, aquilo que anda a estudar há meses. Afinal haverá troços sem alternativas.
Foi com base no seu critério relativo ao índice de riqueza da população que entendeu portajar as Scuts que iniciam o seu percurso no Porto. O truque é simples, como o Porto tem um grau de desenvolvimento elevado quando comparado com os concelhos vizinhos e uma densidade populacional maior, a média do índice de riqueza quando aplicado como critério a uma Scut que partindo do Porto percorre três ou quatro concelhos, é sempre elevado e atinge os valores mínimos do critério do ministro, ainda que, por todos os concelhos por onde ela passa, o valor do índice não seja satisfeito.
Isto significa que um único concelho, o Porto, é suficiente para estender as portagens a todos os concelhos vizinhos e da região. Ora, com base neste principio e seguindo a mesma lógica, um troço sem alternativas num determinado concelho, implicaria do mesmo modo para manter a coerência, a não aplicação de portagens em todo o seu percurso. Agora, fazer uso de um determinado critério quando nos convém e rejeitá-lo quando não nos convém não é sério nem próprio de um governante.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Se o critério de Portegem é "o que começa no Porto", o próximo passo é meter uma portegem nas Pontes do Porto ....

12:26 AM  
Anonymous Anônimo said...

Sabem porque é que não haverá PRACE?
È porque precisamos de fazer estes cálculos todos para pôr as portagens!!!!
Sejam elas feitas dentro dos serviços do Estado , o que ficaria mais barato ou fora por consultores que podem facturar à fartazana.
Por isso é que a iniciativa privada é muito boa!
Quem paga é sempre o mesmo ...muito ou pouco tanto faz!

E sempre se pode dizer que é feito por consultores de alto gabarito !

11:45 AM  
Anonymous Anônimo said...

Vamos lá a ver. Alguém explicou que iamos fazer autoestradas e teríamos de as pagar ?

Sempre que se faz uma estrada diz-se ao POVO que vai ou não pagar cada vez que passa por lá?
Nunca vi tal coisa....aliás fazem as estradas por onde bem querem e não dizem nada a ninguém. Nem sequer as indemnizações são a contento dos donos de terrenos expropriados.
Por exº em Espanha não se paga nada nas vias rápidas iguais às nossas e até são melhores porque ao menos têm "câmbio de sentido"

Somos uns pindéricos e "aldras" que raramente sabemos o que queremos
Bom dia, que tenho que ir à praça....enquanto não puserem portagens nas entradas!!!!

11:51 AM  
Anonymous Anônimo said...

Relativamente á Administração Pública há que dizer ainda que o objectivo da pretendida reforma, ditada pela CIP, etc, é a desregulamentação radical e liberalizante em todas as áreas, e o controle total do Estado, mas sempre com a garantia que o Estado pagará todos os prejuízos emergentes, como sempre.No limite, os liberais sonham com umas forças armadas de mercenários, tribunais privados para cada classe social, e cobrarem-se a eles próprios os impostos-tudo á maneira da antiga Roma!

VL

1:54 PM  

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