Não são apenas os Bloguistas que alertam para o mal-estar que se vive no nosso País, com a corrupção a alastrar, institucionalizada até, com a Justiça paralisada e com uma classe politica que vive à grande, com benesses e cargos, numa acumulação de riqueza no pós 25 de Abril como em épocas anteriores nunca se terá assistido.
Nos tempos de Salazar enriquecia-se na política durante uma vida, agora enriquece-se na política durante um mandato de quatro anos.
A questão não reside já na mudança de governo, a questão coloca-se antes na mudança de regime.
Nos meios da comunicação social têm aparecido nos últimos tempos algumas vozes neste sentido. A sociedade parece acordar da letargia em que se encontra e criticar este regime, instaurado pela nossa classe política, parece ter deixado de constituir um sacrilégio.
Transcrevemos enxertos de dois artigos saídos esta semana no Jornal de Negócios e no Semanário.
“Este governo tem pouco a ver com pessoas. Está mais vocacionado para os interesses privados, pessoais, materiais. As pessoas têm de entender o que está em marcha: uma ofensiva fortíssima contra o mutualismo, contra o associativismo, contra a solidariedade - que vai, exclusivamente, tocar a todos os mais desguarnecidos.
Nenhum dos ministros que por aí se encontram é capaz de claramente expor as intenções que os movem. As contradições do discurso governamental não pertencem às categorias da dialéctica. Correspondem, isso sim, aos domínios das malfeitorias. São golpes de rim, imbróglios e aldrabices que indignificam os princípios de Estado e causam as maiores preocupações no que resta de sociedade civil digna desse nome.
Teremos de chegar à conclusão de que, por fatalidade, arrogância, sobranceria ou incompetência, os socialistas não sabem governar.( Baptista Bastos jn)”
“Até que alguém diga: Basta! Políticos desacreditados, funcionários ofendidos, polícias e militares descontentes, empresários e banqueiros perseguidos, Ministério Público em roda livre e Fisco ao serviço do poder discricionário (não há justiça quando há um milhão de processos), a Terceira República falhou. Até a ficção dos reguladores passou a ser do domínio do discricionário, do arbitrário, como se vê pelas decisões da Autoridade da Concorrência. Não há leis claras, reina a burocracia e a corrupção.
Agora, é a vez da República aparecer aos olhos dos cidadãos, das elites, dos empresários dos professores, dos militares, dos cultos e dos caciques provinciais, como razão de todos os males, como sistema desacreditado, com políticos menores e sem sentido de responsabilidade. (Artigo de fundo no Semanário)
Nenhum dos ministros que por aí se encontram é capaz de claramente expor as intenções que os movem. As contradições do discurso governamental não pertencem às categorias da dialéctica. Correspondem, isso sim, aos domínios das malfeitorias. São golpes de rim, imbróglios e aldrabices que indignificam os princípios de Estado e causam as maiores preocupações no que resta de sociedade civil digna desse nome.
Teremos de chegar à conclusão de que, por fatalidade, arrogância, sobranceria ou incompetência, os socialistas não sabem governar.( Baptista Bastos jn)”
“Até que alguém diga: Basta! Políticos desacreditados, funcionários ofendidos, polícias e militares descontentes, empresários e banqueiros perseguidos, Ministério Público em roda livre e Fisco ao serviço do poder discricionário (não há justiça quando há um milhão de processos), a Terceira República falhou. Até a ficção dos reguladores passou a ser do domínio do discricionário, do arbitrário, como se vê pelas decisões da Autoridade da Concorrência. Não há leis claras, reina a burocracia e a corrupção.
Agora, é a vez da República aparecer aos olhos dos cidadãos, das elites, dos empresários dos professores, dos militares, dos cultos e dos caciques provinciais, como razão de todos os males, como sistema desacreditado, com políticos menores e sem sentido de responsabilidade. (Artigo de fundo no Semanário)
5 Comments:
Contra factos não há argumentos, e só não vê quem não quer: o poder democrático deu lugar ao poder pessoal.
Assim, NÃO!
Não imagino o que poderá acontecer, quando as instituições já deixaram de ser vistas como " pessoas de bem".
Também me parece que estamos num beco de dificil saída.
Também eu já escrevi varias vezes no meu blog a necessidade de mudar o sistema. Sem por em causa a democracia é urgente mudar a forma de fazer politica e sobretudo de aplicar a justiça
abraço
Um Bom Natal
Caro BLOGER
Concordo inteiramente consigo, salvo num ponto:
È que no antigamente ninguém enriquecia com a política...como se viu....( e eu por mim era ....e sou um dos milhões de pobres do País...)
Por outro lado, no agora, na política enriquece-se em oito dias ou no tempo que dura um jantar....
Um abraço pelo excelente artigo....e estou consigo !!!
Sem dúvida que o Estado de modelo ocidental está em crise que radica na crise dos valores e na aculturação de raiz transnacional.O Estado actual está á mercê dos novos terrorismos urbanos(veja-se o Brasil)e dos grupos de interesses que ditam aos políticos a execução dos actos que lhes convém com cobertura dos media.A saída é o regresso ao modelo de Estado autoritário,esclarecido e referendado!
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