Helena Roseta obrigada a abortar

Como se previa, helena Roseta vai ser vítima de um cerrado ataque de todas as forças partidárias se persistir na intenção de se candidatar à Câmara de Lisboa.
Apesar de ter feito a sua vidinha como militante política e portanto de há muito ter perdido a sua inocência política, o certo é que a “família” partidária, do PCP ao CDS, jamais permitirão que “gente de fora” se proponha “invadir a coutada politica” que consideram uma exclusividade sua.
Unidos neste propósito, cada um por si, elegerão Helena Roseta como o seu principal adversário, Aliás, este ataque já se iniciou com o mútuo acordo dos partidos na marcação da data das eleições, fixada para o dia 1 de Julho pela governadora civil de Lisboa que se encontra, como sabemos, na dependência directa de António Costa, ministro da Administração Interna e putativo candidato a Lisboa.
A data escolhida pela governadora, sem a oposição dos partidos, face aos prazos da Lei, exigiria que Helena Roseta apresentasse até à próxima segunda-feira as quatro mil assinaturas necessárias à sua candidatura.
Helena Roseta promete agora virar-se para o Presidente da República. Cremos no entanto que Cavaco Silva apenas se limitará a confirmar a morte antecipada da iniciativa.