quinta-feira, julho 19, 2007

o pântano


Não haverá dia que passe que não sejamos confrontados com novas medidas governamentais na área fiscal, medidas que não passam de tentativas de arrecadação de mais receita fiscal. Agora são as transacções superiores a 15 mil euros, as receitas dos casinos ou da lotaria. Não discuto a “bondade” destas medidas. O que salta à vista de todos é que a Despesa Pública e o Défice Público, estão longe de estar controlados, o que tem levado o governo a tentar arrecadar Receita a todo o custo. Depois de um Défice real de 5,3% em 2006, superior ao de Bagão Félix em 2004, (sem aumentos dos impostos), avizinha-se um valor do défice para 2007 de montante ainda superior. O desespero do governo é visível nas conferências de imprensa do ministro das Finanças, apesar do pouco convincente optimismo que o ministro pretende transmitir. O governo continua incapaz, como o prevíamos, de combater eficazmente o Défice. E o pântano aproxima-se inexoravelmente.

7 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Não sei o que diga sobre estas medidas anunciadas.....mas pôr advogados e outras entidades de indole livre e independente....a servir de agentes colectivos...tem que se lhe diga....

...Meu caro se há por aí milhões que escapam ...não só ao fisco...mas aos limites da vergonha e da decência...como todos advinhamos......( fortunas feitas em dois dias...ou menos...) não justifica que se confundam as coisas pondo advogados e outros a servir de agentes do Estado...!!!

É perigoso...porque afecta a cebecinha pensante do cidadão que fica confuso....sem saber onde estão os limites.....

Caro blogger, por esta e por outras é que eu venho dizendo que isto está uma bagunça....e a bagunça é pior que a miséria.....

9:36 PM  
Blogger Carminda Pinho said...

Ruy, venho retribui-lhe a visita que me fez e agradecer mais uma vez as suas palavras.
Sobre o "pântano", a verdade é que nós o povo não entendemos mais as palavras do governo por isso é que deixámos de acreditar. Eles dizem que está a melhorar mas o que sentimos no nosso dia a dia é que isto está insuportável e depois estas medidas (já são tantas) cheira-me a tapar remendos.
A verdade é que a "manta" que nos havia de "tapar", está cada vez mais remendada e temo que qualquer dia fiquemos a "tiritar" completamente.
É preciso estarmos atentos.
Um abraço

11:50 PM  
Blogger Espectadora Atenta said...

Subscrevo inteiramente o seu Post Ruy... Parabéns!
Um bom fim de semana para sí...

1:17 PM  
Blogger Carlos Sério said...

carminda,
pode contar com mais visitas minhas ao blog que acho muito interessante.
espectadora atenta,
agradeço e retribuo o bom fim de semana. O seu blog contém análises profundas e de muita qualidade, parabéns.

8:39 PM  
Anonymous Anônimo said...

Já agora de que Blogg se trata...caro RUY ?

JOSÉ

12:15 AM  
Anonymous Anônimo said...

Só usaria outro tempo verbal. O pântano já cá está, enorme, maior do que engoliu a nona romana, na Bretanha, no tempo de Tibério – estas coisas não mudam, dão sempre o mesmo. Sem objectivos viáveis, comando medíocre e errático, sem estratégia e tácticas disparatadas, só se acaba desse modo, na guerra ou na governação, as duas faces da mesma moeda., como de resto aconteceu no Vietnam e acontece no Iraque e no Afeganistão. Sem saber o que fazer, esbracejam, enervam-se, tornam-se perigosos quando não cómicos, quando anunciam medidas como por exemplo, o de apoio a modernização tecnológica ou a recente de apoio à maternidade.
No seu todo o sistema neo-liberal bloqueou, já não resolve problemas, cria-os cada vez maiores, só que em Portugal é mais visível e isto não por culpa de heranças estruturais ou situações conjunturais, mas singelamente porque os “governantes” não prestam, são medíocres ou gananciosos.
Talvez mesmo burros, como pode um País sair de uma crise (para onde eles o emperraram) se não há confiança no futuro, onde os sistemas de protecção estão a ser desmantelados, onde dia sim dia não os cidadãos são penalizados sempre com mais, qualquer coisa, ou como dizia uma senhora. “eles nas horas vagas vão-se entretendo a dar cabo das nossas vidas e a fechar hospitais, maternidades, centros de saúde, escolas e a inventar impostos”.
A verdade é que não há, nem sequer é o dinheiro, é uma coisa muito simples, é a tranquilidade (confiança) social que permita libertar a capacidade criativa e por isso também a de produção.
E já que não há outro remédio,as boas notícias é que quando uma sociedade bloqueia, só falta (não quer dizer que forçosamnte aconteça) tomar-se consciência disso, para que venha a caminho grande mudanças.

12:55 AM  
Anonymous Anônimo said...

Caro JOÃO

De acordo...as grandes mudanças que venham depressa....antes que a malta se afogue......

JOSÉ

10:38 AM  

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