Agricultura Arruinada
Tem havido um alheamento total por parte de quem nos tem (des)governado nos últimos anos ou décadas, relativamente à agricultura. Os serviços do ministério da agricultura, que possuem milhares de técnicos, nunca se deram ao trabalho de, junto dos municípios e em colaboração com eles, procederem ao levantamento dos terrenos concelhios para, baseados nas suas características geológicas, conhecerem quais as suas melhores aptidões agrícolas, (isto nada tem a ver com os Planos Directores Municipais que apenas definem zonas agrícolas, urbanas, florestais, etc). O objectivo seria a elaboração de um mapa do território municipal, onde se definisse com rigor, a potencialidades de cada parcela para esta ou aquela cultura, face à globalização e aos critérios de competitividade económicos.
Posteriormente, haveria que dar incentivos, a todos os agricultores que, nos seus terrenos, cultivassem as variedades de culturas recomendadas pelo estudo. Os municípios por sua vez, com o apoio do ministério, procurariam fazer os emparcelamentos nas zonas de minifúndio e, por outro lado, favorecer e estimular a criação de corporativas de agricultores com a prestação do apoio técnico indispensável.
A agricultura nacional sempre andou ao abandono, nunca se equacionando qualquer projecto para ela. Os governos limitaram-se a distribuir os dinheiros vindos de Bruxelas a uma minoria de “latifundiários” que vêem desenvolvendo apenas uma agricultura de ocasião de cariz especulativo.
Agora que se avizinha o termo das ajudas financeiras de Bruxelas, clamam por del-rei porque se deram conta de como a nossa agricultura se encontra arruinada.
Agora que se avizinha o termo das ajudas financeiras de Bruxelas, clamam por del-rei porque se deram conta de como a nossa agricultura se encontra arruinada.
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