terça-feira, maio 09, 2006

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Nos últimos meses, é impossível assistir a um noticiário sem deparar com o homem, disfarçado de estadista moderno, a enumerar centenas, milhares, milhões de “medidas”, destinadas a garantir o futuro da Segurança Social, a desburocratização, os prodígios científicos, a redução da despesa pública, o incremento das obras públicas, a devolução da “confiança”, o controlo do défice, a eficácia da Administração, a abolição da “interioridade”, a alegria dos velhinhos, a felicidade dos jovens e, em suma, a nossa genérica salvação.
Dizem-me: há ali coisas boas. “Boas”, no sentido de razoáveis, necessárias, susceptíveis de transtornar a Extrema-esquerda. Acredito, juro que acredito. Mas seria preciso uma debulhadora mecânica para separá-las daquela desumana resma de irrelevâncias e puros desvarios..
De qualquer modo, a OCDE, o FMI e o Banco de Portugal já se pronunciaram sobre as consequências reais das prédicas socráticas. O que me desespera de facto é o respectivo tom. O eng. Sócrates fala como um actor sofrível que decorou a custo a sinopse de um péssimo texto, e que o repete com a emotividade do Hal 9000, o computador da ‘Odisseia no Espaço’. Comigo, o resultado é fatal: sonolência, enxaqueca, entorpecimento dos músculos, angústia prolongada.
(Alberto Gonçalves, Correio da Manhã)

4 Comments:

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