Orçamento da Segurança Social
Tem-se esforçado o governo em dramatizar as contas da Segurança Social. Não escapa um dia sem que o assunto não mereça uma notícia na comunicação social. O objectivo parece claro, preparar a opinião pública para uma “reforma” da Segurança Social que irá seguramente agravar os mesmos do costume, aqueles que têm em dia as suas contribuições e os seus impostos, os trabalhadores por conta de outrem. E, como cerca de 50% destes estão isentos de IRS, como se viu em estudo recentemente publicado, poder-se-á imaginar o que poderão esperar todos os outros.
Concordamos que se proceda a uma revisão do valor da atribuição de pensões em todos os casos em que se verifique alterações súbitas e de percentagens elevadas nos últimos anos de contribuição. É o caso por exemplo, de um qualquer técnico dos quadros de uma entidade do Estado que, com um vencimento na ordem dos 2.000 euros e em final de carreira, é chamado para um qualquer gabinete ministerial (por nomeação política) onde lhe é atribuído o dobro do vencimento, no nosso caso 4.000 euros para, passados alguns meses, entrar com pedido de reforma que lhe é concedida com base neste último vencimento. É uma situação muito comum e, como sempre, uma distorção do sistema introduzida pelo clientelismo politico-partidário. Por outro lado, não poderemos aceitar que de alguma forma, todos aqueles que têm uma contribuição normal ao longo da sua carreira, possam vir a ser prejudicados e ver frustradas as suas legítimas expectativas.
O Orçamento da Segurança Social manter-se-ia equilibrado se as receitas recolhidas das contribuições dos trabalhadores suportassem apenas as pensões de velhice, invalidez e sobrevivência. Contudo, pretende-se que elas suportem também as prestações que o Estado garante aos cidadãos: subsídio de desemprego, abonos de família e rendimento social de inserção. Entendemos que estas últimas prestações deveriam ser suportadas unicamente pelo orçamento do Estado e não pelos trabalhadores. Tratam-se de prestações que se destinam a ocorrer a situações conjunturais, de cariz social e que envolve a sociedade como um todo. Seria lógico portanto, ser o País como um todo a suportar tais despesas e não apenas alguns, por sinal os sacrificados de sempre.
5 Comments:
Há que evoluir. Um dos anonymous passará ao seu nome José.
Darei notícias brevemente
Mas nem sempre.....
excelente!
pena é que a canalha que (se) governa não leia este espaço!
" Está, de facto, a criar-se um clima de tensão entre os grupos socioprofissionais e etários em Portugal como se não verificava desde os anos 70"
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" E tanto se atacam os idosos aposentados como " sanguessugas sociais" na melhor tradição maoista da revolução cultural, como se descrê de uma juventude demasiado habituada a facilidades, num mundo que deve permanecer " um vale de lágrimas ".
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José Medeiros Ferreira,Diário de
Notícias de 06.06.06,pág 7
Tem razão mas onde tem andado, amigo ?
Tente pôr o seu PS na ordem, se não ainda encendeia o País.
Ando farto de o dizer.
Tem razão caro bloguista, mas o que havemos nós de fazer à vida ?
Com todo este markting de engana POVO, em que em cada dia se anuncia mais uma desgraça, o melhor é mesmo pensar que estes rapazes não são mesmo capazes de governar o "pessoal".
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