flexisegurança

Os ministros do Trabalho dos 25 Estados-membros começaram a discutir a proposta de Livro Verde sobre a Modernização da Legislação do Trabalho, apresentada pela Comissão Europeia, e onde a ‘flexisegurança’ é apresentada como um modelo de combate ao desemprego.

Para atingir tais objectivos, o modelo pretende facilitar os despedimentos e aumentar o apoio no desemprego.

O que parece constituir uma contradição, pelos vistos não é. Será seguramente a dialéctica socialista em acção.

"É necessária uma renovação do modelo de relações laborais que valorize a maior flexibilidade da economia”, discorre entretanto e a propósito o nosso ministro do trabalho, Vieira da Silva. Entende ainda o ministro que "a UE precisa de uma economia flexível, para vingar na concorrência internacional e para se afirmar como zona económica liderante à escala internacional".

Ora, nós sabemos que os líderes europeus, cristalizados nos seus respectivos partidos há décadas, conduziram a Europa para a situação relatada no recente Relatório da CE que se torna opurtuno recordar:

Dados compilados pela Comissão Europeia revelam que a parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta.

Assim sendo, é lícito questionar então. Este tal modelo da flexigurança, que agora se quer impor, traduz-se afinal em quê? Numa medida contrária à evolução retratada pelo relatório da CE, ou à sua tranquila e natural evolução?

Por favor, expliquem-se.