negócios da china
Não entendo lá muito bem a agitação manifestada por sindicatos e partidos, relativa às palavras proferidas na China pelo ministro Manuel Pinho. O homem limitou-se a constatar um facto, tentando retirar vantagens do nosso atraso e miséria.
Apresentou a nossa miséria numa bandeja aos chineses, procurando com isso entusiasmá-los a investir por cá.
Creio bem, se aos chineses porventura alguma vez lhes passar pela cabeça investir em Portugal, seguramente que não se deslocarão apenas com ferramentas e materiais mas virão acompanhados da sua própria mão de obra.
Mal esteve o homem quando, comentando o alarido que as suas palavras causaram, acusou os sindicatos de “forças de atraso”, forças de bloqueio.
Para um governo “socialista” não está nada mal, não senhor.
7 Comments:
talvez fosse altura de explicarem como os chineses entram e se instalam no rectângulo com facilidades que não são concedidas a cidadãos de outros países....
luikki
Pois, li isso no teu Blog e fiquei pasmado
Concordo com o RUY.
Nós somos uns tesos por isso os chineses bem podem contar com mão de obra barata...gente submissa.... e Europa que sabe disso e por isso deixa estar assim que está bem...que nós também poucas ondas fazemos na Europa...a não ser armar em relações públicas e arautos das grandes discussões estéreis...
Mas, caramba nem era preciso o Ministro dizer isto que é o que toda a gente sabe...ou melhor: no Estrangeiro estão-se borrifando para saber se somos mão de obra barata ou cara...e cá nós bem sabemos que somos uns míseros que sofremos na pele...
Um abraço que agora vou mas é dormir....
Enquanto o Ministro faz destas declarações anda o Presidente da China por África....a fazer o quê.....????
Haja Deus e que nos abra os olhinhos....
Nós não temos que ser a mão de obra mais barata...temos é que ser melhor mão de obra....mas para isso é preciso trabalhar e quanto a isso.....sabemos ( os nossos políticos...)é discutir se a lei deve levar uma vírgula ou um ponto e vírgula...
E quanto ao mais veja-se o que se disse sobre trabalhadores ...qualidade dos funcionários públicos...dos professores....das férias dos juizes...polícias... e...por aí fora.
E nas empresas privadas foi um fartar ....com a treta do redimensionamento dos quadros temos meio País em casa....parados !
Depois queremos trabalhadores motivados e cheios de vontade de dar o salto....aliás, salto só se fôr por cima da fronteira....
Tem razão o josé, é extremamente irónico que Sópcrates vá à china no preciso momento em que o presidente chines se encontra em África.
Muitos são os actos de incompetência deste Governo, que anda a reboque de diversas influências, como os «assessores» dos seus assessores,os especialistas dos media( que invocam títulos universitários mas não tem obra feita e aprovada), as conversas de café, o «dizem», etc.
Exemplos:
1-Através do PRACE e do SIMPLEX,o Governo pretende aliviar os custos negativos da burocracia e os custos com o funcionalismo,resultando como alegado objectivo a garantia de uma parcela de aumento do PIB logo em 3%.Mas o Governo não considera esses ganhos de produtividade nem os do pretendido combate á corrupção (estimados até 7%!) nas suas projecções de crescimento económico.Estranho...Será que afinal essas medidas não passam afinal de bluf?Aliás se fossem verdadeiros esses números, teríamos uma taxa chinesa de crescimento do PIB, ao menos dentro de três anos!
2-A disciplina da Fìsica é fundamental para a compreensão e aplicação das tecnologias(seja na engenharia, seja nas áreas oficinal e de obra) e logo, para o pretendido e acelerado crescimento do PIB.Mas está a ser excluída do ensino secundário e já nem têm ensino experimental, ao menos observativo e demonstrativo!
3-A pretexo da redução das excessivas despesas,aumentam nos hospitais o tempo de espera para atendimento e acesso ás urgências, para consultas e para cirurgias.E já não são aplicados tratamentos novos.Em paralelo, e por «pura coincidência»(?), dá-se a explosão do aparecimento de novos hospitais privados, com centenas de médicos formados nos públicos...È a linha da promoção da saída de funcºpubli,«improdutivos»,para o privado...Que supostamente só recruta os mais produtivos...
È o país que temos...
VL
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