Uma geração politica rasca
Por fraqueza, muitas vezes, os mais fracos “falam grosso” na presença dos seus chefes. Por fraqueza ou por uma incontrolável vontade de agradar ao chefe, é comum assistirmos a estes exercícios de adulação na política.
O jovem presidente da Câmara de Alvaiázere, no último sábado, na presença de Filipe Menezes, em jantar de acção política naquela vila, referiu-se a Sócrates afirmando «António Oliveira Salazar era um aprendiz de ditador ao pé de José Sócrates».
Naturalmente que há exageros na comparação, os momentos históricos do salazarismo e do sócretismo são inequivocamente distintos e não podem ser comparáveis seguramente. Contudo sob a capa de uma democracia formal, não deixa de ser assustador os avanços de um certo “totalitarismo democrático” que Sócrates advoga e apadrinha. Avanços que se tornam visíveis e se concretizam na promulgação legislativa.
O recente diploma sobre carreiras e vínculos da Função Pública são disso um exemplo. Sob a capa da modernidade, esconde-se nele um inequívoco “totalitarismo” partidário, numa nova concepção da Administração do Estado, que agora se pretende totalmente dependente dos partidos e não do Estado. O funcionário público passa a ser um agente do governo e não do Estado. A independência política da Administração Pública deixa definitivamente de existir e passa a ser substituída pela dependência partidária governamental.
Neste sentido, tem razão no que afirma o presidente da Câmara de Alvaiázere; por outras razões, a legislação relativa à Administração Pública do tempo de Salazar, colocava-a ao serviço do Estado, e assim, indubitavelmente mais democrata que esta agora parida pelos políticos desta segunda geração do 25 de Abril.
O jovem presidente da Câmara de Alvaiázere, no último sábado, na presença de Filipe Menezes, em jantar de acção política naquela vila, referiu-se a Sócrates afirmando «António Oliveira Salazar era um aprendiz de ditador ao pé de José Sócrates».
Naturalmente que há exageros na comparação, os momentos históricos do salazarismo e do sócretismo são inequivocamente distintos e não podem ser comparáveis seguramente. Contudo sob a capa de uma democracia formal, não deixa de ser assustador os avanços de um certo “totalitarismo democrático” que Sócrates advoga e apadrinha. Avanços que se tornam visíveis e se concretizam na promulgação legislativa.
O recente diploma sobre carreiras e vínculos da Função Pública são disso um exemplo. Sob a capa da modernidade, esconde-se nele um inequívoco “totalitarismo” partidário, numa nova concepção da Administração do Estado, que agora se pretende totalmente dependente dos partidos e não do Estado. O funcionário público passa a ser um agente do governo e não do Estado. A independência política da Administração Pública deixa definitivamente de existir e passa a ser substituída pela dependência partidária governamental.
Neste sentido, tem razão no que afirma o presidente da Câmara de Alvaiázere; por outras razões, a legislação relativa à Administração Pública do tempo de Salazar, colocava-a ao serviço do Estado, e assim, indubitavelmente mais democrata que esta agora parida pelos políticos desta segunda geração do 25 de Abril.
9 Comments:
O analista e historiador do regime, Costa Pinto, 'dá' uma de elogio ao Sócrates ao concluir que o povo gosta (?) de autoritarismo - o vocádulo é meu - na governação.
O sr. Costa Pinto não deve ser do povo e estará, decerto, num lugar bem 'quentinho' perto de quem governa.
Mas sempre lhe vou dizendo que o povo está FARTO de fascistas tiranos ... escreva isto numa das suas histórias.
Ora aí está.!!..
....é que no tempo do antigamente o funcionário obedecia à Lei....agora vai obedecer ao Chefe...
...Ora diga-nos onde está a democracia!? ...hoje ?....ou no antigamente...???
O homem comparado com os democratas de hoje era um anjola...
Mais...
.....antigamente era o Estado que forçava os cidadãos...( por ex.º num acção executiva...) hoje são os privados....
É democrata..??
Agora....
....democrata mesmo é o Advogado poder ( ...ou dever...) denunciar o cliente.....
Eh...pá !!! que esta é forte...
E viva o Pina....
...e o Marquês....
...e o Manique....
Se o Jovem Presidente o diz...lá o saberá...
O Presidente Cavaco Silva anda a mando do governo. Ao que isto chegou...
Solitario
Não diria exageros, mas sim diferentes contextos. Se o Estado Novo tivesse 7 canais de TV, e ainda por cima a cores, de cobertura nacional e uma carrada de outros por cabo e ainda mais a actual tecnologia de escuta telefonicas e devassa de correspondência, vias verdes e cartões de crédito para saberem por onde andamos e brevemente os programados cartões de identidade com toda a nossa inforção, não necessitariam de PIDE nem de prender opositores. Quanto à censura, hoje, pior por que se julga que não há. Aos actuais meios alternativos, tais como os blogs, hiaviam no "no outro tempo" jornais e jornaizinhos, alguns com envergadura e circulação nacional, recordando alguns: Seara Nova,O Sol, O Diabo, O Tempo e o Modo, Jornal do Fundão, Notícias da Amadora, CF(Comércio do Funchal) entre outros de curtíssima duração. Quanto a livros, todos dos autores neo-relista (publicamente sabido de influência marxista). Quem queria comprava em Lisboa a literatura marxista,tal como Marx,Engels, Lenine,Trotski, Gramsci, Mao. Pessoalmente comprava-a na velha livraria Barata, na Av. de Roma à Preça de Londres, com porta aberta, naturalmente, não propriamente à vista mas logo debaixo do balcão
Bom...isto dá que pensar...mas hoje nem sei se compro tudo à frente de toda a gente...não vá o diabo tecê-las....
...e o empreguito lá se vai.....e não há outro...
....a diferença é que hoje a gente não sabe de que lado chove....
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