DEMOCRACIA SOCIAL (II)
Em Portugal, a degradação e a corrupção a que chegou o sistema político desta III República, o seu bloqueamento e a manifesta incapacidade de se auto reformar, leva qualquer cidadão a admitir, a desejar, uma profunda mudança não necessariamente do regime constitucional em que vivemos mas do “sistema” político corrupto institucional erguido pela nossa classe politica ao longo dos últimos anos.
Os partidos transformaram-se em máquinas eleitorais, em partidos de notáveis, de uma nova aristocracia sufragada pelas televisões e sondagens. Neles preside uma lógica aparelhistica, oligárquica de perpetuação política da elite que dirige o partido e o representa no Parlamento. Os partidos esvaziaram-se ideologicamente e assim deixaram de representar os interesses dos cidadãos para passarem a representar somente os interesses das suas clientelas partidárias. A profissionalização dos políticos, a mediocridade no seu recrutamento, a corrupção e o tráfico de influências são a realidade dos dias de hoje. Temos um Estado de partidos, redutor e totalitário quanto à representação dos interesses plurais da sociedade. Temos uma Democracia usurpada por estas elites, com responsabilidades de tomar decisões em nome do Povo, e que o atraiçoam logo que alcançam o poder ao romperem com todas as promessas eleitorais sem que daí advenha a revogação dos seus mandatos.
O falhanço do neoliberalismo económico, do capitalismo selvagem, do mercado sem regras nem controlo, do mercado que se rege por si próprio, do menos Estado, do cidadão considerado não como um ser multifacetado, de múltiplas necessidades, éticas, culturais, sociais, mas tão só como simples consumidor. Princípios onde conceitos como a solidariedade, fraternidade, abnegação, tolerância, benevolência, são considerados nefastos, caducos, perturbadores e prejudiciais ao funcionamento normal da sociedade, o mesmo é dizer ao funcionamento normal do mercado. Para os neoliberais, o Homem é apenas corpo, não é alma, é consumidor e isso basta.
Surpresos com a crise económica, com a crise do neoliberalismo que irrompeu no mundo, sem compreenderem os seus fundamentos, os líderes europeus, a elite oligárquica europeia e americana, ensaiam múltiplas iniciativas económicas na esperança de que alguma resulte, na esperança de que tudo retome ao “normal funcionamento” anterior. Naturalmente que todas estas iniciativas podem atrasar momentaneamente um percurso mas, no fundo, o que se deseja, é manter a mesma lógica económica, o que se pretende é a perpetuação das politicas neoliberais. E, como resultado, a mais curto ou médio prazo, um contínuo decréscimo do crescimento económico e um agravamento das desigualdades sociais com nova e mais profunda crise.
Só uma nova doutrina, uma nova filosofia, poderá inverter o rumo deste desenvolvimento capitalista neoliberal. Uma nova ideologia – a Democracia Social – que encerre em si, que incorpore, o princípio da unidade dialética entre o ser individual e o ser social, tendo como expressão a democracia política, com a vontade política dos cidadãos expressa em eleições democráticas e que assegure uma empenhada, permanente e continuada participação do cidadão na vida pública. Em que o acto eleitoral seja o corolário de uma participação activa, diária, continuada do cidadão na gestão política da sociedade. Os eleitos são cidadãos temporariamente representantes, delegados das populações e a cada momento intérpretes das suas vontades.
Uma nova forma de organização social que assegure o controlo social permanente sobre o Estado e as empresas.
Uma nova forma de organização social, tendo como um dos seus objectivos a valorização da democracia participativa.
Uma nova forma de organização social que assegure o controlo social permanente sobre o Estado e as empresas.
Uma nova forma de organização social, tendo como um dos seus objectivos a valorização da democracia participativa.
A democracia não é apenas uma forma de governo, uma modalidade de Estado, um regime político, uma forma de vida. É um direito da Humanidade (dos povos e dos cidadãos). Democracia e participação se exigem. Não há democracia sem participação, sem povo. O regime será tanto mais democrático quanto tenha desobstruído canais, obstáculos, óbices, à livre e directa manifestação da vontade do cidadão.
Naturalmente que as dificuldades maiores residem nos mecanismos, no modo pratico de como assegurar o controlo social permanente sobre o Estado e as Empresas. De outro modo, de como assegurar uma vivência plena da Democracia.
23 Comments:
Bom...para já.... pôr os Partidos em hibernação por uns tempos...por ex.º permitir candidaturas independentes para eleição de Deputados ....rever as competência da AR que passará a ....só fazer Leis e ......não mais do que uma por sessão legislativa ou seja..... quatro....se necessário por Legislatura....
...O Governo .....governa por uma legislatura ....e só será demitido...bem como qualquer Deputado quando empregar a expressão ...." não é verdade "....ou equivalente...
Os Tribunais aplicam a Lei....e o Min. Público deverá promover nos Tribunais....e só...o interesse na aplicação da Lei...
Quanto a Autarcas...( não serão precisos tantos ...nem tantos deputados de concelho e de freguesia ).....terão direito a carrito individual ( de marca e gama média na circunscrição.....ex.º não pode o dito andar de BM 500 e a média do cidadão do concelho ....a andar de carreira...que passa uma vez de manhã e outra à noite...
Quanto ao resto...cada cidadão é livre..... por isso cada um não interfere na liberdade alheia.....tem direito de circulação em qualquer via pública e a qualquer hora do dia ou da noite....e....
..... tem a certeza de que as instituições públicas cuidam pelos seus direitos e tanto estas como as privadas desde que estas prossigam ou lidem com interesses de direito colectivo....bancos ....seguradoras ...empresas detentoras de bens ou concessionárias de serviços públicos....quer de obras públicas...quer de exploração de piscinas .... caixotes de lixo....ou organização de recepções ...inaugurações....ou outros eventos...respeitarão os direitos de cidadania...sem sujeição a regras comerciais de mercado ou de interesse exclusivamente individual ou particular....
Quanto ao resto!!!!.... viva a iniciativa privada......e respeitinho pela religião de cada um...
Caro Blogger...e agora vamos ao trabalho ....enquanto existe...porque capital já foi....
...e como se tem visto ùltimamente...só é rico quem trabalha muito....
Será que o Marx tinha razão...??!!
E esta....!?
Boas...
Não conhecia esta nova doutrina.
Vou esperar para ver como atuará e como se implementará ela na sociedade atual.
Para inicio pareceu-me interesante.
abr...prof...
Ora...como se implementará...como todas as outras...e depois logo se verá....quando a malta estiver cansada...volta à primeira forma....é sempre assim...!!!?
Só que às vezes demora muito a implementar e.... resultado...cacetada...!?
Caro Blogger
Estive a ver o Prós e Contras....e vou dormir descansado.
Explicação profunda sobre Segurança...com os mais altos responsáveis....e altos especialistas que assistiram...a própria oposição ( alguma...pelo menos ...) também assistiu ...bem como os Sindicatos...e como disse eu próprio assisti...!
Tudo muito bem e.... não podia vir em melhor altura o dito debate....
...Por mim já sei .....fiquei esclarecido e o meu voto já tem destino...
Tenho pena que só tenha sido anunciado outro debate para a semana...mas só não sabemos o tema...
.......talvez durante a semana surja algum.....
Respeitosos cumprimentos !!
Ainda quanto a doutrina...acima...
Mas ao menos já se percebeu que algum resto de dutrina que houvesse já foi pelo cano abaixo...não é...?!
Há quem entenda que .....para salvar a crise...cá no Country...não se pode aumentar a função pública...e até congelar as pensões...
Ah Valente..!!.por acaso não percebi qual o entendimento sobre vencimentos da Banca e outros do género...
E será que esta coisa da crise tem a ver com salários...??...
.....ou será que se chama salários a tudo...( incluindo prêços da água...luz...telemóveis...prémios...)
O Homem só agora é que anda a pensar no assunto...
Até já admite medidas pontuais....
.....lembra-se amigo Blogger...que já aí está violência...??
Bom ...
.....ouvindo as news....e os recaditos...sobre pensões e tal e coisa...tenho impressão que já me cheira a esturro.....
Ainda agora ouvi na TV..uma trabalhadora dizer que não quer emprego...quer é trabalho...
A gente percebe....
Entretanto toca a pagar IMI.....
mas para quê...se já niguém produz nada...e ninguém consome nada....
Parece que vi....prá'í numa empresa anunciar que os salários mais altos este ano não têm aumentos...ficam congelados....
Bom...o diabo aos mais altos...só..... que ninguém esperava é que mais altos era 1800euros....
Puxa vida.....
Há dias ouvia eu aí num balcão duma pastelaria....mas será que com esta crise voltamos à Idade Média....e teremos de ir com baldes buscar água ao rio...e para lavar a loiça...e conservar o chouriço pendurado na chaminé...para secar melhor...e voltamos à sardinha de pipa salgada.....e lá se vão os ares condicionados ....e as casas de banho mesmo nas lojas de ginginha....e pulgas nos hotéis....como é que vai ser...?? acaba a ASAI...??
Que horror....vou já jogar no euro milhões.....
Ao que se está a passar em França....chama-se violência ??!
Será que o mercado ...entregue a loucos de gravata...e fato de alpaca ( inglesa ... claro...!!) está a mostrar os seus frutos...??
«Surpresos com a crise económica, com a crise do neoliberalismo que irrompeu no mundo, sem compreenderem os seus fundamentos, os líderes europeus, a elite oligárquica europeia e americana, ensaiam múltiplas iniciativas económicas na esperança de que alguma resulte(...)
Surpresos? Qual surpresos, qual carapuça. Sempre souberam no que iria dar - globalização
da pobreza!
Tudo o mais é retórica.
É a nova (des)ordem mundial em que os estados-nação são substituídos pelo capital. Neoliberalismoo puro e duro.
E quanto a mercados... onde estão eles? Tudo está assente em Bancos, monopólios e especulação.
A Banca faz o dinheiro que entende e faz a sua distribuição como quer e entende e quando "derrete" a liquidez, banqueteia-se com o erário-público, ou seja privatizam-se os lucros e nacionalizam-se os prejuízos.
No meio de tudo isto, os políticos são os vendilhões de banha da cobra e os cidadãos, a força de trabalho, nada mais do que bestas, otários, o que se queira!
Contra tudo isto só com sangue derramado e já há quem diga o mesmo lá pelos States: http://video.yahoo.com/watch/4518111/12104781
Se tal acontecer, por uns tempos o mundo será diferente! :)
Efectivamente o actual modelo está esgotado. Sem ética nem valores o neoliberalismo varre de ganância e corrupção os diferentes poderes que o sustentam.
Acentuam-se as desigualdades num clima de desumanização onde a violência e a insegurança ocupam lugares centrais.
Um novo ciclo terá que ser iniciado noutra direcção. Terá que aparecer um novo modelo. Será o que este post enuncia? De que forma será implementado? Pela revolta?
É que a manta actual não admite mais remendos.
Aguardemos então mas sem nos demitirmos do papel que nos cabe numa mudança inevitável.
Abraço
Entretanto ....andam os Gs todos em bando por essas velhas capitais...em grandes jantares de grupo....com carne aborregada de 1.ª e chateauxs de trinta anos.... ou mais...conversas de cinco minutos....(porque os tipos não conseguem falar mais que cinco minutos...) ..com foto e tudo....
Quanto aos receios de SILÊNCIO...basta dar uma voltita pela História...e logo se vê que a seguir ...olhe ...há sempre uns milhares de tipos azarentos ....afinal estavam era no sítio e no lugar errados....
Tenho estado a ver na TV...um ex-Ministro ( agora muito importante...em entrevista...)...que é um ternurento...
......para o Homem é tudo GGGRRRande....MMuiiiito GGGRRRande....não pode falar sobre isto e sobre aquilo....mas....OOOHHH...tem um GGGRRRande respeito por essa EEEMMMprrresa....sou GGGRRRande Amigo...do seu Prresidente...e ...ah ....e desse .....também sou GGGRRRande amigo...
Que amor ....até dá vontade de ter muitos amigos....
..mas .....para as coisas andarem....é necessário ter assim tantos AAAAMIGOS....???
Temos assistido...e ainda não foi tudo visto....ao forrobodó que foi a falência da banca e outros fundos.....por esse Mundo fora....enfim a loucura entregue aos mercadistas....desregulados...?
Pois mesmo assim ouvi um Alto Responsável dizer que um Partido da oposição insiste numa proposta de entregar grande parte da Segurança Social a fundos privados.....
Que porra...será que anda por aí alguma subversão .....à solta...??
A democracia anti-social tende para o caos e a revolução. Seia e o interior precisam de homens livres e de seres desprovidos de escafandros políticos forrados a altruísmo encapotado. Haja movimentos independentes.
Sou um cidadão comum e incomodado com o panorama actual em que vivemos.
Com três dezenas de Primaveras e tentando olhar para um futuro justo, adequado à nossa forma e vontade de viver, sinto que o desenvolvimento social (que influi muitas outras áreas) em Portugal está a estagnar.
Apesar de ter nascido na era do "25 de Abril" preocupa-me sentir que Portugal está a abrandar. É como que o inverso do Big-Bang, uma pequena explosão inversa em forma de contracção, que nos vai apertando lenta e eficazmente até não haver mais para apertar!
Ainda me lembro de outros tempos, que nem estão muito distantes, em que o sentimento positivo de Esperança se encontrava muito presente. De repente olho para trás e sinto que a mudança é radical.
Muito evoluímos, em termos tecnológicos, sociais, enquanto sociedade de consumo... Deixámos distante mais uns degraus atrás
o nosso lado primitivo. Hoje me considero um cidadão do mundo. Há uns anos atrás foramos apanhádos com a necessária tomada de posição se haveríamos ou não de entrar na "Comunidade Económica Exclusiva", hoje UE. Inegável é a "evolução" que todos de algum modo e de prismas diferentes observamos e sentimos.
Mas certo é que as coisas por estas bandas Lusas não estão bem. Nada mesmo! A justiça... uma vergonha. Leis lentas em aplicar. Tribunais pejados de funcionários que não justificam os seus salários. Processos que na maior parte das vezes acabam em prescrições. Milhões que tudo isto acarretam e alimentam. Advogados e Juízes que saiem, esses sim, sempre a ganhar. A justiça está completamente dominada pelos abutres.
A educação... um descontrolo que mais parece um tubo de ensaio. Alunos que por motivos pessoais e até mesmo familiares muitas vezes não têm a oportunidade de investir mais tempo e dinheiro na sua formação. Cursos também desadequados ao panorama do pretendido pelo mercado.
Um pequeno exemplo: Alguma vez faz sentido o estado promover cursos, permitir vagas para áreas de formação que simples e completamente estão saturadas em termos de saídas profissionais?
Como é possível actualmente sairem formados 1000 arquitectos por ano, em todo o território? Desde quando é que o mercado tem capacidade para tantos profissionais?
Ao contrário da manutenção dos números clausos as universidades haveriam de diminuir mais ainda os mesmos, restringindo sempre o mais possível os critérios de seriação do indivíduo. Mas poder-se-ia ir um bocadinho mais longe. Poderiam por exemplo as mesmas universidades, isso sim, ocupar essas vagas cada vez mais com candidatos provenientes do mercado... promovendo em chamar/desafiar actuais profissionais no mercado de trabalho para investirem num "upgrade" nas áreas dos seus conhecimentos profissionais, tornado-se assim mais actualizados e adequados às exigências de uma sociedade em contínua e franca procura de eficaz evolução.
Mas não é só na justiça e educação que deposito algumas das minhas preocupações. Há um imenso espaço cultural que importa saudavelmente promover. A cidadania. O empreendedorismo. A inovação, a começar pela forma como cada um de nós pode participar e alterar a actuação política, daqueles que escolhemos para nos representar quando lhes depositamos um voto de
confiança sobre os nossos futuros e também dos nossos netos.
Este é mais um ano de eleições! Desta vez Europeias, Autárquicas e Legislativas. Um ano em que cada um de nós obrigatóriamente deveria dedicar algum do seu tempo para formar opinião sobre o que com cada acto eleitoral está em causa...
Queremos ou não queremos mudar melhorando Portugal??!
Comecemos cada um de nós por maturar idéias, por partilhar e promover o debate sobre elas, mas sobretudo nunca deixar de participar, nem que seja com um voto nulo cheio de recados para os segundos responsáveis por todo o panorama em que vivemos, porque os primeiros responsáveis somos cada um de nós! Porque os elegemos.
Faça um desafio a si próprio: Arrisque na sua forma de pensar!
Viva Portugal, mas sobretudo viva Feliz!
Li hoje no DN que .....um presidente executivo de uma Empresa Portuguesa...em 2008 recebeu a remuneração mais alta de 1,26 milhões de euros ( mais ou menos 250 mil contos )....mas já alguém lhe terá perguntado pra qué que quer tanto dinheiro...??!!....e já agora quanto é que nós pagamos só por aumento dos preços da dita empresa...???
Como garantir a expressão genuína da opinião pública, se actualmente esta é identificada com a dos jornalistas e dos baronetes políticos?Como afastar das candidaturas eleitorais os oportunistas e os ponta de lança, os «cães e lacaios» dos interesses particulares?E como garantir que os candidatos saibam o mínimo de Leis e de gestão pública?Como formar e nomear os dirigentes da Administração Pùblica, de modo a que esta seja efectivamente capaz, independente e não perigosamente subserviente?
Como tornar os Partidos independentes do poder económico?
Como introduzir a Moral na Lei, nos Tribunais e na política?Mas neste caso qual a Moral a aplicar, face á anarquia de valores?
E como: efectuar uma verdadeira redistribuição do rendimento nacional;conseguir uma adequada concorrência;assegur uma eficaz protecção á Família, voltando a ser reconhecida como uma instituição base;e conseguir uma protecção real e controlada do meio ambiente, passando das intenções á prática; voltar a um ambiente de segurança contra o crime sem perda de direitos? Etc. etc...Seria necessária uma revolução cultural!
Mas comecemos por verificar se as potencialidades da actual Constituição estão esgotadas,veja-se que estão em preparação Leis importantes contra a corrupção!
VL
Concordo com a apreciação que o autor do post faz da situação actual. O sistema vigente nas últimas décadas esgotou-se nas suas contradições intrínsecas e tentar prolongá-lo só contribuirá para agravar uma situação já de si bastante delicada.
Aproximamo-nos de uma catástrofe a nível planetário, graças ao PGEC (processo de globalização em curso), a que acresce o alastrar dos fundamentalismos religiosos de todos os quadrantes, causa e consequência dos erros (e dos crimes) políticos e económicos do século passado.
Por isso, e para evitar o pior, exige-se, enquanto é tempo, um pouco de bom-senso (e porque não de bom-gosto) da parte de quem tem responsabilidades na coisa pública.
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