A CRISE
Pelo que se tem dito e escrito por esse mundo fora, creio bem que, quer os analistas do “sistema” quer os dirigentes políticos, ainda não se deram bem conta da natureza e profundidade da crise financeira e económica que abalou as economias mundiais.
Em comum, nesta lamentável uniformização politica, que não distingue trabalhistas, conservadores, sociais-democratas, democratas cristãos, republicanos ou democratas, todos atribuem a origem e o estalar da crise à falta de regulação e à “exagerada” ganância de uns tantos. Tudo muito simples e com soluções igualmente simples. Basta os governos terem mais cuidado na fiscalização dos reguladores para que o “mercado” funciona bem, como deve ser e tudo retorne à situação anterior à crise. Uns advogam a “retoma” para 2009, outros, aguardam-na para 2010 ou mesmo 2011. Assim, por puro palpite, sem qualquer fundamento que suporte uma ou outra data.
Em comum, nesta lamentável uniformização politica, que não distingue trabalhistas, conservadores, sociais-democratas, democratas cristãos, republicanos ou democratas, todos atribuem a origem e o estalar da crise à falta de regulação e à “exagerada” ganância de uns tantos. Tudo muito simples e com soluções igualmente simples. Basta os governos terem mais cuidado na fiscalização dos reguladores para que o “mercado” funciona bem, como deve ser e tudo retorne à situação anterior à crise. Uns advogam a “retoma” para 2009, outros, aguardam-na para 2010 ou mesmo 2011. Assim, por puro palpite, sem qualquer fundamento que suporte uma ou outra data.
Esta crise é a primeira e mais profunda crise do imperialismo, do capitalismo na sua fase superior, dos oligopólios, das oligarquias financeiras mundiais, da globalização, do neoliberalismo.
São de uma natureza diferente e nova, as causas da actual crise económica e financeira. Nunca como agora exorbitantes somas de capital são retiradas do reinvestimento para ingressarem na especulação financeira - as trocas especulativas diárias são da ordem de 1,5 triliões de dólares por dia, enquanto as trocas de bens e serviços realmente existentes mal atingem os 25 biliões, algo como 60 vezes menos. Este, um dado novo, que condiciona o desenvolvimento económico capitalista como nunca antes se tinha presenciado. Ao desviar-se o capital do investimento para a especulação, decresce o investimento produtivo e com ele aumenta o desemprego e decresce o crescimento económico. Foi a especulação financeira global a responsável pela actual crise. E não é crível que passados os tempos desta fase critica, com a “retoma”, a especulação financeira tenda a regredir. Pelo contrário, ela ressurgirá e seguramente com mais pujança ainda, arrastando os países para um menor e mais acelerado crescimento económico, maiores taxas de desemprego e maiores desigualdades sociais.
São de uma natureza diferente e nova, as causas da actual crise económica e financeira. Nunca como agora exorbitantes somas de capital são retiradas do reinvestimento para ingressarem na especulação financeira - as trocas especulativas diárias são da ordem de 1,5 triliões de dólares por dia, enquanto as trocas de bens e serviços realmente existentes mal atingem os 25 biliões, algo como 60 vezes menos. Este, um dado novo, que condiciona o desenvolvimento económico capitalista como nunca antes se tinha presenciado. Ao desviar-se o capital do investimento para a especulação, decresce o investimento produtivo e com ele aumenta o desemprego e decresce o crescimento económico. Foi a especulação financeira global a responsável pela actual crise. E não é crível que passados os tempos desta fase critica, com a “retoma”, a especulação financeira tenda a regredir. Pelo contrário, ela ressurgirá e seguramente com mais pujança ainda, arrastando os países para um menor e mais acelerado crescimento económico, maiores taxas de desemprego e maiores desigualdades sociais.
É em torno da Bolsa e dos operadores financeiros, internacionalizados como se encontram, que reside a grande especulação financeira mundial. Todos parecem sentir alívio com a subida dos índices bolsistas a que assistimos nestes últimos dias. Todos pretendem regressar e depressa a um mundo financeiro em tudo igual ao que precedeu a crise. Não compreendem ou não querem compreender que desse modo estão apenas a cavar os alicerces de uma inevitável, mais rápida e profunda crise futura.
5 Comments:
Como escreveu Douglas Reed, "as pessoas têm tendência para tremer perante um perigo imaginário e são demasiado preguiçosas para ver o perigo real": http://en.fondsk.ru/article.php?id=2070
Bem dito....!!
......por mim, desculpará mas.... digo o que tenho vindo a dizer de uma forma mais rude..: acaba tudo à porrada...e não tarda muito....
...Aliás, nem percebo porque é que só vemos por aí..pelos jornais a opinião ..( as bocas...) de economistas...quando seria mais útil ouvir Historiadores...porque o que vai acontecer já aconteceu por muitas vezes no passado e sempre do mesmo modo...
Com a crise terá mudado algo no sistema económico mundial? Não vi nada, não li nada nem ouvi nada!
Sem mudança o sistema há-de acabar por cair de podre, mesmo que venha a sobreviver mais algum tempo.
Abraço do Zé
Meu caro tem razão...
......mas cá estamos nós a ver o Prós e Contras....e pronto..... há cinco ou seis cidadãos a debitar sobre as soluçõs para o País.....
...e... tenhamos paciência...cada um tem o seu palpite...
...mas o que gosto é de ver alguns que de Cátedra......lá de cima..... vao dizendo que tudo funciona bem...tendo-se já esquecido que há porta de entrada nos serviços.......porque já nem entram por lá...onde está o Povo apinhado à espera...à espera....
Veja isto..... consulta 15 contos....o cidadão precisa de três o que significa 45 contos....o dito tem uma reforma de 40 contos....
...que me diz a isto...!??...problema do serviço não é ...é que cidadão não chega a entrar...por isso .....não existe... !!!
Tudo funciona bem...desde que você esteja lá dentro.....
ah...espere vai ao serviço público...sim à consulta .....para o ano que vem...
......se calhar nessa altura já precisará é de uma missa .....
Boa noite .....vou mas é até às docas.....
Espere já agora ....
a justiça é mesmo lenta...
ainda do tempo em que as fábricas fabricavam e vendiam PÓPÓS ( para a sociedade moderna da globalização...)tenho uma dessas bombas GTQRISCRLM ...qualquer coisa jact ....que andam a 310 Kms hora...para partindo de Lisboa chegar ao Porto em hora e meia......
veja se a justiça não é lenta....na Autoestrada ....(ainda por cima com portagens...)...só se pode andar a 120 KMs/hora......
...Que lentidão....
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