quarta-feira, setembro 02, 2009

as "grandes bandeiras"


O modelo económico neoliberal, depois da crise porque atravessamos, está esgotado. Não compreender isto, pensar que todas as medidas económicas, endeusadas nestes últimos anos, como as únicas e infalíveis medidas para atingir a “modernidade e o desenvolvimento”, é de uma imensa ignorância histórica, é tentar voltar ao passado como se nada tivesse acontecido, é tentar recomeçar o que já provou encontrar-se errado. Os líderes actuais, educados e habituados à cartilha neoliberal durante anos, muito dificilmente compreenderão a insensatez e o despropósito histórico das suas velhas convicções.

“A defesa pela redução do papel do Estado e o aumento da liberdade económica é uma das grandes bandeiras eleitorais do PSD”, como se lê no Blog de apoio ao PSD, reflecte bem esta cegueira. O analista pretende apresentar tais anúncios como um grande feito, capaz de ganhar apoios e votos. E neste seu afim, comete um tremendo erro de análise ao afirmar depois, porque o PSD apresenta nesta campanha uma inversão do modelo de desenvolvimento económico seguido nos últimos anos”, como se estes “últimos anos” de governação Sócrates não fossem marcados pela adopção de medidas económicas e sociais neoliberais, como nunca antes um governo se atrevera a implantar. Sabemos, que de há muito o PSD deixou de ser um partido Social Democrata. Hoje, rivaliza com o PS pela adopção do modelo neoliberal. Critica Sócrates, não pelas medidas que ele tomou, mas pela sua menor eficácia.

Esta campanha eleitoral está a tornar-se ridícula. Temos um Sócrates, a querer fazer-se passar por um político de esquerda e um PSD a acusá-lo de socialista.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Anda tudo maluco....anda tudo a pedir chuva para ver o efeito da gripe....

11:20 PM  
Anonymous joao said...

Vejamos se batem certo as informações que estão por ai a correr. Vejamos o que nos vem da capital do império.
O Bureau of Labour Statiscs (USA) revelou que o número médio de horas pagas por trabalhador caiu, 7,6% e que o produto total desse trabalho apenas. 1,7%.. Isto é, com menos dinheiro despendido os empregadores obtiveram mais produção (os trabalhadores com medo de perderem os seus empregos trabalharam mais). Aconteceu por isso um ganho de produtividade de 6,4%.
Com o seu trabalho mais árduo (6,4% mais) eles viram os seus salários “aumentarem”0,2%, enquanto o aumento de custo de vida -informação enrolada no texto - subiu 1,1%, logo os trabalhadores passaram a ganhar menos.
É o momento de se recordar as boas intenções “todos nós devemos apertar o cinto.
É claro que os dados acima contradizem qualquer coisa parecida com recuperação, pois com menos gente a comprar produtos e não sendo os produtos de luxo que regem as economias, mas sim os de consumo corrente, não há saída para estas economias.
Paralelamente a US Federal Reserve revela que em 2009 a proporção da capacidade do País para produzir continua a cair. Em Julho de 2009 essa capacidade utilizada em toda a indústria manufactureira era de 65,4% , aproximadamente 2/3.. Mais de 1/3 das ferramentas, máquinas e equipamentos, fábricas e espaços de escritórios estavam ociosos..
15 milhões de desempregados – sem falar dos subempregados – um terço da capacidade industrial está, pode-se dizer, também desempregada. Embora o império já não seja o tal motor da economia, a verdade é que por cá muito se depende dele.

11:47 PM  
Anonymous Anônimo said...

Caro João...

..diga-me lá se não anda tudo à espera das costas cossadas....

....a malta ( do taco....) é mazuquista.....

11:02 PM  

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