Depois de o governo ter dispensado os trabalhadores da função pública de comparência ao serviço no dia 26 de Dezembro, a atitude de Rui Rio, presidente da Câmara do Porto, em exigir que nesse mesmo dia os trabalhadores camarários comparecessem ao trabalho, transforma-se numa medida política e não já de uma simples medida de gestão corrente.
Medida política com carácter demagógico, ainda que possuída de sentido contrário ao populismo fácil que caracteriza a demagogia comum, mas sem qualquer efeito económico pratico dado a grande maioria dos trabalhadores da Câmara do Porto terem tirado esse mesmo dia de férias.
Será uma atitude de afirmação no pior sentido e do maior inoportunismo politico; precisamente quando o governo ataca em várias frentes as condições sociais dos trabalhadores do estado e das autarquias.
Capaz de desbaratar todo o capital politico acumulado ao longo de vários anos. A imagem de rigor no tratamento dos negócios públicos que se quis transmitir, quando esse rigor se mostra desajustado e demagógico transforma-se num “bluf” inaceitável para o comum dos cidadãos.
Outros políticos em circunstâncias semelhantes cometeram o mesmo erro que lhes terá custado muitíssimo caro. Recordo Cavaco Silva quando primeiro-ministro e a célebre terça-feira de Carnaval foi um deles. Rui Rio não poderá esperar outro resultado. Acaba porventura de comprometer uma próxima reeleição e o seu próprio futuro político.
3 Comments:
Realmente ....de vez em quando aparecem assim umas aves raras...que nem se percebe bem o que é que querem.....
É o que se pode dizer mijar ao lado...
E já nem com a sanita acertam...que diabo !!!!
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