uma mensagem presidencial para todos os gostos
Uma mensagem presidencial para todos os gostos, assim se poderá entender a comunicação ao País de Cavaco Silva.
Ao reiterar a “indispensável colaboração politica” entre o governo e o presidente da república, não terá desagradado aos socialistas como não terá desagradado de todo aos sociais-democratas, até aqui incomodados com o apoio acrítico do presidente da república às iniciativas de Sócrates, ao lerem, nas entre linhas da mensagem, pela primeira vez, uma menor colagem do presidente ao governo.
Mensagem ambígua, que agrada a gregos e a troianos e que coloca o País com as incertezas e amarguras de sempre, sem alegria e sem qualquer nova motivação.
Cavaco Silva parece não ter compreendido ainda, que do apoio institucional, do silêncio à ruptura, vai uma grande distância e que os caminhos, ainda que difíceis, desse equilíbrio institucional precisam de ser trilhados por um presidente actuante, vigilante, politico e confiante.
Cavaco Silva não é um Sá Carneiro, o que Sá Carneiro tinha de politico a mais tem Cavaco Silva de menos. Sá Carneiro, Mário Soares e Cunhal foram e Mário Soares ainda o é, políticos de corpo inteiro, com emoções à flor da pele, sem os frios calculismos dos políticos actuais. Foram homens não foram máquinas, nem “faziam politica” por interpostas pessoas, pelas sugestões das firmas de consultoria ou pelos resultados das sondagens.
Os políticos estão mais cinzentos e o País cinzento está.
Com o País em crise generalizada, com os problemas económicos a agravarem-se sem que o governo dê resposta aceitável para os mesmos, com os conflitos sociais cada vez mais agudos e frequentes, com um cada vez maior numero de desempregados, com os problemas da educação a agravarem-se face a uma politica ministerial desajustada e sem estratégia, com os cuidados de saúde mais caros e reduzidos, com uma justiça mais ineficaz que nunca, com impostos a subirem e condições sociais em redução, com a demagogia dos governantes e com uma Comunicação Social incompetente, vendida e deslumbrada pelas intervenções provocatórias do primeiro-ministro, com tudo isto, exigia-se uma mensagem politica interventiva e não uma mensagem rotineira, calculista e sem qualquer ambição.
6 Comments:
Como convém à sua estratégia, evidentemente.
A partir do momento em que foi eleito tornou-se o Presidente de todos os Portugueses e como tal faz muito bem em pautar-se "por uma elevada descrição, não confundindo a governação do país com o partido que o lançou para uma brilhante carreira inicial como primeiro-ministro."
uma militante social-democrata
Ora cá estamos depois de uns dias de passagem de ano.....
Afinal está tudo na mesma como a lesma....cinzentismo é que é preciso....é preciso é cálculo porque...ao fim e ao cabo o pessoal apoia sempre.....até gosta de fazer figura de ....
José já tinha saudades dos teus inteligentes e humorados posts.
a mensagem está ao nível de que a proferiu: uma nulidade!
A mensagem está ao toque da UE...mais nada!
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