AFINAL O QUE MUDOU?
Um ano em que nos mantivemos firmes na denúncia da incompetência, dos privilégios ilícitos dos políticos e das suas clientelas, da corrupção e da corrupção institucionalizada no nosso País.
O mundo de privilégios que meticulosamente, passo a passo, a nossa classe política ergueu para si própria nestas últimas décadas do pós 25 de Abril, corrompe como um cancro a democracia em que todos desejamos viver e é responsável pelo atraso económico cada vez maior do País.
Não são apenas os privilégios diferenciados do cidadão comum, como o tempo encurtado de reforma para os deputados ou as remunerações e os benefícios suplementares de toda a natureza dos gestores públicos mas os milhares e milhares de cargos de nomeação política que se foram criando ao longo do tempo, nos Institutos Públicos, nas Empresas Municipais e em todos os outros Órgãos do Aparelho do Estado.
As pessoas colocadas na gestão do Estado não são assim as mais competentes, porque não seleccionadas pelo seu currículo e competência, mas incompetentes na generalidade e, porque, sem um estatuto profissional a defender, protegidas na retaguarda, estão propensas à corrupção e a uma gestão ruinosa. E, uma vez que os Órgãos da Administração Pública se encontram envolvidos e são parte activa no desenvolvimento económico nacional, os efeitos negativos de tal pratica tornam-se de facto responsáveis pelo atraso económico em que nos encontramos.
Paralelamente, e como consequência desta total desgovernação, a classe politica, os sucessivos governos, manifestam-se incapazes de tornar a Justiça célere e eficaz, a Saúde mais acessível, a Educação responsável e entrosada com o desenvolvimento sócio económico do País, para apenas falar destes três pilares do Estado Democrático.
Este último governo de Sócrates com as suas pseudo reformas, mais não faz do que esvaziar o balão do descontentamento reinante e da generalizada desconfiança dos políticos sentida por toda a sociedade.
Retoca o acessório mas mantêm toada a configuração do essencial, a lógica despesista mantendo e agravando o estado da corrupção institucionalizada no País; com os seus PRACE, SIMPLEX, PLANO TECNOLÒGICO ou BRICs.
Afinal o que mudou neste último ano?
Afinal o que mudou neste último ano?
...corruptos e incompetentes...
Fevereiro de 2006
Os lucros da Shell em 2005, foram superiores em 14 mil milhões de euros relativamente aos verificados em 2004 que foram de 5 mil milhões.A Galp irá ter em 2005 igualmente os maiores lucros de sempre.
O mesmo acontece com os bancos portugueses que, em 2004, arrecadaram os maiores lucros de que há memória.(Não creio que os empregados bancários tivessem em 2004 os maiores aumentos salariais de sempre).
Quando as famílias portuguesas sobrevivem com os mais baixos rendimentos dos últimos anos, a banca e as petrolíferas têm ganhos como nunca esperariam.
Algo está errado com esta sociedade.Os governos, o Estado Democrático, têm a obrigação de não permitir tamanhas desigualdades.Durão Barroso libertou as petrolíferas da fixação de preços máximos. O resultado está à vista. Sócrates deu como boa esta medida uma vez que não a alterou nem dá mostras de a querer alterar.
A nossa classe política não parece comover-se com a pobreza que afecta tantas famílias e continua a cobrir-se de privilégios.
É uma classe política corrupta e incompetente.
Releio o primeiro post do “classepolitica” e concluo que tal post não perdeu qualquer oportunidade, bem pelo contrário, mantêm-se e agravaram-se as denuncias nele enunciadas.
O “classepolitica” continuará nesta linha de rumo a bem do Estado Democrático e da Social-Democracia que perfilhamos.
Releio o primeiro post do “classepolitica” e concluo que tal post não perdeu qualquer oportunidade, bem pelo contrário, mantêm-se e agravaram-se as denuncias nele enunciadas.
O “classepolitica” continuará nesta linha de rumo a bem do Estado Democrático e da Social-Democracia que perfilhamos.
2 Comments:
Ruy, mudou pelo menos a capacidade de termos voz, embora num circulo semi restrito de pessoas. Mudou o facto de expressarmos as nossas indignações. De resto, infelizmente, não mudou nada. Mas cumpre-nos a obrigação de não desistir. Um grande abraço de parabéns. CC
Parabéns :-)
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