o "portugalprofundo" na procura da verdade
Na entrevista que Sócrates deu há pouco na RTP, entre muitas outras “explicações”,afirmou, só ter conhecido António José Morais, o tal professor que terá leccionado as tais quatro cadeiras na Universidade Independente, precisamente, apenas nas aulas dessas cadeiras na Universidade Independente e nunca antes.
Acontece que, quando Sócrates frequentou o ISEL, e segundo se pode ler no “portugalprofundo”:
Acontece que, quando Sócrates frequentou o ISEL, e segundo se pode ler no “portugalprofundo”:
António José Morais foi o professor da cadeira de Geologia e Geotecnia Aplicadas do 1.º semestre do 1.º ano do CESE em Engenharia Civil no perfil Transportes e Vias de Comunicação do ISEL em 1994/95 no ano em que José Sócrates foi aluno desse curso. Essa cadeira não teve outro docente. José Sócrates foi avaliado nessa cadeira e obteve 16 valores. António José Morais terá sido o seu professor nessa cadeira.
2 Comments:
Vivemos na era do vazio e o tipo de blogues que o sr. subscreve não reflecte outra coisa senão a necessidade de cada um preencher esse vazio - e, para isso, pelos vistos, vale tudo! Valem todos os atropelos. Sim, contrariamente ao sr. Caldeia, sou um admirador do actual PM.Votei nele não foi pelo facto facto de saber se era engenheiro ou licenciado ou se tinha este ou aquele grau académico, mas pela confiança que nele depostei e continuo ainda depositar. Da mesma maneira,certamente, que ainda ninguém perguntou ao Sr. António Caldeira (ao consutar o seu blogue) se tem apenas a instrução primária ou se é formado. Isso não é relavente. Senão atente bem nas palavras do bem mais suceido empresário português, o Eng.Belmiro de Azevedo(aliás, do licendiado em engenharia química), numa entrevista ao Expresso em 2001:
"Não é preciso um grau académico para ter sucesso quer na vida empresarial e até na vida política. Temos muitos exemplos de políticos na praça que não têm curso nenhum. E abundam muitos jovens que se inscrevem nos partidos, porque não têm emprego.Por iso é que o Parlamento fica cheio d epessoas que nunca trabalharam"
"Nunca se deve ficar pelo primeiro emprego.Se as pessoas querem evoluir,têm que se habituar à mudança de função, de sector, de empresa ou de um grupo económico, de departamento ou de área de negócio.
No primeiro emprego, "são doze meses a carregar sacos".Isto porque "o canudo" não dá direito a nada e ser "doutor"não é ser inteligente.Para chegar ao topo e manter-se nessa posição, há que começar a escalar desde a função mais básica.
Alicenciatura é apenas uma base para aprender a aprender e construir uma carreira.Mas não exclusivamente para a área em que a pessoa foi formada"
O país é de analfabetos (hoje ditos iletrados),onde se confundem alhos com bugalhos. A questão não é a de saber se o ministro tem habilitações académicas ou profissionais (em todo o caso, terá porventura alguma destas?,é a de saber se utilizou processos fraudulentos para exibir diplomas com que se apresenta publicamente a laurear a figura. Se eu, enquanto professor, aceitar que um aluno, mesmo a nível de ensino secundário, apresente para exame de avaliação um trabalho escrito em casa acompanhado de um cartão do papá a dizer que é presidente da Câmara, devo ser considerado um professor de mérito e excelência ou um indivíduo corrupto? Se eu, enquanto funcionário de uma câmara, apresentar um diploma de habilitações que me confere acesso a determinados cargos, sendo que tal diploma apresenta uma série de irregularidades,estarei sujeito a alguma penalidade ou devo ser promovido?
Convém ler a Constituição da República e o Código de Procedimento Administrativo acerca dos princípios que gerem a nossa vida pública: a democracia assenta em valores e princípios, caso contrário é o vale tudo para justificar os fins. Ou aqueles que governam estão acima destas pequenas coisinhas?
Por outras palavras: afinal o indício de fraude na carreira de um cidadão é irrelevante?Ou é apenas para alguns?
Fernando Oliveira
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