quarta-feira, outubro 17, 2007

Ferreira Leite – Miguel Frasquilho


No XXX Congresso do PSD, uma das rupturas estratégicas mais visíveis e assumidas por Filipe Menezes, face às anteriores posições defendidas por Marques Mendes, foi sem dúvida, a questão da diminuição dos impostos. Para o novo líder e para metade dos economistas militantes do PSD, com Manuela Ferreira Leite à cabeça, as finanças do País não estarão em condições de suportar um abaixamento de impostos. Para Marques Mendes e para a outra metade dos economistas conselheiros do líder agora apeado, tendo como primeira figura Miguel Frasquilho, o PSD deveria exigir uma imediata redução dos impostos.

Se as razões políticas apontadas por Manuela Ferreira Leite no Congresso, em defesa da sua posição – ao pedir-mos agora a redução de impostos estamos a transmitir ao eleitorado que o governo já terá feito um bom trabalho no combate ao Défice - contêm alguma razão de ser, não é menos verdade que adiar a diminuição de impostos sem uma palavra quanto ao futuro, quanto às medidas concretas que levem à redução dos impostos e que consubstanciem uma alternativa compreensível, também não trará nada de motivador para os portugueses.

De um lado, a desmotivação pelo “reconhecimento” do trabalho feito pelos socialistas, do outro a desmotivação dos eleitores pela não apresentação de uma alternativa exacta, credível e de ruptura com o passado. É que, sem a apresentação desta alternativa, os portugueses recordarão as medidas de combate ao Défice da ministra Ferreira Leite em anteriores governos PSD, com receitas semelhantes às agora usadas por Sócrates.

Uma e outra posição, sem a definição de uma clara alternativa de ruptura, tornam-se igualmente desmotivadoras.

Compreendo as razões de Miguel Frasquilho que justificam a sua proposta. Se os governos se tornam na prática incapazes de reduzir a Despesa Pública, então haverá necessidade de reduzir os impostos para “os forçar”, com um Orçamento mais magro, a reduzir a Despesa. Só que este raciocínio enferma de uma grande ingenuidade. Acredita que os governos colocados perante este problema aceitariam reduzir a Despesa sem antes recorrerem às receitas extraordinárias de todos os matizes – a primeira das quais seria a venda de património - que lhes permitiria continuar a lógica despesista em que sempre viveram. O sucesso de tal medida só aconteceria depois da alienação de todo o património do Estado, o que está ainda longe de acontecer.

A Manuela Ferreira Leite pede-se que explicite com clareza a definição de uma alternativa de ruptura que conduza, não de imediato mas no decorrer de uma legislatura de quatro anos, à diminuição dos impostos que atrofiam a nossa economia e o nosso desenvolvimento social.

Uma estratégia clara de combate ao Défice, que não comece no congelamento de salários da Função Pública, nos Cortes Sociais das populações (encerramento de escolas, centros de Saúde, maternidades, preços de medicamentos e taxas moderadoras) e acabe em aumento de impostos.

9 Comments:

Anonymous Anônimo said...

"Uma estratégia clara de combate ao Défice, que não comece no congelamento de salários da Função Pública, nos Cortes Sociais das populações"

... Concordo.Não começa aí...mas começa aonde? e.. já agora, onde acaba?

1:50 AM  
Blogger Carlos Sério said...

Caro nanda,
obrigado por nos ter visitado.
Creio que conhecerá este Blog desde há muito pouco tempo, dada a questão que colocou. Na verdade é um assunto que vem sendo tratado desde praticamente o início do Blog.
Queira fazer o favor de ler o Post colocado em 29 de julho último que responde creio bem, às interrogações que formulou. Seguiram-se outros Posts que aprofundaram o tema.
De qualquer modo, penso voltar ao assunto muito em breve, porque creio ser esta uma questão fundamental e que continua sem resposta adequada por parte dos políticos, economistas do "sistema" e dos partidos.

7:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olhe caro comentador.....Começa na fominha...e acaba na fominha....lá nisso já temos muitos séculos de experiência...e a malta gosta...por isso ....vira república e nesta várias viradelas e passamos a vida no vira...ele é do Minho...ele é do Algarve ...vira fandango...é um ver se vira....sempre a virar ....

...entretanto caro Blogger....vejo pelas suas análises que percebe destas coisas.....daí que talvez me possa aconselhar a melhor instituição para eu depositar as minhas dívidas....poderá aconselhar ??....coisa séria...claro está....

7:28 PM  
Anonymous Anônimo said...

Já agora há uma outra coisa que não vislumbro muito bem.......por todo e qualquer canto do quadrado nacional se ouve dizer que ....aí vão mais uns trezentos...mais uns mil e tal....enfim por atacado são uns bons milhares de pessoas que deixam as empresa ...o Estado diz que finalmente pela primeira vez.....sabe-se lá desde quando....a função pública baixa em efectivos...milhares e milhares.....

ora para onde vai esta gente...? O que vão fazer...? pelo que me parece isto era gente mais ou menos tesa ...de dinheiro e de capacidade....será que vão ser milhares de empreendedores comnovas empresas no sector da metalomecânica....dos transportes e dos texteis...e da banca ...ou mudam apenas de listagem das empresas para a da segurança social e passeantes pelos jardins ? ( os que passeiam....!

...ou estarei eu enganado e eles não estariam assim tão mal e passam a viver dos rendimentos.....ou.....a sua capacidade era afinal tanta que agora até vão entrar no mercado competindo com os cabeças (novos proletários )que por aí pululam das multinacionais !!!


Confesso que estes nossos economistas ainda não explicaram isso...ou então sou eu que já não apanho mais do que a primeira frase ....e mal....


....por enquanto anda tudo muito preocupado com a foto de família da cimeira Europa-África.....

.....vá lá aquele pessoal à falta de melhor podia ir para fotógrafo....

Caro Blogger....vou mas é comer uns camarões....com bier....e só não vou à festa de Munique porque não gosto de andar de avião....

8:04 PM  
Blogger Carlos Sério said...

Caro anonymous,
Eu nunca fui grande aconselhador, se quer que lhe diga. Mas pensando no seu caso, eu creio que a sacristia da igreja das Mercês será o melhor local para depositar as dívidas e as mágoas que por ventura elas lhe causem. Coisa mais séria que esta não haverá seguramente
Não aconselho a sacristia da nova catedral de Fátima, porque nem sempre deixam entrar os peregrinos. Aquilo ou está em experiência ou então o pagode tem os pés sujos.
E porque não, já agora, uma ida a pé a Fátima como promessa de melhor sorte?

9:27 PM  
Anonymous Anônimo said...

Obrigado...é isso mesmo..vou a pé a Fátima....

2:28 AM  
Anonymous Anônimo said...

Sabe que mais ....?...daquelas duas torneiras já não sai mais nada...se é que alguma vez saiu....é só ar o que vem lá de dentro.!!!!...aliás ....este País vive muito do vento....veja só o que prá í vai de moinhos por esses cabeços.....

...nós somos assim ....modas é connosco....

1:40 AM  
Blogger Karen said...

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5:08 AM  
Blogger Karen said...

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7:28 AM  

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