O figurino neoliberal
"Esta uniformização politica não distingue os social democratas dos democratas cristãos na Alemanha, nem os trabalhistas dos conservadores no Reino Unido, nem os populares dos socialistas em Espanha, nem os Prodis dos Berluskonis em Itália, nem os social democratas d os socialistas em Portugal. Todos usam o mesmo figurino político".
Este figurino é o chamado neoliberalismo. O seu fundamento ideológico reside em considerar o indivíduo como factor único e determinante no desenvolvimento das sociedades. O ser social não existe, é uma abstracção criada por esquerdistas e marxistas. Para tal doutrina apenas o ser individual faz girar o mundo. O individualismo é erguido ao seu mais elevado expoente. A solidariedade, fraternidade, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência, são conceitos riscados da cartilha neoliberal. Os cidadãos são vistos só e apenas como consumidores. Para o neoliberalismo os direitos do consumidor são mais importantes do que as liberdades democráticas.
O neoliberalismo representa um retrocesso Social e Politico e corresponde a um mundo desprovido de valores éticos.
Atribui à participação do Estado em políticas sociais a fonte de todos os males da situação económica, como o défice público, a fraca produtividade da economia, a inflação, a ineficiência dos serviços devido aos privilégios dos funcionários. Defende reformas na Administração Pública, fala em reengenharia do Estado para criar um "Estado mínimo", afirmando que sem essas reformas o país corre o risco de não ingressar na "nova ordem mundial". Contudo, ele apresenta-se como o paladino da Democracia, da distribuição da riqueza e da redução das desigualdades sociais, embora promova activamente o contrário.
Para o neoliberalismo “os homens não nascem iguais, nem tendem à igualdade. Logo, qualquer tentativa de suprimir a desigualdade é um ataque irracional à própria natureza das coisas. Deus ou a natureza dotou alguns com talento e inteligência mas foi avaro com os demais. Qualquer tentativa de justiça social torna-se inócua por que novas desigualdades fatalmente ressurgirão. A desigualdade é um estimulante que faz com que os mais talentosos desejem destacar-se e ascender ajudando dessa forma o progresso geral da sociedade. Tornar iguais os desiguais é contraproducente e conduz à estagnação. Segundo W. Blake: "A mesma lei para o leão e para o boi é opressão!". O seu lema: cada um por si e Deus por todos. As relações sociais resumem-se às relações de mercado. Tudo o resto são manifestações de indolência, parasitismo e comodismo. Os neoliberais odeiam as pessoas e veneram os consumidores. É uma sociedade sem rosto humano aquela que advogam.
Consideram como princípio, que a sociedade “é o cenário da competição, da concorrência. Se aceitamos a existência de vencedores, devemos também concluir que deve haver perdedores. A sociedade teatraliza em todas as instâncias a luta pela sobrevivência. Somente os fortes sobrevivem cabendo aos fracos conformarem-se com a exclusão natural. Esses, por sua vez, devem ser atendidos não pelo Estado, que estimula o parasitismo e a irresponsabilidade, mas pela caridade feita por associações e instituições privadas, que amenizam a vida dos infortunados. Qualquer política de assistência social mais intensa atira os pobres nos braços da preguiça e da inércia .Os ricos são a parte dinâmica da sociedade. Deles é que saem as iniciativas racionais de investimentos baseados em critérios lucrativos. Irrigam com seus capitais a sociedade inteira, assegurando sua prosperidade”.
O neoliberalismo mercantilzsa os serviços essenciais, como os sistemas de saúde e educação, fornecimento de água e energia, sem poupar a cultura que é reduzida a mero entretenimento e a arte que passa a valer, não pelo valor estético da obra, mas pela fama do artista.
As políticas neoliberais não têm conduzido ao proclamado crescimento económico reflectido na melhoria das condições de vida da população mas, ao contrário, têm fomentado e ampliado as desigualdades sociais, com o crescimento a ocorrer apenas para as minorias de mais altos rendimentos.
"Eu, enquanto homem, não existo somente como criatura individual mas me descubro membro de uma grande comunidade humana. Ela me dirige, corpo e alma, desde o nascimento até a morte, Meu valor consiste em reconhecê-lo. ( Albert Einstein)
Este figurino é o chamado neoliberalismo. O seu fundamento ideológico reside em considerar o indivíduo como factor único e determinante no desenvolvimento das sociedades. O ser social não existe, é uma abstracção criada por esquerdistas e marxistas. Para tal doutrina apenas o ser individual faz girar o mundo. O individualismo é erguido ao seu mais elevado expoente. A solidariedade, fraternidade, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência, são conceitos riscados da cartilha neoliberal. Os cidadãos são vistos só e apenas como consumidores. Para o neoliberalismo os direitos do consumidor são mais importantes do que as liberdades democráticas.
O neoliberalismo representa um retrocesso Social e Politico e corresponde a um mundo desprovido de valores éticos.
Atribui à participação do Estado em políticas sociais a fonte de todos os males da situação económica, como o défice público, a fraca produtividade da economia, a inflação, a ineficiência dos serviços devido aos privilégios dos funcionários. Defende reformas na Administração Pública, fala em reengenharia do Estado para criar um "Estado mínimo", afirmando que sem essas reformas o país corre o risco de não ingressar na "nova ordem mundial". Contudo, ele apresenta-se como o paladino da Democracia, da distribuição da riqueza e da redução das desigualdades sociais, embora promova activamente o contrário.
Para o neoliberalismo “os homens não nascem iguais, nem tendem à igualdade. Logo, qualquer tentativa de suprimir a desigualdade é um ataque irracional à própria natureza das coisas. Deus ou a natureza dotou alguns com talento e inteligência mas foi avaro com os demais. Qualquer tentativa de justiça social torna-se inócua por que novas desigualdades fatalmente ressurgirão. A desigualdade é um estimulante que faz com que os mais talentosos desejem destacar-se e ascender ajudando dessa forma o progresso geral da sociedade. Tornar iguais os desiguais é contraproducente e conduz à estagnação. Segundo W. Blake: "A mesma lei para o leão e para o boi é opressão!". O seu lema: cada um por si e Deus por todos. As relações sociais resumem-se às relações de mercado. Tudo o resto são manifestações de indolência, parasitismo e comodismo. Os neoliberais odeiam as pessoas e veneram os consumidores. É uma sociedade sem rosto humano aquela que advogam.
Consideram como princípio, que a sociedade “é o cenário da competição, da concorrência. Se aceitamos a existência de vencedores, devemos também concluir que deve haver perdedores. A sociedade teatraliza em todas as instâncias a luta pela sobrevivência. Somente os fortes sobrevivem cabendo aos fracos conformarem-se com a exclusão natural. Esses, por sua vez, devem ser atendidos não pelo Estado, que estimula o parasitismo e a irresponsabilidade, mas pela caridade feita por associações e instituições privadas, que amenizam a vida dos infortunados. Qualquer política de assistência social mais intensa atira os pobres nos braços da preguiça e da inércia .Os ricos são a parte dinâmica da sociedade. Deles é que saem as iniciativas racionais de investimentos baseados em critérios lucrativos. Irrigam com seus capitais a sociedade inteira, assegurando sua prosperidade”.
O neoliberalismo mercantilzsa os serviços essenciais, como os sistemas de saúde e educação, fornecimento de água e energia, sem poupar a cultura que é reduzida a mero entretenimento e a arte que passa a valer, não pelo valor estético da obra, mas pela fama do artista.
As políticas neoliberais não têm conduzido ao proclamado crescimento económico reflectido na melhoria das condições de vida da população mas, ao contrário, têm fomentado e ampliado as desigualdades sociais, com o crescimento a ocorrer apenas para as minorias de mais altos rendimentos.
"Eu, enquanto homem, não existo somente como criatura individual mas me descubro membro de uma grande comunidade humana. Ela me dirige, corpo e alma, desde o nascimento até a morte, Meu valor consiste em reconhecê-lo. ( Albert Einstein)
3 Comments:
" Deus ou a natureza dotou alguns com talento...."
....Pois.... só que entre estes alguns há alguns ...e dentre estes outros alguns....e dentre estes mesmos ...outros alguns...até à eliminação final...porque no final não há com que comparar...
...até lá andamos muito convencidos de que cada um de nós somos "alguns".....
......e então é vê-los....alegremente defendendo ideias em que nunca pensaram...e outros defendendo aquilo que o chefe do grupo diz para se defender....e o QUE É TRISTE É QUE VEMOS ISTO TODOS OS DIAS A ENTRAR-NOS EM CASA PELA TV....
....ou na autoestrada a ver a nova bomba que é melhor que a tua...porque tem mais dois cavalos e até anda pelas bermas...
Caramba...onde iremos parar...?
Caro Ruy a sua análise está perfeita
O neoliberalismo semeia a injustiça e as desigualdades e não poupa nem aqueles que, ilusoriamente, pensam que vêm a beneficiar com este modelo.Porque o individualismo mina os nossos alicerces e os nossos valores. Torna-nos egoístas, solitários e infelizes. Empurra-nos para uma luta insana que nos destrói mesmo quando sentimos o prazer da vitória.
Tenho andado ausente por motivo de saúde de familiares e amigos próximos. Porém agora que "regressei", tenho no Silêncio Culpado um texto em que me identifico (nome e rosto) fazendo cair o tabu do Silêncio.
O Einstein era um génio, e os defensores do neoliberalismo não passam de simples primitivos, que ainda defendem a lei da selva, onde prevalece o mais forte. Nunca souberam o que é viver em sociedade. A evolução não chegou àquelas mentes, e nunca lhes passou pela cabeça que tudo o que uns amealham a mais, pode fazer imensa falta a quem produz essas mesmas riqueza e que pode estar carenciado e que em breve começará a produzir menos.
Abraço do Zé
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