quarta-feira, janeiro 23, 2008

Ministro da Saúde mandou averiguar…

(imagem do wehavekaosingarden)
Um homem de 43 anos morreu ontem de madrugada, esvaído em sangue, na sequência de uma queda em sua casa em Castedo, concelho trasmontano de Alijó, e após o que a sua família diz ter sido uma espera de duas horas pela chegada da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Vila Real.
A casa de António Moreira fica a cerca de 50 quilómetros de Vila Real e a pouco mais de dez da sede do concelho, cujo Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do centro de saúde fechou no final de Dezembro. (cm)

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Já nem sabemos se devemos levar a sério ou ironizar embora as matérias seja de gravidade.
Creio que nem mesmo aos críticos mais acérrimos do sistema lhes passou pela cabeça que as coisas pudessem chegar ao estado em que estão e onde tudo está em causa, direitos, dignidades, solidariedades, sentimentos de humanismo básico. É difícil compreender que uma criatura que não anda propriamente a quatro patas não consiga admitir o mais elementar princípio de causalidade.
Circunstancialmente ontem, numa reunião de amigos, tive de levar com os Pró e Contras, embora confesse que achei alguma graça. E a principal graça esta no facto de ser da lei do tabaco que nós estávamos à espera para resolver os problemazitos que andam por ai e o mais importante, para convergir-mos com a Europa.
Gostei particularmente do sujeito de risco ao meio, que, Deus me perdou, parecia um caniche (se calhar não é caniche, mas é de uns que tem assim uma franja para a frente). O pobre do homem não conseguiu esclarecer nada, embora nunca se tivesse negado a isso, pelo contrário, o coitado fartou-se de dizer que ia esclarecer tudo. Quem o tramou foi o sujeito que estava ao lado dele e que vim a saber que era secretário de Estado (que é um título estranho para quem não quer Estado). Mula que nem abria boca a deixar o homem sozinho com aquela malandragem. Disseram-me que no fim lá disse qualquer coisa, assim, pois.
A pergunta que me ficou a mim próprio, não foi sobre o tabaco, que nem fumo, foi como é possível existirem personagens destas em lugares de responsabilidade na administração pública.
O grave é que estas personagens não são seres individuais, tira esta, põe-se outra e ficaria tudo resolvido. A personagem é já um ser colectivo, o tal miasma transmissor do gene de macaco O senhor de risco ao meio é só um aspecto visível dessa coisa que se propaga privilegiadamente através dos órgãos de comunicação oligarquicos, particularmente pela televisão que os implanta direitinhos no cérebro.
Escutem o que tenho agora para contar, mais um exemplo de como esta tudo miasmado.
Havia há muito tempo, no tempo do fascismo, um infantário agregado à Escola Francisco Arruda, ao Calvário, destinado prioritariamente aos filhos das professoras. Depois quando vieram outros tempos, já com a democracia bem estabelecida pensou-se que quem quisesse ter filhos era lá com eles, de resto, gente a mais já havia e pronto, zás, infantário para o caneco. Mas as mães quando se trata dos filhos não cruzam assim os braços, conseguem ficar no espaço, transformam aquilo numa Associação Infantário de Infância Chiquinha, alargam a frequência à comunidade envolvente, lutam, obtêm estatuto de utilidade pública abrindo as portas ao (eventual) mecenato. ( o que nunca aconteceu). Mas aquilo lá ia funcionando e muitíssimo bem, reconhecidos por todos, pais e avós (meu caso) os miúdos mesmo depois de saírem querem lá ir ver as educadoras. De súbito a fiscalização entre por ali e impõe em nome da convergência modificações. Obras para a esquerda, obras para a direita, empréstimo de dinheiro ao banco para as respectivas
Depois de tudo concluído resolveu-se que afinal era preciso convergir ainda mais. Mais obras, mais dinheiro, mais empréstimos. Enfim, estica daqui, estica dali, o subsídio que os Serviços Sociais do Ministério da Educação vinha concedendo, com ofício passado, foi suprimido. Imagine-se, porque os serviços mudaram de nome para Serviços Sociais da Administração Pública, que não tinha por isso nada a ver com os anteriores compromissos.
Digam-me se isto não é do miasma.
Finalmente para acabar, que eu hoje não me calo.
Um dia deste vi na rua esta cena. Um pai a tentar ter mão no filho ai de 7, 8 anos, que numa fúria tentava dar pontapés ao pai, atirava-se para o chão, enfim, uma birra em grande. Os passantes lá iam dizendo, se fosses meu filho ias ver, um até disso, levavas com o cinto que ficavas com as costas em carne viva. O pai lá fez das tripas coração e zás, bofetão romédio santo.
Se calhar isto aqui qualquer dia também vai é ao bofetão.

11:06 PM  
Anonymous Anônimo said...

Oh...caríssimo JOÃO...mas o que é que se há-de esperar se não um bom chapadão nas trombas desta cambada....

11:49 PM  
Anonymous Anônimo said...

Pronto...tudo tranquilo...o Homem já mandou averiguar......é preciso é averiguar.....ou então fazer um inquérito....

11:54 PM  
Blogger Rui Freitas said...

Caro Amigo Ruy,
Se o assunto não fosse tão sério, até eu ironizava, perguntando: porque não criar uma "comissão"... daquelas "encomendadas" e cujas "conclusões" são sempre favoráveis a quem as "encomenda"?
Mas é sério, muito sério e, como já diziam os meus avós... Com a saúde não se brinca!
Ninguém discordará que é benéfico e útil controlar os gastos supérfluos, reorganizar alguns serviços públicos... À custa da Saúde pública, com risco para os utentes (sempre os menos favorecidos...), isso é que NÃO!
Quanto vale uma Vida? Menos do que o salário de um Médico ou Enfermeiro?
Sr. Ministro: TENHA VERGONHA! DEMITA-SE!

1:26 AM  
Blogger José Lopes said...

Este senhor ministro já é correntemente apelidado de "Coveiro do SNS". Ninguém já acredita nas suas palavras, nem nas suas "boas intenções", o que começa a ser afitivo é que José Sócrates ainda não o tenha percebido. Com a Saúde não se pode brincar, nem é permitido fazer experiências como se faz noutros sectores, como a Educação, aqui há vidas em jogo.
Cumps

4:47 PM  
Anonymous Anônimo said...

CONCORDO

JOSÉ

6:48 PM  

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