Cadeias libertam 1280 presos
Animado pelas estatísticas sobre crimes violentos que, segundo o governo, se apresentam com valores menores aos do ano anterior e que foram publicitadas logo após as seis mortes violentas verificadas na última semana, as cadeias libertam 1280 presos (segundo noticia do cm).
Tudo pela redução das despesas, pela redução do Défice, presumo eu. Menos presos, menos despesas públicas.
Aos governantes, aos gestores dos múltiplos órgãos do Estado, à nossa classe politica, que vive em condomínios com segurança à porta, que não andam pelas ruas nem se deslocam nos transportes públicos, pouco lhes importa que a criminalidade violenta desça ou cresça. Resguardam-se dela e como tal o problema passa-lhes ao lado.
Do cidadão comum, esperam os governantes e a classe politica em geral que, pelos mais elevados “interesses nacionais” (que não são outra coisa que a manutenção dos seus obscenos privilégios), serena e passivamente, continue a suportar todos os sacrifícios por eles impostos.
Mas para tentar atenuar o impacto das seis mortes violentas apenas numa única semana, o governo paralelamente à publicitação das estatísticas fez anunciar também o aumento de efectivos da GNR e da PSP.
Ora o combate à criminalidade violenta, às redes poderosas de tráfico de drogas e banditismo organizado responsáveis por estes crimes violentos, não se faz com polícias de giro. Exige complexas investigações e meios sofisticados que só estarão ao alcance da Polícia Judiciária. E, relativamente à Polícia Judiciária, o que temos assistido por parte deste governo de Sócrates, tem sido uma política de propositada limitação dos seus meios e competências. Desde as limitações impostas à investigação criminal (e também ao Ministério Público), à coordenação superior por parte do primeiro-ministro das investigações policiais, à definição das “prioridades” de investigação pela Assembleia da Republica, à tentativa ainda não descartada da criação de um tribunal penal especial para políticos (casos especiais), ao asfixiamento financeiro da PJ e à instabilidade criada a qualquer pretexto nesta polícia, são medidas concertadas altamente gravosas das acções de investigação que acabam no novo código de processo penal com limitação das escutas telefónicas e da prisão preventiva.
Politicas irresponsáveis que só poderão ter uma consequência lógica – o aumento da criminalidade violenta.
Tudo pela redução das despesas, pela redução do Défice, presumo eu. Menos presos, menos despesas públicas.
Aos governantes, aos gestores dos múltiplos órgãos do Estado, à nossa classe politica, que vive em condomínios com segurança à porta, que não andam pelas ruas nem se deslocam nos transportes públicos, pouco lhes importa que a criminalidade violenta desça ou cresça. Resguardam-se dela e como tal o problema passa-lhes ao lado.
Do cidadão comum, esperam os governantes e a classe politica em geral que, pelos mais elevados “interesses nacionais” (que não são outra coisa que a manutenção dos seus obscenos privilégios), serena e passivamente, continue a suportar todos os sacrifícios por eles impostos.
Mas para tentar atenuar o impacto das seis mortes violentas apenas numa única semana, o governo paralelamente à publicitação das estatísticas fez anunciar também o aumento de efectivos da GNR e da PSP.
Ora o combate à criminalidade violenta, às redes poderosas de tráfico de drogas e banditismo organizado responsáveis por estes crimes violentos, não se faz com polícias de giro. Exige complexas investigações e meios sofisticados que só estarão ao alcance da Polícia Judiciária. E, relativamente à Polícia Judiciária, o que temos assistido por parte deste governo de Sócrates, tem sido uma política de propositada limitação dos seus meios e competências. Desde as limitações impostas à investigação criminal (e também ao Ministério Público), à coordenação superior por parte do primeiro-ministro das investigações policiais, à definição das “prioridades” de investigação pela Assembleia da Republica, à tentativa ainda não descartada da criação de um tribunal penal especial para políticos (casos especiais), ao asfixiamento financeiro da PJ e à instabilidade criada a qualquer pretexto nesta polícia, são medidas concertadas altamente gravosas das acções de investigação que acabam no novo código de processo penal com limitação das escutas telefónicas e da prisão preventiva.
Politicas irresponsáveis que só poderão ter uma consequência lógica – o aumento da criminalidade violenta.
13 Comments:
Boas...
Muito gosta este governo de aumentar as estatisiticas.
Pena é que somente o faça para dignificar coisas ou assuntos que ferem a realidade portuguesa.
Com certeza que o aumento do crime será a consequência desse facto.E também já estou a ve-los dizer que não haverá alarmismos com este assunto.
Pudera quem vive no "mundo real" somos nós.
abr...prof...
Ora...ora...atão nam se vê que até dá gosto andar por aí ....de dia.... de tarde .....e de noite.....nas calmas...pelas ruas...pelos parques...pelas praças....não acontece nada....
......claro que há por aí uns tipos que levam uns balázios...mas o que é isso comparado com a guerra do Vietname...que já lá vai....e até era de libertação....
Porra...que vocês são cá uns cagarolas....façam como os tipos cheios de coragem...sempre a tomar medidas corajosas.....
...até dá gosto....
É só gente corajosa.....
Olhe amigo...eu então que tenho que ir jantar com uns amigos esta noite...nem sei como hei-de fazer....não sei se chame a PSP para escolta ( que vai ter carreiras de tiro....e pistolas e espingardas eléctricas)....ou se vá sòzinho.....
O mais seguro ...talvez ...penso eu....é pendurar as estatísticas da criminalidade ao pescoço e ir...e beber uns copos até ficar a rir disto tudo....
....e se levar um shot pelo menos é moderno ....mas não é tiro....não entra na estatística...!?
Porque será que ...com tanto Sol.... a gente teima em ser uns tristes....?
Enquanto uns tantos vão desta para melhor.....carregados de chumbo....e outros ficam sem saber se serão os próximos....a ser atacados por algum PIBULL durante o seu jogging matinal no passeio carregado de carros estacionados aproveitando a sombra das árvores ali plantadas ....
......dizia eu ....
.......enquanto isto tudo....os nossos responsáveis discutem se afinal a Polícia A tem mais autonomia que a Polícia B ...e que .....claro....está bem de ver isto agora é crime importado...por isso ....se calhar terá de se registar primeiro e colectar nas Finanças ( depois de claro está...ficar bem definida a respectiva Repartição....) para então podermos actuar...
...até lá não há estatística para ninguém....
.....a gente vai à Baixa, por ex.º e logo vê.....se chove ....ou não !!!!!
Já houve quem lhe camasse a "obsessão exciva do défice", mas penso que está aliada à inconsciência, devida ao afastamento da realidade do quotidiano do cidadão comum, e muita, mesmo muita arrogância. A insegurança é uma realidade e nem era preciso serem os próprios agentes da Judiciária a dizê-lo, nós já a sentimos.
Abraço do Zé
Oh.!...Oh! ....então querem lá ver que há aí uma ministra que diz que nesta coisa dos professores há um aproveitamento político...?
Naaaammm.....nãm acredito....
....ou será que também antes do 25 A lá para os lados do estádio Universitário...também havia aproveitamentoi político...??
Então não eram só umas marretadazitas na cabeça do pessoal....?
...estou eu com os copos.... ou está tudo maluco...??!
Estou na dúvida....é que não sei se vá até à Avenida da Liberdade..... ou lá para cima até ao salão da reunião de professores lá para o norte...
...caramba.!!..há gajada que não percebe nem à porrada....
...pois não !!!....andaram sempre a mostrar as costas à políca....
Caro Blogger.....ajude-me ....eu sei que o déficit fica logo abaixo dos 3%....mas quantos por cento custará esta coisa dos professores ...nos próximos dez anos..?
Gostaria que pudesse convidar qualquer dos nosssos comentadores economistas do costume para nos ensinarem....
Lá se vai o déficit...veja o que o Governo fez...!!!
Caro Blogger...se por acaso vir alguém com algum problema de carjacking não se atrapalhe...diga aos carjckistas que o senhor não é nenhuma estatística ....e eles que vão mas é atacar a estatística.....
Ouvi num debate um comentador dizer que a propósito da violência o problema não é de polícia mas é político...
....e com diabo...faz-me lembrar certos tempos em que cada um entendia que uma guerra qualquer lá por Àfrica em que nóa andàmos em jeito de passeantes ( segundo alguns....) era um problema militar....ou ....antes era um problema político...
....bom alguém se lembra como é que acabou....?
Este governo é especialista em manipular estatísticas mas a realidade com que nos confrontamos no nosso dia a dia não é nada animadora.
O governo governa para reduzir custos, à custa de quê não importa desde que reduza.
Preocupante a situação relatada neste post.
Um abraço
Hoje ...para mim foi um fartote de assistir a debates....e....
...caro Blogger....
...cada vez me convenço mais de que a culpa da miséria nacional está simplesmente no facto de o País ter que seguir pela TV meia dúzia de catitas....de micro cultura que falam sobre tudo e que não tem vergonha nenhuma das asneiras que dizem ....e do que falam sem dizerem nada.....
...Isto está mau...pior do que a gente pensa....
Postar um comentário
<< Home