sexta-feira, maio 16, 2008

o sócrates e a economia


O primeiro-ministro, José Sócrates, considera que os próximos trimestres vão ser melhores do que os primeiros três meses do ano no que respeita ao crescimento económico (noticia o jornal de negócios).

E assim, ou talvez não, face a esta previsão “optimista” de Sócrates, o Governo reviu esta quinta-feira em baixa a previsão de crescimento económico para este ano (PIB), que passou a fixar em 1,5 por cento, contra a anterior estimativa de 2,2 por cento. (Segundo o INE, a economia portuguesa registou um abrandamento no primeiro trimestre do ano, apresentando um crescimento real de 0,9 por cento em termos homólogos, comparativamente com igual período do ano anterior, menos 0,8 pontos percentuais do que o valor apurado no trimestre anterior).

Ainda há menos de um mês, o governo lançava grande foguetório, publicitando que “finalmente Portugal conseguia convergência com a Europa depois de anos de divergência”.
Afinal, tudo não passou de mais uma miragem. A Europa cresce 0,7% (dados do Eurostat) enquanto Portugal decresce 0,8% relativamente ao trimestre anterior. Divergimos portanto 1,5%. É obra. Por enquanto.

Esta falta de rigor e de previsão é de bradar aos céus. Revela um completo desnorte sobre a evolução, infelizmente desastrosa, da economia.
O governo navega ao sabor da corrente, completamente à deriva, sem qualquer controlo da economia nacional. Não questiona as causas estruturais que condicionam este seu resvalar contínuo. Reage avulso, ao sabor das estatísticas. Ora com grandes euforias, ora com grande desânimo.

(Face à previsão do governo para 2008 de um crescimento económico de 2,2%, as previsões do FMI não vão além de 1,3 % e as da Comissão Europeia apontam para 1,7%. Teixeira dos Santos fixou agora o valor em 1,5%, o valor médio destes dois, ainda que há menos de um mês jurasse a pés juntos que o crescimento seria de 2,2%).

Depois vem a desculpa esfarrapada de que a crise é internacional. Pois, só que no bloco económico onde nos encontramos, na União Europeia, que vive naturalmente a mesma crise internacional que nós, o crescimento médio foi neste primeiro trimestre face ao precedente, de mais 0,7%, enquanto que em Portugal, no mesmo período, o decréscimo foi de 0,8%.

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Portugal sempre à frente....

7:25 PM  
Blogger Carlos Sério said...

Copmeti um erro que aqui rectifico. O decréscimo do PIB em Portugal do primeiro trimestre de 2008 face ao trimestre precedente foi de menos 0,2% e não de 0,7% como por engano enunciei. Assim a divergencia face à UE foi de 0,9% e não de 1,5%. As minhas desculpas.

9:51 PM  
Blogger Zé Povinho said...

Eles têm razão, Portugal está convergir... para o abismo!
Abraço do Zé

11:41 PM  
Anonymous Anônimo said...

Estive a ver um programa de TV..onde como de costume é só sabedores, gestores de alto gabarito e camisa de seda.... e outros viventes na estratosfera....e lá iam dizendo....que isto de petróleo barato ....e preços da comida baratos...é chão que deu uvas ...e mais ....o aumento dos prêços até têm um efeito benéfico que nos obriga a ser engenhosos para sermos capazes de nos reconverter....


....bom eu por mim tudo bem...( que sou um tipo abonado.....e até acho uma valente chatice esta coisa de ao fim do dia ter de andar a fazer gincana entre o montão de automóveis na segunda circular e outras que nem são circulares.......para chegar a casa...ou ir a um restaurante e ter de estar na bicha,,,)


....mas agora como é que os tais não sei quantos milhões de pessoal que ganhando menos de quarenta contos por mês nem têm já dinheiro para comer...como é que encaram aquela conversa da reconversão....daquela gente bem colocada e professoral ( sem alunos ) falando do alto do pedestal....?

Estamos lixados com estes tipos que ganham milhões por mês....

E esta que tal.??..nem no Leste.(antigo)...

12:24 AM  
Anonymous Anônimo said...

Caro Blogger...sei que é uma pessoa instruida .....o que seria se o pitrol passasse a ser pago em euros no mercadito livre internacional...??

12:27 AM  
Anonymous Anônimo said...

O SIMPLEX foi efecuado com o pretexto de que através da redução da burocracia se anulassem as correspondentes perdas para as empresas caluculadas por mediáticos especialistas em 3% do PIB.De acordo com o Governo o processo está concluído.Por outro lado a alegada reforma da administração pública,alegadamente fundamental para a explosão do PIB,também está em conclusão o que incluiu a acentuadaredução do crescimento de salários e pensões, via congelamento de promoções e indexação de salários á inflação.Mas afinal os efeitos no PIB são nulos..Porque as verbas poupadas e parte dos impostos foram desviadas para o aumento sistemático e ás vezes controverso do social.E também para o pagamento dos novos submarinos,autênticos tubarões de despesa, despesa que vai comprometer o País por vinte anos, por serem necessárias amortizações e também o pagamento do exclusivo dos dispendiosos contratos de manutenção....A seguir vem a caminho uma série de caríssimas obras públicas que serão elefantes brancos,o que já faz a classe política ter maior apetência pelos lugares na Administração das empresas empreiteiras!
È assim a «classe polìtica» que temos e respectivos cães e lacaios, vulgo clientes...

VL

4:13 AM  

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