A INSUSTENTABILIDADE DO CAPITALISMO NEOLIBERAL
Na verdade no actual estágio do sistema capitalista verifica-se que embora ele represente um bom instrumento de organização da produção, constata-se que não sabe distribuir, organiza muito precariamente a absorção produtiva dos recursos humanos, e desvia para actividades especulativas a já precária poupança da população.
O essencial é que o ciclo de reprodução social exige não só a produção, mas também a distribuição para que haja consumidores, e os empregos para que haja massa salarial e um mínimo de estabilidade social e política. Essencial também é o financiamento dos produtores, viabilizando os investimentos e as transformações estruturais de médio e longo prazo, a chamada construção da economia.
Estas três grandes fragilidades do sistema liberal, nos planos da distribuição, do emprego e de recursos, viram-se dramaticamente agravadas nos últimos anos.
No plano da distribuição, frente aos dramas do desemprego e subconsumo dos anos 30, Keynes mostrou que frentes de trabalho e apoio financeiro aos desempregados, gerando uma massa salarial e maior capacidade de compra, dinamizaria o mercado, provocando uma recuperação da conjuntura capitalista via procura. Em outros termos, Keynes demonstrou aos ricos que a miséria é ruim para os ricos, e não apenas para os pobres. No entanto, o sistema proposto supunha uma forte capacidade de Estado, que cobraria impostos das empresas para financiar a redistribuição e a dinamização económica. Hoje, com a globalização, qualquer reforço de impostos leva as empresas a emigrar para regiões onde se produz mais barato. Em outros termos, a economia se globalizou, enquanto os instrumentos de política económica, essenciais para uma política keynesiana, continuam sendo nacionais, e portanto de efectividade cada vez mais limitada. Como não há governo mundial, que possa retomar o mecanismo já no nível planetário, regrediram as políticas de redistribuição, e voltamos a um capitalismo selvagem próximo do antigo liberalismo: o neoliberalismo.
No plano do emprego, as transformações recentes são igualmente profundas, na medida em que a revolução tecnológica gera uma redução absoluta do nível de emprego. Estima-se hoje que, em média, um crescimento de 5% ao ano seria necessário para manter o emprego no nível existente A simultânea redução do ritmo do crescimento económico e da capacidade de criação de emprego das unidades produtivas, leva a uma situação que se acentua, ano após ano, de redução do emprego.
Em termos de recursos, as tendências recentes, com a globalização financeira, tornaram a situação particularmente dramática, na medida em que se retiram recursos da área dos investimentos produtivos e se transferem para a especulação financeira.
O essencial é que o ciclo de reprodução social exige não só a produção, mas também a distribuição para que haja consumidores, e os empregos para que haja massa salarial e um mínimo de estabilidade social e política. Essencial também é o financiamento dos produtores, viabilizando os investimentos e as transformações estruturais de médio e longo prazo, a chamada construção da economia.
Estas três grandes fragilidades do sistema liberal, nos planos da distribuição, do emprego e de recursos, viram-se dramaticamente agravadas nos últimos anos.
No plano da distribuição, frente aos dramas do desemprego e subconsumo dos anos 30, Keynes mostrou que frentes de trabalho e apoio financeiro aos desempregados, gerando uma massa salarial e maior capacidade de compra, dinamizaria o mercado, provocando uma recuperação da conjuntura capitalista via procura. Em outros termos, Keynes demonstrou aos ricos que a miséria é ruim para os ricos, e não apenas para os pobres. No entanto, o sistema proposto supunha uma forte capacidade de Estado, que cobraria impostos das empresas para financiar a redistribuição e a dinamização económica. Hoje, com a globalização, qualquer reforço de impostos leva as empresas a emigrar para regiões onde se produz mais barato. Em outros termos, a economia se globalizou, enquanto os instrumentos de política económica, essenciais para uma política keynesiana, continuam sendo nacionais, e portanto de efectividade cada vez mais limitada. Como não há governo mundial, que possa retomar o mecanismo já no nível planetário, regrediram as políticas de redistribuição, e voltamos a um capitalismo selvagem próximo do antigo liberalismo: o neoliberalismo.
No plano do emprego, as transformações recentes são igualmente profundas, na medida em que a revolução tecnológica gera uma redução absoluta do nível de emprego. Estima-se hoje que, em média, um crescimento de 5% ao ano seria necessário para manter o emprego no nível existente A simultânea redução do ritmo do crescimento económico e da capacidade de criação de emprego das unidades produtivas, leva a uma situação que se acentua, ano após ano, de redução do emprego.
Em termos de recursos, as tendências recentes, com a globalização financeira, tornaram a situação particularmente dramática, na medida em que se retiram recursos da área dos investimentos produtivos e se transferem para a especulação financeira.
6 Comments:
Eu bem me parecia que a rapaziada o que queria era umas reuniõzitas em fim de semana...com chegada em Super Jact Aviation Private...com carradas de seguranças....secretariado...e...telélé...sempre ligados e.... todos a tocar ao mesmo tempo....sem serem atendidos....( para parecer importante ...) uns croquettes no intervalo e ....foto de família.....
....estas coisas sérias nunca se resolveram com turismo....
...e agora quem paga estes Tours...?
Já não sei o que pedir aos Players do petróleo.....se sobem o dito sobem os prêços da gasolina....se descem aquele sobe a gasolina....
....já me parece a nossa posição na UE...sempre a servir à mesa...!!!
Por falar em crise que por aí anda ...só peço que a mesma se esqueça das moedas....
Já agora...pensando....
.......se os Bancos estão de pendura...porque é que se não deixam como estão...fazem-se outros ao lado, com único accionista o Estado, por exemplo.......compram os activos e passivos daqueles ....e pronto...situação regularizada...( o pessoal logo se vê....transita....)
...e até pode ser tudo feito na "empresa na hora"....é só virem cá ao Burgo.... ver como é que se trabalha...
Anda tudo agora a estudar como é que os Bancos funcionam....
....o pior é que ninguém sabe como é que se plantam batatas....e há quem pense que o arroz nasce nas prateleiras do supermercado.....mesmo ao lado do yougurte...com pêssego....
Não tardará muito e lá voltamos nós a ver a lataria toda nas autoestradas....de tipos com pneus lisos...a 40 Kms à hora.....portas a cair...carregados de gaiolas com galinhas e sacos de couves e nabos.... da terra....espelhos retrovisores riscados...e carros parados nas bermas .....com 25 tostões de gasolina nos depósitos...
Que raio de azar...!?
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