O PSICOPATA
Os indivíduos com traços psicopáticos são pessoas que agem somente em benefício próprio, não importando os meios utilizados para alcançar o seu objectivo. Além disso, são desprovidos do sentimento de culpa e dificilmente estabelecem laços afectivos com alguma pessoa — quando o fazem, é simplesmente por puro interesse.
Os psicopatas geralmente falam muito, expressam-se com encanto, têm respostas espertas e contam histórias — muito improváveis, mas convincentes — que lhes deixam em uma boa situação perante as pessoas. Não obstante, o observador atento vê que eles são muito superficiais e nada sinceros, como se estivessem lendo mecanicamente um texto.
Falam de coisas atractivas para as quais não têm preparação como poesia, literatura, sociologia ou filosofia. Não lhes importa ficar evidente que suas histórias são falsas, algo que nem sempre é fácil acontecer, considerando o desembaraço e a imaginação com que empreendem os seus relatos.
O psicopata tem uma auto-estima muito elevada, um grande narcisismo, um egocentrismo fora do comum e uma sensação omnipresente de que tudo lhe é permitido. Ou seja, sente-se o ‘centro do universo’ e se crê um ser superior regido por suas próprias normas. É compreensível que, com tal percepção de si mesmo, pareça diante do observador como altamente arrogante, dominante e muito seguro de tudo o que diz. Fica evidente que ele procura controlar os outros e parece incapaz de compreender que haja pessoas com opinião.
Mentir, enganar e manipular são talentos naturais para o psicopata. Quando é demonstrado o seu embuste, não se embaraça; simplesmente muda a sua história ou distorce os factos para que se encaixem de novo.
Na realidade, os psicopatas usam metáforas, já que, em seu comportamento enganoso e manipulador, a linguagem florida e figurativa joga uma parte importante.
É inquestionável a habilidade que têm os psicopatas de se rodear de pessoas sem escrúpulos, que lhes facilitam realizar suas ambições.
A característica do psicopata é não demonstrar remorso algum, nem vergonha, quando elabora uma situação que ao resto dos mortais causaria espanto.
Trechos de “O psicopata — Um camaleão na sociedade actual” (ed. Paulinas, 2005), do espanhol Vicente Garrido, tradução de Juliana Teixeira
Trechos de “O psicopata — Um camaleão na sociedade actual” (ed. Paulinas, 2005), do espanhol Vicente Garrido, tradução de Juliana Teixeira
1 Comments:
Este perfil é frequente entre os dirigentes da Administração, em especial na local:manipulam os eleitos pela adulação e pelas técnicas da sabotagem encoberta.Gerem o seus informais «assessores» de imagem, os protegidos «cães e lacaios», com ouvidos e olhos nos corredores, paredes, telefones e servers.Perseguem implacavelmente de um modo indirecto, os críticos e possíveis rivais.Com espinha de borracha(até na mímica, na linguagem e no atavio) estão sempre á tona com qualquer maioria política, com qualquer Vereador!E mesmo se com maus resultados no serviço, dão sempre a volta perante os eleitos, apontando falsos culpados e circunstâncias.O que está facilitado, porque os eleitos saem em cada dois anos e quando em funções tudo o que é «gestão trivial» delegam nos dirigentes do funcionalismo e nos assessores do seu gabinete. Ficando apenas com a «política», o que faz matraquear sem descanso o seu telemóvel e os satura com prolongadas e múltiplas reuniões.Mas assim,ás vezes entalam-se!
VL
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