quinta-feira, setembro 03, 2009

MEDO! MEDO! MEDO! FREEPORT! FREEPORT! FREEPORT!


A Administração da TVI deu ordens para cancelar o Jornal Nacional de Sexta, que marcava amanhã o regresso de Manuela Moura Guedes aos écrans da televisão da Mediacapital. A notícia levou à demissão em bloco da Direcção de informação e das chefias na redacção da TVI. De acordo com o comunicado da Mediacapital enviado para a CMVM, João Maia Abreu, Director de informação, mantém-se interinamente em funções até à nomeação de nova direcção, o que pode acontecer já amanhã. Mário Moura, Manuela Moura Guedes, director-adjunto e sub-directora, e Maria João Figueiredo e António Prata, chefes de redacção, cessam funções de imediato.A edição de amanhã do Jornal Nacional de Sexta seria a primeira da era pós-Moniz. O Jornal de Sexta de amanhã iria contar com cinco peças sobre o caso Freeport, no qual José Sócrates foi envolvido.
Manuela Moura Guedes, estava de qualquer forma convicta de que amanhã iria apresentar o jornal, tanto que disse, ainda hoje ao DN que "só se fossem muito estúpidos é que me tiravam do ar".
A 20 de Junho, antes de partir para férias, Manuela Moura Guedes dizia: "Seria muito estranho, e um erro de gestão, tirar do ar um programa
líder de audiências, numa televisão cujo negócio são as audiências".

Manuela Moura Guedes comentou já que "nada fazia adivinhar este desfecho". Esta manhã foi conhecida a decisão da administração da TVI de cancelar o Jornal de Sexta. A direcção e chefes de redacção demitiram-se em bloco.
A explicação de Manuela Moura Guedes, em declarações ao Público e ao Sol, surge acompanhada da informação de que a
TVI tem pronto um conjunto de novos trabalhos sobre o caso Freeport.
?Temos pronta uma peça sobre o Freeport, com dados novos e, como sempre, documentados?, disse a jornalista ao Público.

A equipa redactorial que trabalhava para o Jornal Nacional de sexta-feira da TVI tem a intenção de manter as peças jornalísticas que estavam preparadas. Entre as investigações realizadas nas duas últimas semanas contam-se pelo menos duas peças sobre o Caso Freeport. "São peças comprometedoras para o primeiro-ministro", assegurou à VISÃO um jornalista que trabalha na equipa do Jornal Nacional de sexta.
A decisão de suspender a emissão do Jornal habitualmente apresentado por Manuela Moura Guedes partiu do proprietário da TVI, o grupo espanhol Prisa. No seguimento dessa decisão, toda a direcção da TVI se demitiu. A mesma fonte, que não pode ser identificada, assegurou que os alinhamentos do telejornal eram mantidos secretos pela equipa redactorial e que, se foi essa a razão para a sua suspensão, os conteúdos foram "espiados".

“E agora quem nos conta as coisas ?"
"O senhor não tinha o direito de deixar a TVI!" Estas foram duas das muitas interpelações de que fui alvo na rua, por gente anónima, depois de abandonar o cargo de Director-Geral da TVI. Mais do que sensibilizado, fiquei surpreso pelas abordagens e por aquilo que lhes estava subjacente. Adquiri a noção de que, ao longo de quase onze anos, se estabeleceu uma relação de confiança entre a TVI e os espectadores muito mais forte do que aquilo que eu, alguma vez, poderia supor. Esse elo de confiança, a partir de ontem, quebrou-se, com consequências, para a estação que não consigo descortinar.
O que está a acontecer é mau, muito mau, para a democracia portuguesa e deve fazer-nos pensar. Neste momento, reflicto sobre uma nota que me cai em cima da secretária dizendo que um ministro deste Governo está escandalizado e que vai pedir explicações à Administração da TVI. Se o cinismo pagasse imposto certamente teríamos um alívio substancial no défice das contas públicas...

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Coitadinha como é que ela agora vai pagar as contas das operações plásticas.

8:21 AM  
Anonymous Anônimo said...

lollll, com os 3 milhões do marido que a prazo devem dar para pagar muitas plásticas. Sem mencionar as possibilidades que oferecem os off-shores...

4:32 PM  

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