terça-feira, julho 07, 2015

pesadelo económico sem fim


“Acabamos de ver a Grécia enfrentar uma campanha verdadeiramente vil de intimidação, uma tentativa de assustar o povo grego, e não só para que aceitasse as exigências dos credores, mas também para que se livrasse do seu governo.
Foi um momento vergonhoso na história da Europa moderna, e teria aberto um precedente realmente tenebroso se tivesse sido bem sucedido.

A verdade é que os auto denominados tecnocratas europeus são como os médicos medievais que insistem em sangrar os seus pacientes – e quando o seu tratamento degrada a saúde dos doentes, exigem ainda mais sangramento”.

Um voto 'sim' na Grécia teria condenado o país a mais anos de sofrimento sob políticas que não resultaram e que, na realidade, dada a aritmética, não podem resultar: a austeridade provavelmente encolhe a economia mais depressa do que reduz a dívida, pelo que todo o sofrimento não tem qualquer propósito.

A menos que a Grécia usufrua efectivamente de um importante alívio da dívida, e, possivelmente, mesmo assim, deixar o euro oferece a única rota de fuga plausível do seu pesadelo económico sem fim”.
Paul Krugman (The New York Times)