pesadelo económico sem fim
“Acabamos de ver a Grécia enfrentar
uma campanha verdadeiramente vil de intimidação, uma tentativa de assustar o
povo grego, e não só para que aceitasse as exigências dos credores, mas também
para que se livrasse do seu governo.
Foi um momento vergonhoso na
história da Europa moderna, e teria aberto um precedente realmente tenebroso se
tivesse sido bem sucedido.A verdade é que os auto denominados tecnocratas europeus são como os médicos medievais que insistem em sangrar os seus pacientes – e quando o seu tratamento degrada a saúde dos doentes, exigem ainda mais sangramento”.
Um voto 'sim' na Grécia teria condenado o país a mais anos de sofrimento sob políticas que não resultaram e que, na realidade, dada a aritmética, não podem resultar: a austeridade provavelmente encolhe a economia mais depressa do que reduz a dívida, pelo que todo o sofrimento não tem qualquer propósito.
A menos que a Grécia usufrua efectivamente
de um importante alívio da dívida, e, possivelmente, mesmo assim, deixar o euro
oferece a única rota de fuga plausível do seu pesadelo económico sem fim”.
Paul Krugman (The New York Times)
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