o encerramento dos consulados

Milhares de portugueses, desfilaram ontem no centro de Paris, pela primeira vez, contra o encerramento de quatro consulados em França, medida aprovada em conselho de ministros na última quinta-feira. Estes emigrantes irão ser obrigados agora a percorrer 600 quilómetros (ida e volta a Paris).

Em vez de cultivar e criar as melhores condições possíveis aos emigrantes nos seus contactos com o País Natal, o governo, com a mesma insensatez e falta de sensibilidade que vem demonstrado com os dossiers mais delicados, de modo rude e desabrido, encerra consulados por esse mundo fora como encerra esta ou aquela escola primária no interior do País.
Para o governo do senhor Sócrates, encerrar consulados, escolas, maternidades, urgências ou postos da GNR é tudo igual, nesta fúria estúpida e assassina de diminuir despesas à custa de piores serviços.

Nos jornais de hoje, pode ler-se que “haverá mais factores que explicam o "tamanho" do défice externo. As remessas dos nossos emigrantes são cada vez mais pequenas”.
E é neste contexto, que a estupidez do governo acelera este processo de distanciamento com os emigrantes.

Não há justificação possível para tanta cegueira e tão grave erro. Deixar assim morrer de modo tão leviano a galinha dos ovos de ouro, as remessas monetárias dos emigrantes.