quarta-feira, março 21, 2007

A redução do Défice à custa do sacrifício dos portugueses


Uma redução do Défice, que se situa agora nos 3,9% do PIB, obtida à custa do atrofiamento do desenvolvimento económico nacional, dos partos nas ambulâncias, da degradação do Serviço Nacional de Saúde, do agravamento das condições sociais dos deficientes, dos idosos, dos reformados, dos funcionários públicos e de um modo geral de toda a população portuguesas, do encerramento de escolas, hospitais, consulados e dos cortes no Investimento Público, não deveria merecer os elogios, a concordância ou mesmo a aceitação das entidades patronais, dos comentadores oficiais da comunicação social ou, pasme-se, dos próprios partidos da oposição.

A redução do Défice só merecerá elogios quando essa redução for obtida à custa do emagrecimento do monstro que desde 2001 devora, de modo insaciável, os dinheiros públicos. Na verdade, herdámos desde aquele ano um défice crónico de cerca de 3% do PIB, que não sendo justificado por quaisquer melhorias nos serviços públicos, se torna necessário extinguir. Este défice crónico, apelidado e bem pelo “monstro” das finanças portuguesas, vive no seio das despesas públicas correntes e, todos os anos, incompreensivelmente, vem engordando mais um pouco. A eficácia do combate ao défice por parte de qualquer governo deverá medir-se, não por uma redução obtida através do aumento de impostos e redução das condições sociais dos cidadãos mas, pelo efectivo emagrecimento deste absurdo monstro.

Acontece que com a gestão do governo do senhor Sócrates, novamente este monstro voltou a engordar. As Despesas Correntes aumentaram 3,2% relativamente a 2005, as Despesas Correntes Primárias 2,4% e a Despesas Totais fruto de uma quebra de 7,4% nas Despesas de Investimento situaram-se num aumento de 2,4%. (Dados da DGO).

O governo merece ser censurado por continuar a ser incapaz de combater o “monstro” e obter em 2006 uma redução do défice à custa do sacrifício dos portugueses. É um governo que segue a lógica despesista dos anteriores governos só que mais cruel e desumano para com os seus servos.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O tipo torceu-nos o pescoço de tal ordem que até nem sei como é que ainda passa uma nesga de ar para respirar !!!!!

Desgraçado...que está tudo de rastos.

Não se morreu da doença mas vamos desta para melhor por causa da cura ....( se é que é cura...)

12:06 AM  

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