sexta-feira, abril 13, 2007

Sócrates e a mentira...


José Sócrates possui dois certificados de licenciatura na Universidade Independente (UnI). Um, publicado nos jornais, diz que o primeiro-ministro acabou a licenciatura a 8 de Setembro de 1996. Esta é a data que Sócrates referiu na entrevista à RTP. O outro, que consta no ficheiro pessoal de Sócrates na Câmara Municipal da Covilhã (CMC), foi emitido em 26 de Agosto de 1996 e atesta que o chefe do Executivo acabou a licenciatura em 8 de Agosto do mesmo ano.

As diferenças entre ambos não se ficam por aqui. O certificado que se encontra na CMC atesta que o primeiro-ministro teve equivalências a 24 cadeiras e que realizou sete na UnI. São elas Inglês Técnico, Computação Numérica, Análise de estruturas, Betão Armado e pré-Esforçado, Investigação Operacional, Estruturas Operacionais e Projecto e Dissertação.

No segundo certificado, o chefe do Executivo teve equivalências a 27 cadeiras e fez cinco durante o ano lectivo na Independente. Às cadeiras de Computação Numérica e Investigação Operacional Sócrates terá tido equivalência, ao contrário do que atesta o primeiro certificado.

Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro reiterou ter tirado apenas cinco cadeiras na Universidade Independente, no ano lectivo de 1995/1996. (pág Internet TVI)

8 Comments:

Anonymous Anônimo said...

mas quem acredita neste homem?

9:53 PM  
Anonymous Anônimo said...

Vivemos na era do vazio(numa quase completa ausência de rumo e de valores) e o tipo de blogues que o sr. subscreve não reflecte outra coisa senão a necessidade de cada um preencher esse vazio - e, para isso, pelos vistos, vale tudo! Valem todos os atropelos, conquanto o ego se exteriorize ou dê nas vistas. Sim, contrariamente ao Sr. António Caldeia, sou um admirador do actual PM. Votei nele não pelo facto de saber se era engenheiro ou licenciado ou se tinha este ou aquele grau académico, mas pela confiança que depositei nas suas qualidades humanas e no seu programa político, em que ainda continuo a confiar. Da mesma maneira, certamente, que ainda ninguém perguntou ao Sr. António Caldeira (ao consultar o seu blogue) se tem apenas a instrução primária ou se é formado. Isso não é relevante. Senão atente bem nas palavras do mais bem sucedido empresário português, o Eng. Belmiro de Azevedo(aliás, do licenciado em engenharia química), numa entrevista, concedida ao Expresso em 2001:

"Não é preciso um grau académico para ter sucesso quer na vida empresarial e até na vida política. Temos muitos exemplos de políticos na praça que não têm curso nenhum. E abundam muitos jovens que se inscrevem nos partidos, porque não têm emprego. Por isso é que o Parlamento fica cheio de pessoas que nunca trabalharam"
"Nunca se deve ficar pelo primeiro emprego. Se as pessoas querem evoluir, têm que se habituar à mudança de função, de sector, de empresa ou de um grupo económico, de departamento ou de área de negócio.
No primeiro emprego, "são doze meses a carregar sacos".Isto porque "o canudo" não dá direito a nada e ser "doutor"não é ser inteligente. Para chegar ao topo e manter-se nessa posição, há que começar a escalar desde a função mais básica.
A licenciatura é apenas uma base para aprender a aprender e construir uma carreira. Mas não exclusivamente para a área em que a pessoa foi formada"

Destas sábias palavras de Belmiro de Azevedo também se poderá depreender que nas suas empresas também se usa muita carne para canhão - ou antes, para exploração de muitos dos seus trabalhadores, dos tais estagiários ou mão-de-obra, quase gratuita, que aceitam ali o primeiro emprego , e que, sem qualquer garantia de futuro, tem que se sujeitar a tudo. Mas, disso, ao que parece, ninguém ousa falar – e, muito menos, o Jornal Público – Uma sugestão que aqui gostaria de fazer ao seu Director, José Manuel Fernandes: - Ou só há coragem para este senhor defender a invasão do Iraque?! E falar dos canudos de José Sócrates? Já lhe mandei um email a lançar o repto mas responderam-me de lá a dizer que não publicam “cartas anónimas” – Pelos vistos, só dão ouvidos( ou seguem pistas) de blogues . Por isso espero que aceitem a dica que aqui lhe deixo: a de denunciarem esse tipo de exploração humana ou de escravatura moderna, que, é, no fim de contas, o conceito empresarial de Belmiro de Azevedo.
De:J.Luis Viriato

6:18 AM  
Blogger Carlos Sério said...

Caro Luís Viriato,
Nada me custa concordar consigo quando diz que vivemos num mundo “com ausência de valores e rumo”, já não posso concordar consigo quando afirma que “ vale tudo, valem todos os atropelos para preencher a ausência dos tais valores e rumo”.
Não sei a que atropelos se refere, mas se estiver atento aos posts deste Blog verificará que nele ou se dão notícias fundamentadas como aquela transcrita do noticiário da TVI em que é provado existirem dois certificados de licenciatura do primeiro-ministro, passados pela mesma universidade, com dados antagónicos, ou se fazem análises políticas, análises de opinião com argumentação fundamentada. Podem tais posts não lhe agradarem a si nem ao governo mas isso concordará será uma outra questão.
O que está em causa, e parece que o Luís Viriato ainda o não terá percebido, não é o facto em si do primeiro-ministro ter ou não ter um canudo.
O que verdadeiramente está em causa é apurar se ele mentiu conscientemente ao afirmar-se engenheiro quando o não era. Ou ter obtido a licenciatura na UNI de favor. O facto de haver dois certificados de licenciatura com datas de conclusão de curso diferentes; um único professor num último ano de um curso ter dado 4 cadeiras; referir-se publicamente, como o fez na entrevista televisiva, a Luís Arouca como Reitor da universidade quando hoje se sabe que àquela data Luís Arouca não era ainda reitor; serem-lhe dadas equivalências por Luís Arouca sabendo-se que à data ele não era nem reitor nem elemento da Comissão Cientifica da universidade; ter aparecido um duplicado na Assembleia da Republica, um deles rasurado, da ficha de deputado; haver à data da frequência do primeiro-ministro na cadeira de inglês técnico um professor a leccionar essa cadeira, mas ter sido Luís Arouca que nunca deu inglês técnico na UNI, o professor do primeiro-ministro; afirmar como pode ler-se hoje ainda no site “ www.josesocrates.com” na Nota Biográfica de José Sócrates) que tirou uma pós-graduação depois de licenciado quando se sabe hoje que tal pós-graduação se resumiu a um curso de uma semana para técnicos municipais; e muitas outras questões igualmente duvidosas, só de facto pela FÉ e não pela RAZÃO se pode acreditar na “inocência” do primeiro-ministro como parece ser o caso do Luís Viriato.
Agradeço a visita que fez ao Blog, agradeço o seu comentário e sempre que quiser vá aparecendo por aqui que será sempre bem-vindo.
Ruy

1:36 PM  
Anonymous Anônimo said...

Mas e já agora desculpem cá o macaco...mas.. se ter ou não licenciatura não tem grande importãncia porque será que a mencionam no curriculum e toda a gente se esmifra para tirar um cursozito...nem que seja uma licenciatura ou até mesmo um Doutoramento...

Por acaso eu já andava desconfiado quando via tantos DOUTORES cá pela terra....onde ninguém aprende nada...ninguém estuda nada...onde ninguém lê nada...onde os resultados com educação são dos piores da UE.

E com tanto DOUTOR e Post graduado...e master's...

Uma bagunça é o que isto é .

Já agora também é giro ver a alguns que assinam com ........da Faculdade de ...da Universidade de Lisboa ( Pública )

Porquê o parentesis ?

A final tanto faz...não é ?

Tanto faz...para os outros...claro está....

E será que vai deixar de ser exigida a licenciatura, por ex.º para exercício de algumas funções ( médico...psicólogo...professor de inglês ...ou de física e chefe de Repartição de....ou de Magustrado....ou fiscal de obras feitas e de comidas e dormidas....
Estamos todos em plano inclinado ...para o fundo....porque como se vê até já perdemos a bússula.....

10:08 PM  
Anonymous Anônimo said...

Por acaso eu também sou adepto de que o primeiro emprego é para encher sacos.

Nem percebo porque é que esses milhares de tipos que acabam os cursos superiores e médios e básicos e os sem curso nenhum....não se atiram para os montes de oportunidades que há por esse País fora...por essas empresas cheias de postos de trabalho ...que ainda nos últimos dois/três/quatro anos não deitaram para a rua montes ( milhares ) de tipos que estavam nos seus quadros ( agora estão ou na reforma ou no desemprego - claro tudo à custa do Estado - )

Realmente não se percebe porque é que os funcionários públicos têm receio de ir para o quadro de mobilidade ( ou lá como se chama ) quando ...depois.... com montes de oportunidades até podem trabalhar no privado ....repete-se nos milhares de postos de trabalho que estão por aí disponíveis à espera dos mandriões que não querem é trabalhar...
Aliás ....é fácil de ver por aí sem fazer nada ...porque foram postos fora, quer do sector público ( aposentação )...quer do sector privado ( Reformas, saídas por acordo )...de tudo desde trabalhadores indiferenciados a altos quadros da administração pública...militares....professores etc...etc...

E mais ainda.... há que reduzir mais e mais.

Meu caro Blogger....as pessoas... no interior das empresas e na cabecinha moderna dos nossos consultores já vão sendo consideradas como " recursos" ...só que com uma grande diferença é que... não são " recicláveis " como o ferro velho....e sabe porquê ..? só porque têm estômago..o que é uma chatice...! o que deita abaixo boas intenções e melhores discursos!!!

10:27 PM  
Anonymous Anônimo said...

Assino, por baixo, o post do Rui (que não conheço)
Quanto ao primeiro anónimo vê-se que gosta mesmo muito do Sócrates, raia a fá que é o que já pouco há por ai, infelizmente, pois não consegue ver que ele é, no mínimo, mentiroso. Mesmo mentiroso. Antes desta mentira, já ele era mentiroso, dizia à boca cheia, com o seu jeito teatral, que baixava os impostos e não só não os baixou como os subiu. Mas também lhe digo, caro senhor primeiro anónimo, se a mentira tiver escala, é mais grave esta dos impostos do que a outa das habilitações.Esta última é reles, tal como ninguém perguntou as habilitações ao Rui, não são exigidas para ter um blog, também ninguém perguntou ao Sócrates se era ou não eng., não era exigido para ser, sequer deputado, ele para se dar ares, portanto por sua livre iniciativa é que veio com aquela trapalhada toda. E já reparou, são trapalhadas atrás de trapalhadas, como diz a minha mulher, cada cavadela cada minhoca.
Entretanto vai desgraçando o Pais.
São tantas que dava para um seminário. Mas aqui vai um pequeno resumo de uma análise mais vasta do economista Eugénio Rosa (O resumo é igualmente dele)








De acordo com dados apresentados na 11ª reunião da Comissão de Acompanhamento do 3º QCA, realizada no Estoril em 16/Março/2007, até ao fim de 2006 tinham sido utilizados apenas 74,8% dos fundos disponibilizados pela U.E. a Portugal até aquela data. Ficaram por utilizar 5.162 milhões de euros de fundos comunitários.

O valor mencionado é superior ao não utilizado até ao fim de 2004 (4.344,4 milhões de euros) e até ao fim de 2005 (4.602,9 milhões de euros). Portanto, os atrasos têm aumentado de ano para ano. Este facto tem tido graves consequências para o País.

O atraso médio de dois anos na utilização dos fundos comunitários tem determinado uma perda média no poder de compra destes fundos que calculamos em 250 milhões de euros por ano o que dá, para o período de seis anos que devia corresponder à vigência do 3º QCA, 1.500 milhões de euros.

Além disso, devido à chamada "Regra N+2", já se verificou a perda definitiva de 20,5 milhões de euros de fundos comunitários devido ao facto de não terem sido utilizados dentro do prazo máximo de dois anos a contar do ano em que estava programada a sua utilização.

Finalmente, o atraso médio de 2 anos na utilização dos fundos comunitários tem determinado o agravamento dos problemas do País (basta recordar as consequências da grave quebra no investimento) e maiores sacrifícios para os portugueses.

Se a análise for feita por grande grupos de programas, conclui-se que no fim de 2006 ficaram por utilizar 1.090,8 milhões para "Elevar a qualificação dos portugueses"; 1.305,7 milhões de euros para "Alterar o Perfil Produtivo em actividades do futuro"; 422,5 milhões de euros para "Afirmar a valia do território e da posição do País"; e 2.323,7 milhões de euros para o "Promover o desenvolvimento sustentado e a coesão social". Em resumo, todas elas áreas fundamentais para o desenvolvimento do País, em que se verificam grandes atrasos e insuficiências. Por isso, a não utilização enquanto isso era possível dos fundos haviam sido disponibilizados pela União Europeia contribuiu para o agravamento da situação do País.

Uma área em que a politica do governo tem sido fortemente penalizadora para o País e para os trabalhadores é a da Administração Pública. Existe um programa – POAP – cuja execução é da responsabilidade directa do governo. Apesar de existirem fundos disponibilizados pela UE, em 2004 e 2005 o governo não utilizou nada (a execução foi ZERO). No fim de 2006 a taxa de execução era apenas de 48,3%. Para além disso, o governo neste programa retirou 19 milhões de euros para a iniciativa governamental muito mediatizada chamada "Novas Oportunidades", reduzindo ainda mais o valor destinado ao aumento da qualificação dos trabalhadores da Administração Pública (sem esta redução a taxa de execução seria somente de 39,5%).

Por um lado, o governo não se cansa de repetir que é necessário aumentar a qualificação dos trabalhadores da Administração Pública dizendo que isso é essencial para o País, lança trabalhadores no chamado "Serviço Especial de Mobilidade", que é uma antecâmara de despedimento, ainda ameaça ainda com mais despedimentos, dizendo que aqueles que tiverem duas avaliações negativas perdem o emprego. Por outro, ou não utiliza os meios disponibilizados pela UE para o aumento da qualificação dos trabalhadores ou desvia-os para outros campos, impedindo dessa forma o aumento da qualificação dos trabalhadores da Administração Pública, criando assim condições para lançar mais trabalhadores no desemprego.

Outra conclusão importante e lesiva para o País: da forma como estão a ser utilizados os fundos comunitários, as empresas mais beneficiadas com os fundos, a nível de introdução da inovação e de factores de competitividade, têm sido as estrangeiras. No relatório de execução do Prime de 2003 (pág. 98) pode-se ler a seguinte conclusão: "As empresas de capital estrangeiro polarizam-se, sobretudo, em torno dos factores competitivos mais exigentes, isto é, economias de escala, diferenciação do produto e intensidade em I&D, que, em conjunto concentram mais de 74% do investimento apoiado". E no Relatório de Execução de 2005, divulgado em 2006, pode-se ler na pág. 219, o seguinte: "Os projectos apoiados pelo Programa apresentam uma importante polarização nas actividades organizadas em torno dos factores competitivos menos avançados e mais vulneráveis em termos da concorrência internacional, explorando o acesso favorável a recursos naturais ou o baixo custo do trabalho". E "os projectos apoiados pelo programa apresentam uma muito importante polarização nas actividades de nível tecnológico menos exigente desenvolvendo processos de baixa e média tecnologia."

Assim, parece claro que a modernização e o aumento da competitividade da maioria das empresas portuguesas não está a ter lugar.
O estudo completo pode ser lido em:http://resistir.inf.

3:24 PM  
Anonymous Anônimo said...

Boa JOÃO...é por trabalhos como o seu é que eu não me deito sem ver este Blogg.

JOSÉ

8:11 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ah !...já me esquecia...é que estou para ver quando é que cumprem a chamada Lei dos Veteranos da Guerra do Ultramar....onde...claro eu andei....e bem me saiu do pêlo !!!!

JOSÉ

8:14 PM  

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