Modernização ou retrocesso social?
Enquanto o liberalismo político clássico colocou a Educação entre os direitos do homem e do cidadão, o neoliberalismo, promove uma regressão da esfera pública, na medida em que aborda a escola no âmbito do mercado esvaziando, assim, o conteúdo político da cidadania, substituindo-o pelos direitos do consumidor. É como consumidores que o neoliberalismo vê alunos e pais de alunos.
O Estado neoliberal é mínimo quando deve financiar a escola pública e máximo quando define de forma centralizada o conhecimento oficial que deve circular pelos estabelecimentos educacionais, quando estabelece mecanismos verticalizados e antidemocráticos de avaliação do sistema e quando retira autonomia pedagógica às instituições e aos actores colectivos da escola, entre eles, principalmente, aos professores. Centralização e descentralização são as duas faces de uma mesma moeda: a dinâmica autoritária que caracteriza as reformas educacionais implementadas pelos governos neoliberais.
Na perspectiva neoliberal, os pobres são culpados pela pobreza; os desempregados pelo desemprego; os corruptos pela corrupção; os professores pela péssima qualidade dos serviços educacionais. O neoliberalismo privatiza tudo, inclusive também o êxito e o fracasso social. Ambos passam a ser considerados variáveis dependentes de um conjunto de opções individuais através das quais as pessoas jogam dia a dia seu destino, como num jogo de baccarat. Se a maioria dos indivíduos é responsável por um destino não muito gratificante é porque não souberam reconhecer as vantagens que oferecem o mérito e o esforço individuais através dos quais se triunfa na vida. É preciso competir, e uma sociedade moderna é aquela na qual só os melhores triunfam. Dito de maneira simples: a escola funciona mal porque as pessoas não reconhecem o valor do conhecimento; os professores trabalham pouco e não se actualizam, são preguiçosos; os alunos fingem que estudam quando, na realidade, perdem tempo, etc
A resposta neoliberal é simplista e enganadora: promete mais mercado quando, na realidade, é na própria configuração do mercado que se encontram as raízes da exclusão e da desigualdade. É nesse mercado que a exclusão e a desigualdade se reproduzem e se ampliam. O neoliberalismo nada nos diz acerca de como actuar contra as causas estruturais da pobreza; ao contrário, actua intensificando-as.
O Estado neoliberal é mínimo quando deve financiar a escola pública e máximo quando define de forma centralizada o conhecimento oficial que deve circular pelos estabelecimentos educacionais, quando estabelece mecanismos verticalizados e antidemocráticos de avaliação do sistema e quando retira autonomia pedagógica às instituições e aos actores colectivos da escola, entre eles, principalmente, aos professores. Centralização e descentralização são as duas faces de uma mesma moeda: a dinâmica autoritária que caracteriza as reformas educacionais implementadas pelos governos neoliberais.
Na perspectiva neoliberal, os pobres são culpados pela pobreza; os desempregados pelo desemprego; os corruptos pela corrupção; os professores pela péssima qualidade dos serviços educacionais. O neoliberalismo privatiza tudo, inclusive também o êxito e o fracasso social. Ambos passam a ser considerados variáveis dependentes de um conjunto de opções individuais através das quais as pessoas jogam dia a dia seu destino, como num jogo de baccarat. Se a maioria dos indivíduos é responsável por um destino não muito gratificante é porque não souberam reconhecer as vantagens que oferecem o mérito e o esforço individuais através dos quais se triunfa na vida. É preciso competir, e uma sociedade moderna é aquela na qual só os melhores triunfam. Dito de maneira simples: a escola funciona mal porque as pessoas não reconhecem o valor do conhecimento; os professores trabalham pouco e não se actualizam, são preguiçosos; os alunos fingem que estudam quando, na realidade, perdem tempo, etc
A resposta neoliberal é simplista e enganadora: promete mais mercado quando, na realidade, é na própria configuração do mercado que se encontram as raízes da exclusão e da desigualdade. É nesse mercado que a exclusão e a desigualdade se reproduzem e se ampliam. O neoliberalismo nada nos diz acerca de como actuar contra as causas estruturais da pobreza; ao contrário, actua intensificando-as.
Os governos neoliberais não só transformam materialmente a realidade económica, política, jurídica e social, também conseguem que esta transformação seja aceite como a única saída possível e dolorosa para a crise.
7 Comments:
Oh...diabo...atão não querem lá ver que o ministro em Chaves perante uma manifestação popular declarou que se for preciso defender novamente a liberdade do 25 A ....cá estará de novo o Partido Socialista....
...e falou em A e B...uns vivos outros não...olhe não percebi nada....
......atão não querem lá ver que os rapazes estão a andar mais depressa do que eu pensava....
...eu que pensava que .....como dizem...... estariam calmamente a governar com maioria absoluta e tudo.....
...Ora por esta é que eu não esperacva ...para já....claro.....
Ao menos antigamente os rapazes não iam às escolas saber quem é que iria de carro ...ou a pé....
.....pura e simplesmente iam buscar o A...e o B...e pronto....sem disfarce...
...agora.....se calhar são novas formas de gestão....
Finalmente posso ser democrata e fazer o meu próprio partido...
......é que já não é necessário número mínimo de militantes.....
Excelente Post, rigoroso no diagnóstico e profundo na análise, de clareza sublime.
O tema é aliciante só que ....o neoliberalismo está condenado, pela sua própria natureza - a curto prazo....como é desejável , sem que contudo não deixe profundas marcas de desgosto nas sociedades -em particular na nossa, quem não estava preparada para nada...quanto mais para este choque profundo de intrínseca guerra social.
Um abraço...!
80 ou 100 mil professores de um vez só...na rua a dizerem que não querem esta política...é obra....
...ainda se não se soubesse o que é que os professores pensavam....vá ...que não vá...agora assim...não há mais possibilidade de continuar como antes ....e .....diálogo significa: sim....sim....sim.....sim....
...Conclusão...!?
Dois dos pilares da ideologia neoliberal e na verdade também neo-fascista, ou seja, a questão do peso pluma do Estado e do milagreiro mercado foi aqui muito clara e didacticamente desmascarada.
Nada mais a acrescentar
Quanto aos comentários da Ministra à manifestação dos professores e as aleivosias do Santos Silva, são demonstrações do nervosismo com que os rapazes já andam, sinal seguro que se vão espetar numa das próximas curvas.
Joao
Será possível que esteja convocada uma reunião .....para daqui a uns dias de professores...??
...terá isto alguma semelhança com uma tal peregrinação...... do ...reumático...já aqui há alguns anos....?...noutra época...?
..ainda dizem que a malta não aprende....ora a boina é a mesma..!
.....já se sabe o que não se aprendeu aqui...aprendeu-se na loja ao lado....
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