desbaratar capital politico
O “número” de Moita Flores, de há muito ensaiado, merecia seguramente uma resposta clara da liderança do PSD. Uma resposta que não poderia deixar de passar pela retirada imediata do apoio do PSD à sua candidatura à Câmara de Santarém. Ao contrário, surge a patética intervenção de Aguiar Branco. Não entende esta débil liderança do PSD, que o deixar arrastar esta situação politicamente degradante, só tenderá a desgastar e a enfraquecer a credibilidade de que o PSD tanto necessita.
Por favor, não continuem a desbaratar o capital político que Paulo Rangel tão bem soube ganhar nas europeias.
Por favor, não continuem a desbaratar o capital político que Paulo Rangel tão bem soube ganhar nas europeias.
posted by Carlos Sério at 4:34:00 PM
2 Comments:
Pouco se sabe de Paulo Rangel, para além do seu brilhante desempenho nas europeias, mesmo depois de ter dado algumas entrevistas. Mas sabemos que nas entrevistas cada um dá a imagem que de si quiser, habilidade em que Rangel deu provas de ser bastante hábil.
No entanto, numa das entrevistas, em dada altura, revela que o seu livro de cabeceira é “As Memórias de Adriano”, (escrito na primeira pessoas, como se fosse o próprio) de Marguerite Youcenar. Conhecemos a prosa da escritora, boa, mas onde este seu livro não constitui nenhuma pérola, embora o tema seja muito interessante e bem exposto. Logo, deduz-se que o interesse de Rangel é precisamente pelo tema e por essa razão, sabendo nós também, que os livros de cabeceira revelam muito de quem lá os coloca, merece a pena dar uma vista de olhos pelo livro, ou, se quisermos ser mais práticos, por uma boa História de Roma, ou por várias, uma vez que isto de História tem muito de interpretação.
Adriano (nasceu em 76 e morreu em 138, à volta disso) e é particularmente conhecido pelas famosas Muralhas de Adriano que separavam o que é hoje a Inglaterra da Escócia e na altura para se defenderem dos ataques dos Saxões.
Chegou ao poder, ao que consta, através de uma trapaça, um falso testamento de Trajamos nomeando-o seu sucessor. Pelo sim pelo não, logo que chegou ao poder mandou executar todos que lhe pudessem fazer sombra, que é como quem diz, pudessem contestar a sua nomeação e em simultâneo, transformando o Senado, o órgão expoente da democracia do tempo, em órgão por si moldado e ao seu mando.
Criou, ao que se sabe, a primeira polícia, digamos, uma PIDE, que se chamava então os frumentarii.
Como traços positivos, reconheceu que o império tinha esgotado o seu apogeu, abandonando a via das conquistas pela diplomacia. Alem disso, fez da cultura um programa político, deixando vestígios na arquitectura por todo o lado.
Quanto à sua vida familiar/sentimental, (aliás bem descrita nas Memórias) não merece a pena falar disso, pois na altura era frequente entre os poderosos assumir publicamente o amor com jovens, talvez por isso, tal como o seu antecessor Trajano, também ele não deixou descendência.
Pouco se sabe de Paulo Rangel, para além do seu brilhante desempenho nas europeias, mesmo depois de ter dado algumas entrevistas. Mas sabemos que nas entrevistas cada um dá a imagem que de si quiser, habilidade em que Rangel deu provas de ser bastante hábil.
No entanto, numa das entrevistas, em dada altura, revela que o seu livro de cabeceira é “As Memórias de Adriano”, (escrito na primeira pessoas, como se fosse o próprio) de Marguerite Youcenar. Conhecemos a prosa da escritora, boa, mas onde este seu livro não constitui nenhuma pérola, embora o tema seja muito interessante e bem exposto. Logo, deduz-se que o interesse de Rangel é precisamente pelo tema e por essa razão, sabendo nós também, que os livros de cabeceira revelam muito de quem lá os coloca, merece a pena dar uma vista de olhos pelo livro, ou, se quisermos ser mais práticos, por uma boa História de Roma, ou por várias, uma vez que isto de História tem muito de interpretação.
Adriano (nasceu em 76 e morreu em 138, à volta disso) e é particularmente conhecido pelas famosas Muralhas de Adriano que separavam o que é hoje a Inglaterra da Escócia e na altura para se defenderem dos ataques dos Saxões.
Chegou ao poder, ao que consta, através de uma trapaça, um falso testamento de Trajamos nomeando-o seu sucessor. Pelo sim pelo não, logo que chegou ao poder mandou executar todos que lhe pudessem fazer sombra, que é como quem diz, pudessem contestar a sua nomeação e em simultâneo, transformando o Senado, o órgão expoente da democracia do tempo, em órgão por si moldado e ao seu mando.
Criou, ao que se sabe, a primeira polícia, digamos, uma PIDE, que se chamava então os frumentarii.
Como traços positivos, reconheceu que o império tinha esgotado o seu apogeu, abandonando a via das conquistas pela diplomacia. Alem disso, fez da cultura um programa político, deixando vestígios na arquitectura por todo o lado.
Quanto à sua vida familiar/sentimental, (aliás bem descrita nas Memórias) não merece a pena falar disso, pois na altura era frequente entre os poderosos assumir publicamente o amor com jovens, talvez por isso, tal como o seu antecessor Trajano, também ele não deixou descendência.
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