terça-feira, dezembro 07, 2010

os “mercados”


Assustam-nos com os “mercados”. Os meios de comunicação social, porta-vozes da elite dirigente, apregoam que temos que ser “bem comportados” não vamos nós irritar os “mercados”, essa entidade estranha e distante (presume-se que externa mas sem paradeiro conhecido) que como um Big Brother, a toda a hora, nos vigia. Exigem-nos que apresentemos a mais rasgada simpatia enquanto nos aumentam os impostos, nos retiram condições sociais de décadas e nos atiram para o desemprego. Tudo para não ferir a “susceptibilidade” dos ditos “mercados”.
Mas quem é ou quem são, afinal, os “mercados”? Com medo das palavras, pretendem esconder o que na verdade condiciona tão negativa e drasticamente a vida dos trabalhadores e da classe média. Os “mercados”, não são outra coisa que a expressão do capitalismo financeiro especulativo que, aproveitando o desenvolvimento da crise, crise de que é o único responsável, tenta rapidamente impor as suas “reformas” que os grandes grupos empresariais e financeiros desejaram que se realizassem durante muitos anos.
A crise serve como desculpa para reduzir ao mínimo o estado social, desregular o mercado de trabalho, enfraquecendo os sindicatos e assim reduzir salários e as condições sociais da grande maioria da população.
Tendo como propósito reduzir o estado social, serve como argumento a disciplina fiscal com redução da dívida pública e do défice público à custa sobretudo da redução da despesa pública social enquanto o argumento para a desregulação do trabalho é o aumento da competitividade.
Contudo, o grande objectivo do capital financeiro especulativo é aumentar os seus rendimentos à custa dos trabalhadores e das classes médias da população, acentuando mais ainda as desigualdades sociais.
Os comissários da UE associados ao FMI, são hoje os comités políticos e comportam-se como polícias desta ofensiva anti-social, que representa objectivamente um retrocesso histórico social, visando unicamente o aumento da ganância a qualquer preço do capital financeiro especulativo internacional.
A via de desenvolvimento de um país não pode decorrer à custa do sofrimento e privações do seu povo quando, ao mesmo tempo, em simultâneo, se amplia a riqueza dos mais ricos.

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4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Enquanto formos governados por uma cambada de funcionários aparelhados....com vontade de viajar até Bruxelas....com pawuer point debaixo do braço .....e desejosos de fim de semana...com foto de família e referência na revista de fofoca....temos este sistema ...que nos lixamos todos...?!

5:43 PM  
Anonymous Anônimo said...

Acho uma piada quando se reunem todos durante meia hora cheios de dossiers com as mais prementes questões domésticas e europeias....que até os fez deslocarem-se em fly jact próprio ....

faz-me lembrar aquele conselho de administração reunido a discutir qual seria o melhor sítio para irem almoçar...enquanto ....cá fora à porta da empresa ....a malta barbuda e de fato de macaco exigia a aprovação imediata do caderno reinvindicativo....a salvação da classe...!!!

5:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ontem fui até aos mercados do cinema ver ..." A verdade da crise..." e vim de lá enojado....com o que vi e ouvi....a verdade nua e crua de como se lixam milhões de pessoas com a vaidade de uns certos catitas que ainda por aí pululam agora bem melhor solidificados...

....e a crise continua...vale a pena ver o filme....

12:35 PM  
Anonymous Anônimo said...

Não sei quem é...se são os mercados ou os mercadores de Bruxelas....agora querem flexibilizar a lei laboral....cá do Burgo...

Porra.!!...quando se despedem trabalhadores aos milhares por SMS...pela calada da noite...não sei bem se os Bruxeleiros nos tratam como País ou como um monte de ...

Boa noite ...que vou repousar....

12:57 AM  

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