tirar aos fracos para dar aos poderosos
Merecem todo o apoio e estima as manifestações que se erguem por todo o País contra o encerramento das urgências nos centros de saúde e hospitais.
Depois do aumento do preço dos medicamentos, das análises, das taxas moderadoras e do encerramento de muitas maternidades o governo prepara-se agora para encerrar mais serviços de saúde que atingem sobretudo as populações mais desprotegidas do interior do País
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Os idosos e os cidadãos para usufruírem da mesma qualidade de Saúde, terão agora de despender mais dinheiro dos seus parcos recursos. O mesmo é dizer que os trabalhadores e os pensionistas deste País viram diminuir efectivamente os seus salários e as suas pensões.
Depois dos aumentos dos impostos e de aumentos salariais abaixo da taxa de inflação, continua o governo na miserável política da diminuição real dos salários e pensões dos trabalhadores. Aos trabalhadores da Função Pública, usando um certo sentimento “hostil” da população para com eles, esta política de diminuição salarial assume mesmo características desabridas e descaradas.
Se olharmos para as medidas que o governo tem tomado nestes dois anos de governação, nós verificamos que afinal todos elas possuem um denominador comum. A diminuição salarial e consequentemente uma diminuição na qualidade de vida da população.
Ao mesmo tempo, o governo tem uma política de sorrisos e abraços para com os monopólios, os cartéis e as grandes empresas que não param de acumular super lucros. E prepara-se para lhes conceder mais umas benesses com os projectos da OTA e TGV. As grandes empresas sobretudo internacionais de construção e circulação ferroviária preparam-se já para colher os benefícios de tais projectos. Será que serão as populações que agora se manifestam nas ruas contra o encerramento das urgências que vão andar de TGV ou apanhar na OTA o avião para Bruxelas? Serão elas ou serão os executivos das grandes empresas, ou os gestores das empresas públicas, ou os presidentes e vogais dos Institutos, Empresas Municipais ou demais altos Órgãos do estado?
Este governo, objectivamente, retira aos mais fracos e pobres para dar aos mais ricos e poderosos.
Num Relatório da Comissão Europeia divulgado esta semana em Bruxelas sobre a protecção e inclusão social/2007, Portugal aparece como dos Países com menos justiça social da União Europeia. Trinta e três anos depois do 25 de Abril é de facto demais.
Acrescenta o Relatório no capítulo do documento dedicado à situação e principais tendências para Portugal, “a taxa de risco de pobreza após transferências sociais (20 por cento em 2004) e as desigualdades na distribuição dos rendimentos (rácio de 8,2 no mesmo ano) são das mais elevada na EU”.
É esta desigualdade na distribuição dos rendimentos, referida por Bruxelas, que este governo sócretino está a acentuar de um modo brutal.
São justas e todos devemos saudar as manifestações e lutas dos cidadãos na defesa dos seus direitos adquiridos. Agora não se trata já de lutar pela conquista de melhores condições sociais, mas de lutar pela defesa da manutenção dos já existentes que, como todos os relatórios da UE nos indicam são ainda das mais fracas de entre os países da UE. “Em 2004, as despesas com a protecção social representavam 24,9 por cento do produto interno bruto/PIB, "longe da média da UE, de 27,3 por cento", pode ler-se no relatório que temos vindo a citar.
As populações em luta merecem toda a nossa solidariedade.
4 Comments:
E tem esta gente a lata de dizer queé socialista!
Espanta-me um pouco é o beija mão de Manuel Alegre que já devia ter compreendido o carácter anti-social da política de Sócrates.
Ora....ora e se fossemos mas era todos para o Carnaval do Rio....veja as notícias a seguir....
Falar em política é falar em atrasos de vida......é preciso é andar prá frente ganhe o SIM ou o NÃO....e viva a Repúblic.....
A verdade é que aquela gente também está a lutar por nós, por um Portugal mais solidário, mais justo, mais digno e por isso mais forte.
Claro que Socrates é inculto, aliás como quase todos os políticos que andam por ai a mandar em Portugal, a questão é saber como é que o fulano se tornou novo rico.
Quanto ao socialismo, foi no que se tornou, prestam muito pouco,incluindo os Alegre(s), de cima, de baixo e do lado. Mas não é só por cá, atente-se nos do reino de Sua Magestada,Socrates e Blair até são parecidos, ambos com caras de parvos e gestos amaneirados (se não fosse o politicamente correto até diria que dava para desconfiar)
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