A lógica da guerra
Mais uma vez estamos a assistir a um falso pretexto como justificação pela intervenção dos EUA e dos seus aliados na Líbia. Na verdade, os EUA nunca se preocuparam com a defesa das populações vítimas de ditadores. Não aconteceu assim ontem como não acontece hoje. Ditadores como Pinochet e Noriega ou como actualmente, neste mesmo momento, como o rei do Bahrein, Hamad Ben Isa Al Jalifa, ou como o rei Hamad do Yemen, que estão a matar e a massacrar as populações que se revoltam e manifestam, nunca foram nem são actualmente preocupação dos EUA e dos seus aliados. Como o não foi nem é o genocídio do Darfur. A questão é bem outra; só e apenas quando os ditadores deixam de servir os interesses económicos e estratégicos dos EUA, só nesse momento, os EUA e seus aliados se “preocupam” com os direitos humanos. Esta hipocrisia de tanto repetida já não convence ninguém. O que está verdadeiramente em causa, como aconteceu no Iraque (ali a mentira consistiu nas armas de “destruição maciça”) são os interesses estratégicos e económicos dos EUA.
A Líbia detém 3,5% das reservas mundiais de petróleo, mais que o dobro dos EUA, como é ainda local estratégico para a passagem de oleodutos e gasodutos. No Iraque, mais de 100.000 civis foram mortos desde 2003, as infra-estruturas de Saúde, Educação, Viárias, etc, foram destruídas e o país regrediu trinta anos, encontrando-se ocupado militarmente e em guerra civil permanente. Mais de 4.000 soldados americanos perderam a vida desde o início da intervenção norte americana à revelia da ONU. Contudo, os EUA asseguraram o controlo do petróleo iraquiano alcançando assim os seus objectivos. E o mundo, os povos, dominados por uma elite política mundial ao serviço dos grandes consórcios financeiros/económicos, com uma comunicação social completamente controlada, assistem entorpecidos, confundidos a toda esta selvajaria criminosa.
Acentuam-se drasticamente as desigualdades sociais na Europa e, nos EUA, as desigualdades sociais são ainda mais vincadas (ocupa o 40º lugar no índice Gini atrás de Portugal, índice 70º com a Suécia a constituir o país menos desigual no 136º posto) atingindo o valor mais elevado desde 1929 (400 norte americanos apenas possuem um rendimento igual ao de 155 milhões dos seus compatriotas).
A indústria militar, que absorve grande parte do orçamento militar dos EUA e que em 2011 ascende a 708 mil milhões de dólares, a maior de sempre, (Bush em 2009 ficou-se pelos 651 mil milhões), requer, para a sua própria sobrevivência que, periodicamente, seja utilizado o armamento produzido. Tendo em conta uma tão poderosa indústria militar e os elevadíssimos lucros que proporciona, facilmente se compreenderá que jamais o mundo terá paz. Os “senhores da guerra” forjarão sempre pretextos, mais ou menos sofisticados, para abrir novas frentes de guerra escoando os seus arsenais. A busca incessante de crescentes ganâncias, o que constitui em realidade o motor desta lógica de guerra, só terá fim quando os povos souberem romper com as políticas económicas e sociais deste capitalismo neoliberal, deste capitalismo financeiro, deste capitalismo selvagem, deste capitalismo imperial que se tornou dominante no mundo e provoca desigualdades sociais crescentes, baixos crescimentos económicos e predisposição para as guerras.
A indústria militar, que absorve grande parte do orçamento militar dos EUA e que em 2011 ascende a 708 mil milhões de dólares, a maior de sempre, (Bush em 2009 ficou-se pelos 651 mil milhões), requer, para a sua própria sobrevivência que, periodicamente, seja utilizado o armamento produzido. Tendo em conta uma tão poderosa indústria militar e os elevadíssimos lucros que proporciona, facilmente se compreenderá que jamais o mundo terá paz. Os “senhores da guerra” forjarão sempre pretextos, mais ou menos sofisticados, para abrir novas frentes de guerra escoando os seus arsenais. A busca incessante de crescentes ganâncias, o que constitui em realidade o motor desta lógica de guerra, só terá fim quando os povos souberem romper com as políticas económicas e sociais deste capitalismo neoliberal, deste capitalismo financeiro, deste capitalismo selvagem, deste capitalismo imperial que se tornou dominante no mundo e provoca desigualdades sociais crescentes, baixos crescimentos económicos e predisposição para as guerras.
Marcadores: capitalismo neoliberal, complexo militar industrial USA, Líbia
5 Comments:
É o Pitroilo e nada mais... e nós por cá também seríamos assim invadidos, trucidados e sei lá que mais... se tivéssemos pitroilo, como não temos somos só sugados pelos vampiros internos.
"Porque os benefícios de um tão despudorado saque nem sequer revertem a favor dos povos." E se revertessem? O saque já não seria tão despudorado?
Afinal até parece que os fins continuam a justificam os meios, como defendiam os "camaradas" soviéticos!
Em nome da luta contra o liberalismo sempre o mesmo: rabo escondido com o gato de fora.
Caro PR,
a intenção não era a que deduziu, mas confesso que do modo como estava redigida a frase prestava-se a essa interpretação pelo que foi retirada do texto.
Meu caro..pode deixar estar lá a frase...que para os Povos nunca vai nada nem com sugo...nem sem sugo....
Bicho homem à solta é pior que macaco em loja de banana....
chenlina20150626
ray ban sunglass
timberland outlet
pandora charms
louis vuitton
ray ban glasses
coach factory outlet
kate spade outlet
michael kors uk
michael kors handbags
chanel uk
air max 95
fitflops
michael kors outlet
cheap nfl jerseys
louis vuitton
jordan 13
louis vuitton handbags
louis vuitton outlet
fitflops clearance
pandora uk
louboutin
louis vuitton outlet
louis vuitton handbags
celine handbags
michael kors outlet online
jordan retro 11
abercrombie
coach factory outlet
tods outlet store
ray ban wayfarer
prada sunglasses
louis vuitton handbags
toms shoes
jordan 11
chanel outlet
michael kors
mont blanc mountain
ray ban outlet
oakley sunglasses wholesale
gucci outlet
Postar um comentário
<< Home