terça-feira, outubro 25, 2011

Porque não?

Porque não aumentamos a dívida pública e deixamos cair a banca?
Grande parte da preocupação pela dívida pública visa apenas criar alarme e obrigar os países a aplicarem os draconianos planos de austeridade que, como está mais que demostrado, enterram mais a economia real. O que se pretende ocultar, é que o problema da dívida não foi dos governos senão da banca e das instituições privadas.
Para cúmulo, grande parte do endividamento público gerado a partir de 2007 deve-se, justamente, aos esforços dos governos para resgatar uma banca vítima da sua própria mordaça: a alavancagem.
Os problemas da economia não têm nada a ver com a dívida pública senão expressamente com a dívida privada. E, é justamente o sector privado aquele que pressiona, através das agencias de qualificação, por um pronto resgate, o que quer dizer, injectar muito dinheiro que os contribuintes deverão pagar nas próximas décadas. Exige-se um mínimo de dois bilhões de euros para resgatar a banca europeia, enquanto se obrigam os países a aplicar massivos estrangulamentos orçamentais a sectores chave da economia como a saúde, a segurança e a educação.
Este dinheiro público que se injecta no sector privado não vai para a criação de escolas ou hospitais. Destina-se expressa e exclusivamente a tapar os buracos de um sistema financeiro que está prestes a ruir, produto da fraude massiva no período expansivo. É, portanto, um dinheiro destinado a desaparecer no grande buraco negro das finanças sem que gere nenhum impulso revitalizador na economia.
Criou-se o mito de que sem o sistema financeiro nada pode funcionar. Crê-se que é a profunda interconexão do sistema financeiro o que facilita a vida na Terra e que sem uma banca funcionando as 24 horas do dia voltaríamos à idade da pedra. Isto é falso.
Se Goldman Sachs, JP Morgan, Deutsche Bank ou Credit Suisse, desaparecessem da face da Terra tudo seguiria exactamente na mesma. Ao contrário, se fecharem as escolas, os hospitais, os poços de petróleo ou os laboratórios, aí sim, ocorreria algo de grave. A riqueza real mede-se pela capacidade produtiva de una economia e não pela capacidade de fazer fraudes financeiras.
(Ler texto completo no BLOGSALMÓN)

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1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

A conclusão do Post tem a Verdade...os Bancos são uma realidade que se não justifica se não houver pessoas....

10:51 AM  

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