quarta-feira, março 27, 2013

Chipre e a União Europeia

(Fig. retirada do BloSalmon)
De 200 a 2009 a economia cipriota teve um crescimento de 3,5% ao ano.
Impostos baixos e atracção do capital estrangeiro em que se baseava tal crescimento merecia então os elogios de todos os líderes europeus. A economia do Chipre obedecia assim à receita neoliberal (circulação livre e atracção de capitais e impostos baixos) e constituía um exemplo para a europa. Em 2007 entra para a União Europeia como membro de pleno direito.
Não se questionava então a alavancagem do seu sistema bancário ou sequer o “modelo” de desenvolvimento económico do país. Hoje, aqueles mesmos que teciam elogios ao desenvolvimento do país são os mesmos que atiram todo o ónus da desgraça sobre os cipriotas. Afirmam que Chipre é um “paraíso fiscal”, mas não tiveram qualquer escrúpulo em 2008 convertê-lo em membro da UE (isto é, admitir um paraíso fiscal no seio da UE).
As contradições destes líderes europeus e as suas directivas demonstram bem a sua mediocridade e incompetência. Mesmo assim, ainda há por cá muitas boas almas que lhe são fiéis por mais absurdas, incompetentes e ruinosas que se mostrem as suas políticas.
As causas imediatas da crise bancária cipriota, consistiu no “perdão” da dívida grega que acarretou um prejuízo de 4.500 milhões de euros à banca. Para uma economia baseada na especulação, também imobiliária (semelhante ao caso de Espanha) isto bastou para verificar-se um rápido colapso financeiro.
As condições de resgate impostas agora ao Chipre equivalem a uma certidão de óbito da sua economia, a um brutal e imediato empobrecimento da sua população. A fuga de capitais que se verificará logo que haja a possibilidade de circulação de capitais, arruinará em poucos dias, a débil economia de Chipre. A “solução” da UE é um autêntico assassínio da economia cipriota. Só há uma alternativa para Chipre. Uma saída imediata do euro. Mesmo que tal acarreta alguns sacrifícios a curto prazo reconquistarão a esperança. Esperança que nunca terão permanecendo na União Europeia.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Estou a ver que afinal a Europa só interessa aos ricos...daí que a malta não está lá a fazer nada....

5:59 PM  

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