Que povo poderá suportar sem luta uma afronta destas?
Uma nova ofensiva do governo, propagandeada em tudo o que é comunicação social e veiculadas pelos mesmos de sempre, Teodoras Cardosos, Daniéis Bessas, Medinas Carreiras, Joãos Duques, Victores Bentos, Miguéis Belezas, Augustos Mateus, Nogueiras Leites, Bragas de Macedos, Césares das Neves, Miguéis Cadilhes, Eduardos Catrogas, Carlos Costas, Joãos Salgueiros, Ricardos Arrojas, Miguéis Frasquilhos, Victores Bentos, Camilos Lourenços, e alguns outros, tenta por um lado, convencer os portugueses de que “valeram a pena os sacrifícios” e por outro procura persuadir-nos a continuarmos obedientes e a fazer os que no mandam “para não deitarmos tudo a perder”.
São muitos e revezam-se nas televisões estes figurantes de luxo. Todos eles, apoiantes e defensores da política de austeridade imposta pela Troika e aceite, mais do que isso, ampliadas para o dobro pelo governo de Passos Coelho, (na verdade, enquanto o memorando da Troika exigia medidas de “consolidação orçamental” no valor de 5.073 milhões de euros, o Governo decidiu agravá-las para um valor de 9.042,3 milhões, “Relatório OE-2012”). Todos eles, em sintonia com o governo, todos eles defensores de uma economia que não se mede pela melhor qualidade de vida da população, pelo melhor salário dos trabalhadores, pela melhor protecção à velhice, à doença e invalidez, pela melhor protecção ao desemprego ou pelos melhores cuidados de saúde e educação, numa palavra, pela melhoria do bem-estar das populações. Não, para eles, a economia mede-se unicamente pelos ganhos ou perdas dos mercados financeiros. E, como as Bolsas sobem e os juros baixam, dizem-nos agora que a economia está a crescer e que tudo vai pelo melhor.
Antes do mais será necessário inteirarmo-nos do que afinal “valeu a pena” nestes quase três anos de governação Passos/Portas para “não deitarmos tudo a perder” segundo eles. E chegamos à conclusão do que valeu a pena para o governo e os seus apoiantes e que não devemos deixar perder é a redução dos salários e das pensões, a degradação e o encarecimento das funções sociais do Estado e a delapidação do património do Estado e outras medidas do mesmo cariz anti social.
Porque não há outros resultados que o governo nos possa apresentar. A Divida Pública saltou de 100,0% do PIB em Junho de 2011 para 129,4% em Dezembro de 2013, o Défice Público de (-4,3%) do PIB em 2011 para (-5,9%) em 2013, a taxa de desemprego de 10,8% em2010 para 16,3% em 2013. A chamada “consolidação orçamental”, que serviu de pretexto à Troika e ao governo para esta avassaladora e miserável ofensiva anti-social, está muito longe de ser alcançada. Comparem-se estes números com os objectivos iniciais do memorando em que se previa para 2013 uma divida pública de 115,3%, um défice público de 3,0%. E uma taxa de desemprego em 2016 num valor inferior a 10%.
Sem dúvida alguma, aquilo que o governo nos diz para “não deitarmos tudo a perder” e que para ele constitui uma conquista virtuosa, é o nosso próprio empobrecimento, a nossa própria miséria.
A “consolidação orçamental” que desejam não é outra coisa senão:
a consolidação da destruição de milhares de empregos e falências de milhares de empresas;
a consolidação de taxas de desemprego elevadas;
a consolidação da emigração de jovens qualificados da ordem dos 120.000/ano;
a consolidação do aumento das desigualdades sociais (uma minoria duplicou a riqueza enquanto a esmagadora maioria viu diminuíram drasticamente os seus rendimentos);
a consolidação do aumento da pobreza e do risco da pobreza;
a consolidação da deterioração dos cuidados de Saúde, da Educação e Protecção Social;
a consolidação da redução de salários e pensões e reformas;
a consolidação do aumento de impostos sobre o trabalho;
a consolidação da venda ao desbarato do património de todos nós em especial das empresas que dão mais lucros.
A “consolidação orçamental” que desejam não é outra coisa senão:
a consolidação da destruição de milhares de empregos e falências de milhares de empresas;
a consolidação de taxas de desemprego elevadas;
a consolidação da emigração de jovens qualificados da ordem dos 120.000/ano;
a consolidação do aumento das desigualdades sociais (uma minoria duplicou a riqueza enquanto a esmagadora maioria viu diminuíram drasticamente os seus rendimentos);
a consolidação do aumento da pobreza e do risco da pobreza;
a consolidação da deterioração dos cuidados de Saúde, da Educação e Protecção Social;
a consolidação da redução de salários e pensões e reformas;
a consolidação do aumento de impostos sobre o trabalho;
a consolidação da venda ao desbarato do património de todos nós em especial das empresas que dão mais lucros.
Que povo poderá suportar sem luta uma afronta destas?
4 Comments:
Ó Sr. Carlos Sério o que agora vem dizer já o dissemos neste seu blogue no dia 5-2 2014. É pena que só agora é que perceba que isto é tudo propaganda para que os Portugueses acreditem que vale a pena fazer sacrifícios para que estes abracem os que de novo lhes querem impor.
Que ganda Brigada do Reumático.....
Só que ....em novas formas de organização...tipo disperso ....pelos vários terrenos ....sem farda e...colarinho aberto ao fim de semana....em jeito de guerra rambista....
Os Powerpoints sempre vão dando para alguma coisa....
Hoje não posso comentar este Blogg...porque como sou reformado vou até à beirinha do Mar.... ver o temporal...
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